quarta-feira, 24 de junho de 2009

A meditação


Meditar é não pensar em nada.
É a habilidade de ensinar a sua mente a se afastar da ansiedade que está presente em nosso cotidiano.
A meditação consiste na prática de focar a atenção, freqüentemente formalizada em uma rotina específica.
É comumente associada a religiões orientais.
Há dados históricos comprovando que ela é tão antiga quanto a humanidade.
Não sendo exatamente originária de um povo ou região, desenvolveu-se em várias culturas diferentes e recebeu vários nomes, floresceu no Egito (o mais antigo relato), Índia, entre o povo Maia, etc.
Apesar da associação entre as questões tradicionalmente relacionadas à espiritualidade e essa prática, a meditação pode também ser praticada como um instrumento para o desenvolvimento pessoal em um contexto não religioso.
A meditação costuma ser definida da seguinte maneira:
Um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos;
prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra);
uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto;
É fácil se observar que nossas mentes encontram-se continuamente pensando no passado (memórias) e no futuro (expectativas).
Com a devida atenção, é possível diminuir a velocidade dos pensamentos, para se observar um silêncio mental em que o momento presente é vivenciado.
Através da meditação, é possível separar os pensamentos da parte de nossa consciência que realiza a percepção.
É possível obter total descanso numa posição sentada e por conseguinte atingir maior profundidade na meditação assim dissolver preocupações e problemas que bloqueiam sua mente.
Imagine como seria aprender a educar a mente, para não ser influenciada pelas angústias, a despertar o poder da intuição no momento em que precisar fazer escolhas importantes e a cultivar uma vida mais saudável?
E, se para conquistar tudo isso, não fosse necessário muito esforço?
Aliás, se o desafio fosse esforçar-se para não se esforçar, você gostaria de saber o que é e como meditar?
Se a resposta for sim, vamos adiante!
É comum que muitas pessoas desistam mesmo antes de começar.

O que é meditação?
Segundo o conceito propagado entre os povos ocidentais, e registrado em nossos dicionários, o ato de meditar é associado ao ato de refletir, ponderar, pensar sobre alguma coisa, quando, na realidade, o objetivo é justamente o inverso.
Meditar para os orientais significa não pensar em nada.
A meditação remete à Índia Antiga, ao Ayurveda, ou medicina indiana, onde já era uma prática comum em sua forma terapêutica.
Meditação é também o nome dado ao processo no qual a mente se acalma e os pensamentos começam a diminuir até desaparecerem.
Nesse processo é comum que muitas pessoas desistam mesmo antes de começar, pois acreditam que são muito ansiosas e jamais conseguirão ficar sem pensar em nada. mas não é assim.
Como tudo na vida, basta insistir e praticar.

As fases da meditação
Didaticamente, podemos dividir a meditação em três fases principais:
Primeiro estágio: turbulência.
É o momento inicial, quando a mente ainda está muito agitada e começa a aquietar-se.
A duração dessa fase é relativa, mas normalmente perdura de 5 a 20 minutos, em média, para um iniciante.
É o ponto mais difícil para quem começa, pois como não está acostumado a ficar parado e de olhos fechados ou cerrados, parece estranho e sente vontade de parar.
Acha que o excesso de pensamentos que está surgindo é um sinal de péssima concentração e que está fazendo tudo errado.
Não é nada disso!
Com a meditação, começamos a condicionar nossa mente a “desabafar”.
Ela cria o hábito de, pelo menos uma vez ao dia, despejar o excesso de experiências carregadas de emoções que sobrecarregam nossos pensamentos para fora.
E quando esse acúmulo vai diminuindo, a mente vai ficando mais calma e passamos para a segunda fase da meditação.

Segundo estágio: transição.
Trata-se do momento em que, após vencer a turbulência inicial, começamos a entrar em um estado de relaxamento mais profundo no qual ficamos mais predispostos a programações de comportamentos e a aprender com mais facilidade.
É um instante maravilhoso em que nos sentimos fisica e emocionalmente muito bem.
Este é um estágio intermediário entre a turbulência e o transe.
Na turbulência, há uma chuva de pensamentos diferentes e desconexos.
Na transição, há uma pequena garoa, ou seja, os pensamentos são mais tranquilos.
Ainda existem, mas não geram o desconforto da fase anterior.
Como tudo na vida, basta insistir e praticar

Terceiro estágio: transe.
É o ápice da meditação para o iniciante.
Trata-se do momento em que estamos em meditação profunda e experimentando sensações indescritíveis.
Cada um descreve sua experiência de maneira muito particular.
Há quem ache que dormiu, devido ao relaxamento profundo.
É o momento em que a mente está serena, como as águas de um rio que venceram a agitação.
Na turbulência, alguém jogou uma pedra nessas águas e elas estavam muito agitadas.
Não conseguíamos vislumbrar o que há por baixo.
No transe, já não há mais ondas.
A mente é limpa, transparente.
O que há de melhor em nós aflora.
É nesse estágio que ocorrem os famosos relatos de recebimento de intuições, de grandes inspirações e descobertas.

Cinco passos para meditar:
Há inúmeras técnicas diferentes para meditar.
A maneira mais simples é seguindo os passos abaixo:

Sente-se em um lugar calmo e programe o tempo da meditação com um despertador;
Escolha uma melodia relaxante para ouvir enquanto medita ou concentre-se no ritmo de sua respiração;
Procure uma posição confortável, desde que seja sentada, porque deitada, a possibilidade de dormir é muito grande;
Feche os olhos e deixe os pensamentos fluírem sem iteragir com eles.
Você perceberá cada uma das três fases que citamos acima passar.
Após terminar o prazo estipulado, abra os olhos lentamente.

Dicas
Procure meditar com disciplina.
Mesmo que os pensamentos estejam incomodando, procure repetir a meditação pelo menos uma vez ao dia no mesmo horário, por 30 minutos.
Caso sinta dificuldade, tenha paciência.
Tente outras vezes.
Ensine a sua mente a relaxar, pois ela não sabe.
Nossa mente é especialista em ansiedade, angústia e pensamentos negativos…
Sensações prolongadas de serenidade e apaziguamento interior são novidade para a mente agitada!
O ideal é meditar durante, pelo menos, duas semanas, sem cobranças por resultados, pois a cobrança já é um pensamento que pode atrapalhar.
Coloque um despertador com o tempo marcado para meditar.
Dessa maneira, você evitará a tensão de saber se o tempo acabou ou não.
A música relaxante auxilia muito.
Encontre melodias que o induzam ao relaxamento e desligamento das tensões do dia-a-dia.
Quando começar a abrir os olhos, faça-o sem pressa, para ir adaptando seu estado de consciência profunda ao mundo agitado.

Posição de meia lótus
Uma posição possível é a posição de lótus completo, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda.
Outros podem sentar em meio lótus, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita ou o pé direito sobre a coxa esquerda.
Há pessoas que não conseguem sentar em nenhuma dessas posições e por isso podem sentar a maneira japonesa, ou seja, com os joelhos dobrados e o tronco apoiado sobre ambas as pernas.
Pondo alguma espécie de acolchoado sob os pés, a pessoa pode facilmente permanecer nessa posição por hora ou hora e meia.
Mas na verdade qualquer pessoa pode aprender a sentar em meio lótus, ainda que no início possa causar alguma dor.
Gradualmente, após algumas semanas de treino, a posição se tornará confortável.
No início, enquanto a dor ainda causar muito desconforto, a pessoa, deve alterar a posição das pernas ou a posição de sentar.
Para as posturas de lótus completo e meio lótus convém sentar-se sobre uma almofada, de forma a que os dois joelhos se apóiem contra o chão.
Os três pontos de apoio dessa posição proporcionam uma grande estabilidade.
Mantenha as costas eretas.
Isso é muito importante.
O pescoço e a cabeça devem ficar em alinhamento com a coluna.
A postura deve ser reta mas não rígida.
Mantenha os olhos semi-abertos, focalizados a uns dois metros à sua frente.
Mantenha leve sorriso.
Agora comece a seguir sua respiração e a relaxar todos os músculos.
Concentre-se em manter sua coluna ereta e em seguir sua respiração.
Solte-se quanto a tudo mais.
Abandone-se inteiramente.
Se quiser relaxar os músculos de seu rosto, contraídos pelas preocupações, medo e tristeza, deixe um leve sorriso aflorar em sua face.
Quando o leve sorriso surge, todos os músculos faciais começam a relaxar.
Quanto mais tempo o leve sorriso for mantido, melhor.
À altura do ventre, pouse sua mão esquerda com a palma voltada para cima sobre a palma da mão direita.
Solte todos os músculos dos dedos, braços e pernas.
Solte-se todo como as plantas aquáticas que flutuam na corrente, enquanto sob a superfície das águas o leito do rio permanece imóvel.
Não se prenda a nada a não ser à respiração e ao leve sorriso.
Para os principiantes, convém não ficar sentado além de vinte ou trinta minutos.
Durante esse tempo você tem que ser capaz de obter descanso total.
A técnica para tal obtenção reside em duas coisas: observar e soltar, observar a respiração e soltar tudo mais. Solte cada músculo de seu corpo.
Após uns quinze minutos, uma serenidade profunda poderá ser alcançada, enchendo-o interiormente de paz e contentamento.
Mantenha-se nessa quietude.
Esta prática é dos melhores remédios para aliviar o stresse.

Objetivos
Os objetivos podem variar, assim como as técnicas de execução.
Ela pode servir simplesmente como um meio de relaxamento da rotina diária, como uma técnica para cultivar a disciplina mental, além de ser um meio de se obter insights sobre a real natureza ou a comunicação com Deus. Muitos praticantes da meditação têm relatado melhora na concentração, consciência, auto-disciplina e equanimidade.

Vamos experimentar?
Um pouquinho cada dia, vc vai sentir as melhoras e sua comunicação interna vai florir...
Começe bem devagar, mas o principal é que não desista...
Namastê

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