quinta-feira, 25 de junho de 2009


Sobre a Inveja e a Admiração

Quando alguém que não tem sua auto-estima fortalecida, compara-se com outro, surge nele um sentimento
negativo, diria até desesperador, visto que sempre haverá em algum aspecto, pessoas melhores do que nós.
Devemos compreender que cada pessoa tem seu jeito de ser, seu ritmo de viver, um caminho a trilhar.

Não estamos nesta vida para sermos melhores ou piores do que ninguém mas sim, para realizar o potencial que
existe em cada um de nós.
Sermos sempre melhores comparados com nós mesmos.
Claro que alguém irá dizer... mas como sabermos sesomos melhores sem um parâmetro de comparação?
Não necessitamos de um padrão de comportamento com todas as características que definiriam o que é ser bem sucedido para aí sim podermos alcança-lo?
No caso concordaria, mas teria a certeza de que esta comparação com o outro para ser válida, teria de nos
levar a um aprendizado.
Comparar-se com o outro deforma sadia, é aprender com o outro e isto chama-se Admiração.
Por isto dizem que no fundo de todo sentimento de inveja, existe o sentimento de admiração, pois a inveja nada mais é do que a admiração pelo outro aliada a decepção com nós mesmo.
Por isto o invejoso busca diminuir o seu objeto de admiração, pois na incapacidade de aprender com ele, ser como ele, ele simplesmente opta por destruí-lo, ficando assim, ambos no mesmo plano... pequeno... miúdo... rasteiro.
Devemos compreender que cada estrela tem seu brilho e que cada um de nós é uma estrela como já dizia a
falecida Elis Regina .
Feliz daquele que se alegra com a alegria do outro, pois não se sente frustrado como o invejoso, que tenta
roubar a alegria do outro, como os planetas roubam a luz das estrelas.
Além do que, não se resolve a tristeza consigo mesmo, torcendo para a tristeza do outro.
Não se dissipa as limitações com as limitações do outro.
Daí acreditar que devemos ser padrões de nós mesmos para podermos encontrar a alegria de sermos o que
somos e saber que poderemos ser muito mais.
É como a fábula do Mestre já em idade avançada que no leito de morte, ouviu de um de seus discípulos:
Mestre... tens medo da morte?
E o Mestre respondeu:
Sim, tenho... tenho medo do meu encontro com Deus...
O discípulo sem entender disse: Mas Mestre, você foi um exemplo de vida... fostes sábio como Moisés... fostes
justo como Salomão...
E o Mestre interrompe o discípulo dizendo: Quando eu estiver frente a frente com Deus, ele não me perguntará se fui como Moisés ou como Salomão mas sim, se eu fui eu mesmo....
Só para registro e reflexão.

Fernando Martins

Nenhum comentário :