quarta-feira, 16 de junho de 2010

O prazer de ser bom


O desejo da felicidade é inerente ao homem.
A busca do bem-estar constitui um dos fatores do progresso.


Foi labutando para eliminar sensações desagradáveis que a Humanidade desenvolveu seu intelecto e habilidades.

Caso o ser humano não procurasse fugir da dor e do desconforto, ainda estaria nas cavernas.

Contudo, por mais que se procure incessantemente descobrir remédios e soluções para as dores, é impossível ignorar a fragilidade da vida material.

Tudo o que envolve a matéria encontra-se em contínuo processo de metamorfose.

Todos os homens adoecem, envelhecem e morrem.

As pessoas esforçam-se para conquistar bons empregos, mas nada lhes assegura que os manterão para sempre.

A maior parte de nossos amores, sejam familiares ou amigos, não ficará conosco até o final da vida.

A estabilidade financeira constitui objeto de preocupação de quase todos nós, mas a fortuna é transitória e incerta.

Ao longo do tempo, famílias ricas caem na miséria.

Ao mesmo tempo, muitos pobres enriquecem.

Esse contínuo alterar das condições materiais não evidencia crueldade da vida.

A Divindade não se compraz em brincar com os homens, para os desnortear.

O persistente modificar e despedaçar que envolve a vida na Terra destina-se a chamar a atenção dos homens para o que realmente importa.

Ao final de tudo, o que restará?

A beleza física fenece com o tempo.

As elevadas posições sociais gradualmente perdem sua importância ou são ocupadas por outros.

A riqueza material não é levada para o Além-túmulo.

A única bagagem que o Espírito leva para a vida imortal são as suas conquistas morais.

Quem consegue, por entre as ilusões do Mundo, desenvolver bondade, compaixão, pureza e retidão de caráter, permanece para sempre assim.

Na Terra, no plano espiritual ou nas encarnações futuras, as virtudes acompanham o Espírito.

E a verdade é que ser bom dá muito prazer.

Trata-se do inverso do que ocorre com a maldade e os vícios de toda ordem, que somente ensejam dor e sofrimento.

Jamais se viu uma alma genuinamente bondosa mudar seu rumo ou arrepender-se de sua bondade.

Contudo, inúmeras criaturas levianas ou maldosas, com freqüência, alteram o seu comportamento.

É um evidente sinal de que as virtudes causam prazer, ao passo que as imperfeições apenas infelicitam.

Afinal, ninguém desiste do que é realmente bom.

As pessoas que conseguem enfrentar situações complicadas com serenidade causam admiração.

Sabe-se como é difícil se manter tranqüilo em meio às crises do Mundo.

A harmonia e a paz são conquistas preciosas, que não surgem de um momento para o outro.

Quem hoje se mostra tranqüilo, certamente gastou muito tempo disciplinando o próprio caráter.

Entretanto, viver em harmonia é extremamente prazeroso.

O ódio, o rancor e a ira desgastam profundamente o ser humano.

Quem consegue livrar-se desses vícios torna-se muito mais feliz.

Então, o equilíbrio felicita a criatura, o mesmo ocorrendo com todas as outras virtudes.

O homem que vence a posse e ama pelo prazer de ver feliz o ser amado desenvolve imenso bem-estar.

Ele não mais se angustia tentando controlar a vida de seu amor.

Convém refletirmos sobre essa realidade, fazendo uma análise criteriosa de nosso caráter.

Como desejamos a felicidade, é importante desenvolver em nós a única causa de permanente alegria: o amor ao bem e às virtudes em geral.

Pensemos nisso!


Momento Espírita

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