segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Doença é um Mestre




 


Compreender o mal não o cura, mas, sem dúvida alguma, ajuda.
Afinal, é muito mais fácil lidar com uma dificuldade compreensível que com uma escuridão incompreensível - Carl Jung.

A medicina alopática interpreta a doença como causa advinda de fora do paciente, impotente diante da ação de microorganismos, ou então como resultado de uma imperfeição da natureza; colocando, em ambos os casos, o doente como uma vítima das circunstâncias.

Entretanto, as medicinas milenares como a hindu Ayurvédica e a Tradicional Chinesa (MTC) interpretam a doença como desarmonias, desequilíbrios do Ser como um todo (holos), holisticamente.
E esse todo avalia sintomas no físico, mas também no metafísico (meta = além; físico = matéria): mental, emocional, afetivo, energético, espiritual e suas integrações.

Tais medicinas comprovam também que a saúde plena do homem depende da sua capacidade de perceber afetivamente os desafios da sua existência e interrelação com o universo.
E, que as doenças ganham espaço e força quanto mais as percepções sofrem interferências dos desequilíbrios psicoemocionais, ou seja, são imaginárias ou iludidas.
E, por essa visão, torna-se evidente que é o espírito que organiza a matéria, e não o físico que cria a essência.
Porque afeto, gratidão, bom-humor e harmonia são qualidades 100% espirituais.

A doença é um mestre porque obriga o doente a parar e refletir: minhas ações estão centradas no afeto ou no medo?
Na busca da verdade ou no esconderijo das sedações e ilusões?
No silêncio ou no lastimar?
Em geral, o doente não é vítima inocente de alguma imperfeição da natureza ou de uma condição insalubre. Ele não pegou uma doença, ele construiu, ainda que inconscientemente (porque iludido), a sua doença (*).
Se, porventura, podemos culpar bactérias ou toxinas que impregnam nosso organismo e ambiente, podemos dizer também que todos os seres, de certa forma, estão expostos aos mesmos agressores e venenos.

Nosso mundo é inteiramente insalubre e, ao mesmo tempo, pleno de luz e harmonia: atraímos (ou percebemos) a insalubridade ou a pureza como reflexo da nossa afetividade e pensamentos.
Deixamos entrar aquilo que, conscientes ou não, permitimos.
O doente é responsável por sua doença, que é também um mestre.
Entenda: a doença não é uma “cruz”, mas a ponta do tanto de aprendizado, amadurecimento e fortalecimento que podem advir dessa experiência.
Os sinais (e sintomas), além da manifestação característica de uma determinada doença, são a expressão física dos conflitos internos (psicoemocionais e espirituais) e têm a função de mostrar ao doente as diferentes facetas de seu momento evolutivo.

A vida, frequentemente, coloca-nos em situações aparentemente repetidas para que possamos absorver delas o aprendizado.
Enquanto esse aprendizado não for introjetado, seguirá ocorrendo “o mesmo filme”. Sintomas, portanto, são partes da sombra da nossa consciência (e caos do inconsciente) agora sob holofotes.
A doença é uma verdadeira chamada para a transformação, a cura, o crescer, a expansão da consciência.

Estamos permanentemente sedados e crentes nos automatismos psicoemocionais e físicos que impedem a percepção.
Um círculo vicioso, porque, uma vez intoxicados, os cinco sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar), que nos tornam presentes e reais, tornam-se cada vez mais imprecisos, presas fáceis da imaginação e ilusão.

Quando essa dormência torna-se perigosa à evolução, surge a doença que, por meio dos seus sintomas, pretende apenas nos despertar: caia na real.
A cura verdadeira nunca virá de fora.
Estamos permanentemente diante do resgate da consciência.
Todos os desequilíbrios são efeitos da inconsciência que não foi inspirada para o consciente.
A cura da doença não está nos remédios, mas sim na sintonia com seu ser, seu espírito que deseja evolução.
Para que a cura aconteça, use a doença como um mestre.
Trata-se da grande tarefa do despertar da nossa identificação com o mundo da forma: o corpo adoece para avisar que nossa parte não visível está sendo usada sem a ajuda da Alma, sem buscar a inspiração, o amparo, o amor, a luz da Criação.

Nesse processo, a doença e seus sintomas são sinais que mostram onde a Alma está bloqueada na percepção dos talentos, dons, missão e significância.
Use-os na superação dos desafios, na evolução espiritual.
Livrar-se dos sintomas sem que se entenda ou se assimile a natureza da mensagem só irá adiar a cura, a transformação.

A medicina moderna adquiriu uma enorme competência em eliminar a maioria dos sintomas dando uma falsa noção de cura.
A questão é que a supressão dos sintomas jamais significará uma cura.
A cura verdadeira só acontecerá quando expandirmos a consciência.

(*) Quando o doente é uma criança, embora não conheçamos todos os mistérios da vida e os propósitos de Deus, penso que pode ser um resgate daquele espírito, que apesar de estar num corpo infantil, tem seu processo evolutivo a cumprir.
Ao mesmo tempo, entendo que toda a família pode estar "curando-se" diante da doença daquela criança.
Ou seja, a doença está sendo um mestre para todo o grupo ou comunidade.

Os sintomas são um espelho da Alma

Uma doença é uma trama simbólica, onde os sintomas mostram o que não vai bem na alma do paciente.

Sei! Essa visão é cruel, pois o doente tem nos seus sintomas uma salvaguarda para se justificar e obter a compaixão de si mesmo e dos demais.
No entanto, cada sintoma busca mostrar que no interior da pessoa algo não está bem.

Espelham aquilo que não pode ser expresso, entendido, escutado, sentido, mas usando então outra linguagem do Ser: o sintoma, a dor, a paralização, etc.
Por esta abordagem, todos os males são psicossomáticos - desde uma espinha na face ao câncer de pele.

No corpo, cada órgão ou víscera tem funções específicas (física e metafísica), que fazem parte de um todo integrado.
Quando surge uma desarmonia contínua (física, emocional, psicológica ou espiritual), inevitavelmente, um ou mais órgãos encontram dificuldades para seu perfeito desempenho, surgem os sintomas, trazendo mensagens internas, revelando suas necessidades imediatas.
E, este revelar vem numa linguagem corporal, física.

Uma vermelhidão na pele pode estar indicando a impaciência contra os limites naturais da vida (vermelho = conflito, pele = limites), no entanto, enquanto o indivíduo continuar emocionalmente doente sua pele continuará avermelhada.

Esta alergia poderá ser debelada com medicamentos, mas não será curada verdadeiramente.
Se a pessoa continuar em turbulência, com sua expressão bloqueada, outros sintomas virão para simbolizar aquela impaciência para com os limites.

O Ser humano é perfeito na sua essência.
A experiência evolutiva a ser vivida não precisa necessariamente ser através da doença. Mas, estamos todos aqui na Terra para viver uma experiência de Acordar para o Amor.

Deus tenta o tempo todo nos despertar pelo, e para, o Amor.
Mas, como seres humanos, cheios de inconsciências, nos mantemos adormecidos, com cegueiras, problemas para sentir, escutar e adiamos este imprescindível despertar.

Importante lembrar: nós não SOMOS IMPERFEITOS, nós ESTAMOS imperfeitos, densos, viciados, sedados, polarizados e doentes.

Intoxicados pela poluição do mundo moderno, por hábitos, modelos, condicionamentos e a ilusão de que eles são verdadeiros.
Em todas as extensões.
Precisamos nos voltar para dentro, dialogar com o corpo, que é uma representação física de todo o Ser, e descobrir o que ele está querendo nos comunicar.

Ironicamente, o único propósito da doença é nos avisar.
Como uma amiga sincera, ela tem por objetivo purificar e unificar todos os corpos, não se intimidando em apontar os nossos desvios.
Mas na visão in-sana do Homem, a doença é uma inimiga que, sem mais delongas, deve ser rapidamente eliminada.

Mas, como entender o significados destes sintomas?
Como entender a linguagem do nosso corpo?

Garanto a você que para o intoxicado fica difícil ter lucidez e dialogar com o corpo e a Alma. Em algum momento temos que interferir neste círculo vicioso:

Estou doente porque estou intoxicado ou;
Estou tão intoxicado que não sei como achar o caminho da cura.
A Interpretação Metafísica

Maldizer a doença e correr para suprimir os sintomas através de algum tratamento meramente alopático, jamais poderá resultar em cura verdadeira.
Os sintomas irão voltar.
Muitas vezes de forma ainda mais cruel e dolorosa, como se fossem aumentando o volume da advertência.

Segundo Thorwald Dethlefsen, no seu livro "A Doença Como Caminho", existem sete níveis crescentes de manifestação dos sintomas.
Quanto maior a resistência ao autoconhecimento, maior a pressão exercida e a intensidade dos sintomas.

Primeiro vem a expressão psíquica com as idéias, desejos e fantasias.
São as expectativas, crenças e os "pré-conceitos".
Segundo vem o sintoma com distúrbios funcionais.
Este nível de sintoma deveria tornar a pessoa honesta para consigo e para para refletir: algo não está bem!
O que isto revela?
Terceiro: o sistema imunológico fica em fragilizado e começam as inflamações ou os distúrbios físicos agudos.
Exemplos: faringite, gripes e resfriados, herpes, furúnculos, otite, rinite, hepatite ou gastrite.
Como também ferimentos e pequenos acidentes.
Quarto: a dificuldade de comunicação se mantém e os distúrbios se tornam crônicos. Exemplos: micose, artrose e osteoporose.
Quinto: a dificuldade de comunicação com a vida se manifesta via processos incuráveis como a modificação de órgãos (diabetes), câncer, aids, etc.
Sexto: morte, que pode ocorrer após passagem por todas as etapas anteriores ou por um acidente.
Sétimo: deformações congênitas e perturbações de nascença.
Trata-se de uma história que vem de outra vida ou um carma familiar.
É interessante notar que, antes que um sintoma se manifeste no corpo físico, ele se apresenta na psique como um tema, idéia, desejo ou fantasia.
Isso nos mostra como a negação dos anseios pode levar à manifestação física desta repressão.

Qual repressão?
Aquela provocada pelos modelos e condicionamentos familiares, sociais e culturais.
Tais modelos nos afastam da nossa essência (natureza) e ainda nos fazem sentir culpados por não conseguirmos ser aquilo que eles estabelecem como "normal".

Enquanto não se acessar verdadeiramente a doença da Alma, causada por este "afastamento e culpa", os sintomas voltarão de diversas formas, algumas bastante criativas.

Não será de muita valia culpar um vírus ou um grupo de células que, a despeito do previsto, resolvem rebelar-se e passam a se reproduzir por conta própria, gerando um tumor.

Mas, será de total valia buscar a lucidez e o autoconhecimento, de tal forma que os sintomas não passem do nível 1 ou 2, quando a pressão e a severidade do aviso ainda é facilmente contornável.

Neste sentido, a Alimentação Desintoxicante passa a ser "A" grande aliada.

A repressão está acontecendo.
Para ser amado, produtivo e invejável preciso seguir os modelos e condicionamentos do mundo.
Não penso, não paro para refletir e escutar meu coração, e vou em frente.

Mas, lá no fundo, sinto raiva, medo e culpa.
Tudo isso me intoxica e vem a dificuldade de pensar e discernir.
O que fazer?
Não posso mudar isso, não sobreviverei se não for amado, se for rejeitado, se decepcionar.
O instinto de preservação prevalece.
Não faço o que realmente desejo.

Me "sedo" com o que primeiro vier nesta confusa cabeça: comer, beber, conversar, me esquecer de mim, evitar ficar comigo (sozinho ou lúcido).

Então, rapidamente vem a sensação de cansaço e falta de vitalidade.
Vem a frustração, depressão, sensibilidade à flor da pele, choro, desespero, falta de ânimo, mau humor e ansiedade.

Mas, cada um reage de um jeito.
A pessoa mais guerreira irá esconder-se na sua ação incessante.
A pessoa mais sensível irá fragilizar-se, compensando em outras fontes de "nutrição" e levará um bom tempo para 're-agir'.
Enfim, sempre optamos igual: nos distanciar (sedar) cada vez mais da origem.

Perceba que tudo o que foi gerado neste processo é venenoso.
Os pensamentos, as emoções e os sentimentos não foram amorosos, mas sofridos, 'in-sanos'.

As formas de compensação também são "drogas" ao serem usadas como um "ópio" para sedar a dor, o vazio e a subnutrição da Alma.

Para sair deste círculo vicioso e discernir o que é "sano" há que se fazer uma faxina. Desintoxicar-se.

Precisamos dos nossos 5 sistemas excretores a pleno vapor para nos ajudar.
Mas, sem consciência, acordamos e imediatamente tomamos um estimulante qualquer - café, chá, álcool, fumo ou comida.

Desta forma, todos os sintomas descritos acima, que correspondem à sobrecarga nos órgãos de eliminação e a um início de intoxicação geral, desaparecem em alguns instantes.

Todos os estimulantes - ou o simples fato de comer - bloqueiam os mecanismos de eliminação (desintoxicação ou purificação).
A sensação de "prazer" é imediata, mas para complicar, as funções excretoras são interrompidas antes que sua tarefa cotidiana tenha sido finalizada.
Desta forma, as toxinas não eliminadas - ou precariamente eliminadas - serão reabsorvidas, acumulando-se, dia após dia.

Quando um sistema excretor está sobrecarregado, o corpo cria um recurso de compensação, aumentando a mobilização via outros sistemas excretores.

Este mecanismo funciona bem se for por um breve período ou esporadicamente.
Mas quando acontece com freqüência, este recurso entrará em "alerta" avisando o "proprietário" do corpo, através de sintomas cada vez mais intensos que algo não está bem.
Entretanto, se os avisos ficam sem resposta, crises de eliminação irão surgir em diferentes níveis de gravidade.

A maior parte das inflamações e infecções são esforços do organismo para se livrar das substâncias nocivas que se depositam nas suas células e nos espaços intercelulares.

Alergias, intoxicações, fungos, vírus e bactérias não são agressores externos que atacam o organismo "por acaso".
Seu papel é super útil, desde que os mecanismos de auto-defesa do corpo estejam prontos para bloquear e controlar a sua ação.

Entretanto, a maior parte dos tratamentos realizados somente pelos sintomas de doenças agudas, bloqueiam os mecanismos de eliminação, proporcionando um bem estar imediato, mas sem assegurar uma cura verdadeira.
Ou seja, a causa da doença fica abafada por terapias supressivas, criando ainda outros fenômenos aos quais chamamos de efeitos colaterais.
Neste caso, a causa não é atacada, o organismo fica mais intoxicado e mais enfraquecido. O corpo físico não consegue mais se recuperar por crises de eliminação e aparecem as doenças crônicas.

Mas, ainda num esforço de absoluta inteligência divina, o organismo trata de confinar as toxinas a locais delimitados (como os abscessos de fixação, os tumores e cistos) ou para manter abertas algumas válvulas de segurança para a eliminação (como as úlceras que não cicatrizam).
Sem dúvida, Deus é perfeito.
Nós é que complicamos.

Então, que tal começarmos a ser cúmplices do nosso corpo e dialogarmos com ele diariamente?
Permitirmos um banho interno diário, que limpa todas as toxinas de todas as partes dele?

Todas as culturas antigas e orientais valorizavam estes rituais de limpeza e desintoxicação para poder intensificar os trabalhos de evolução, de purificação, o alinhamento com as frequências de sanidade e lucidez.

Para estas mesmas culturas, quando alguém é acometido de algum mal ou doença, a pessoa se sente grata, pois as manifestações físicas lembram que é um momento especial para a realização de uma introspecção e auto-análise.
É hora de saber se o que está acontecendo tem origem psicológica, emocional ou física (ou todas) e desfazer este padrão.

Trata-se de um momento de reflexão: parar, pensar e repensar a vida.
Devemos ser gratos a tudo, inclusive àquela parte do corpo que está se sacrificando para 'ANUNCIAR': existe um freio, uma miséria, um adormecimento, um excesso, ...

O trabalho com a desintoxicação é muito simples, o difícil é despertarmos para a responsabilidade consciente de que devemos deixar sair TUDO o que nos impede de crescer.
Para tanto, a doença é um grande mestre.

Esta seqüência de textos (escritos em março de 2007) levanta a questão da necessidade que temos de aceitar dialogar com o corpo físico quando em dificuldades por uma doença ou dor, e tratar de entendê-las como um Mestre.
Um corpo que sente e nos fala, sempre determinado em ser um instrumento para nos fazer crescer.
Não precisamos ficar doentes, mas é através da doença que o corpo clama pela transformação de atitudes destrutivas e crenças iludidas.

Muitas pessoas me escrevem perguntando como fazer para se "livrar" de determinada doença ou dor.
Eu não tenho esta resposta.
E este é um ponto importante: com que consciência lidamos com as mensagens que os sintomas e doenças nos trazem?

Não podemos nos "livrar" da doença.
Precisamos entendê-la para construir transformações internas e uma possível cura. Precisamos nos aliar ao nosso corpo e "escutar" toda a sua comunicação, jamais emudecê-lo.
Esse diálogo com o Mestre é um processo 100% individual.

Quanto mais temos raiva ou desidentificação para com a doença, mais difícil será revertê-la.

Diante da doença não podemos seguir tapando o sol com a peneira.
Não podemos transferir o poder de transformações, despertar e cura para alguém ou remédios.
Precisamos decidir ser cúmplice, amigo do nosso corpo físico, jamais rebeldes ou displicentes.

Muitas vezes a cura física pode não ser 100% possível, mas a transformação sempre representará a cura emocional/espiritual.
O estado de paz e aceitação é na verdade a grande cura.

Muitas pessoas querem rapidamente entender o significado de sua doença, que muitas vezes foi cristalizada ao longo de vários anos de pouca identidade com seu processo de evolução e crescimento.
E aí, impotente e vulnerável diante da doença, quer encontrar rapidamente uma fórmula para se "livrar" da doença e dor.

Não penso que seja uma questão matemática do tempo (anos construindo a doença = anos para a cura), mas tenho a certeza que as respostas a este Mestre que é a doença, têm que ser encontradas pelo próprio dono do corpo.

Sempre podemos e devemos procurar esclarecimento lendo livros de metafísica da saúde, praticar uma alimentação amorosa e purgadora como a desintoxicante, fazer uso de algumas terapias alternativas e buscar a orientação com profissionais competentes.
Todos são ferramentas, que integradas, podem acelerar o entendimento das mensagens deste Mestre, viabilizando o resgate da harmonia essencial.

Mas a resposta e a necessidade de transformação tem que vir necessariamente da própria pessoa.

Isto é inevitável, trata-se de uma alma que não suporta mais os entulhos emocionais, traumas, repressões e opressões, mostrando que algo está errado através de uma doença.
É o indicativo de que internamente o estresse emocional (e/ou psicológico, e/ou espiritual) já chegou ao limite e agora ele passa a ser físico.

As respostas são 100% internas e pessoais. Individuais.

Alguém até poderá sugerir a causa, ajudar o doente a encontrar o caminho para a cura dentro de si.
Poderá ser uma forma de resolver seus desafios mais rapidamente.
Um chacoalhar mais efetivo, mais no momento certo.
Mas, somente o dono do corpo tem a plena condição de aceitar, compreender e agir.

Existem pessoas que concordam, reconhecem a dificuldade, mas não agem.
Outras que agem mas não conseguem ser determinadas, disciplinadas.
Não funciona.

Existem pessoas que não conseguem introjetar (compreender, aceitar, concordar) o diagnóstico.
Às vezes por medo, falta de fé ou força de vontade, falta de acreditar em si mesma, radicalismos em idéias, preconceitos e conceitos.
A doença passa a ser um ópio para esquecer quem somos, esquecer de nós mesmos e agir fugindo das verdades internas.

Ser um ator externamente é muito fácil, todos nós o somos em nossas vidas, mas o difícil é sermos por dentro.
Não conseguimos enganar nossa alma, nosso Ser!

A proposta da Alimentação Desintoxicante é limpar este corpo em dificuldades físicas e de diálogo, para que, com lucidez cada vez maior e freqüente, mais sutil, menos denso, consigamos fazer esta busca interna de verdades e respostas.

A desintoxicação não dá a resposta, mas limpa as vias de acesso às células, órgãos e sistemas.
Aumenta a capacidade de receber de forma mais límpida as respostas, os acessos aos melhores caminhos da transformação e cura.

A Alimentação Desintoxicante é uma proposta de um "banho interno diário", tipo água mole em pedra dura, onde temos a possibilidade de deixar sair tudo o que nos aprisiona e envenena, que nos cega para as oportunidades de crescer e buscar pela alegria de viver, de estar vivo, de estar num corpo físico em harmonia.

A Alimentação Desintoxicante não traz necessariamente a cura, mas a viabiliza.

Encerro esta seqüência de textos pedindo que todos nós, doentes ou não, sejamos cúmplices deste nosso instrumento de presença na terra.
Esta é uma experiência mágica que precisa ser encarada com alegria e prazer.

E finalmente: nós não somos este corpo, nós estamos este corpo!


Conceição Trucom

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