sábado, 24 de julho de 2010

A VIDA : APRENDENDO A ELIMINAR MATÉRIAS


Nada pode deixar tão clara a noção de que a vida material é uma escola quanto a consciência de nossas vidas passadas.

"Esse entendimento nos permite perceber o encadeamento entre o que fomos ontem e o somos hoje.

Permite-nos visualizar com mais clareza que todas as situações marcantes de nossas vidas encontram sua resposta no passado, nos atos por nós mesmos praticados.

A vida é uma busca permanente de equilíbrio, porque tudo aquilo que é desequilibrado é inútil ou nocivo.

Todas as lições da natureza, podemos observar, são nesse sentido: existe a noite, silenciosa e que induz ao recolhimento e ao repouso, para que sejam equilibradas as movimentações do dia.

Existe o equilíbrio entre as espécies animais que povoam o planeta.

Há os frutos sumarentos e repletos de água, como os cocos e os cactos, florescendo exatamente nas regiões de seca ou deserto, para auxiliar a sobrevivência nessas áreas calorentas.

E em todas as ocasiões em que o ser humano tenta interferir, as consequências são graves, porque o equilíbrio se rompe.

Já leis de equilíbrio por toda parte, regulando a flora, a fauna, o clima, o movimento das marés.

Nada existe a esmo, sem uma lei de equilíbrio que regule sua participação no conjunto da existência" ("Médiuns - O livro dos Segredos", de Márcio de Carvalho).

Assim, como não poderia ser de outra maneira, também conosco.

A vida do ser humano rege-se pelo mecanismo milenarmente conhecido no Oriente como "carma".

E este nada mais é do que os débitos que acumulamos e reconhecemos, aliados às nossas escolhas.

Como se nos matriculássemos em um determinado número de matérias em cada existência -- comparando a vida à um curso --, com o objetivo de eliminá-las ao final do período e poder, com satisfação, nos matricularmos para o próximo período.

Mas, como igualmente acontece em nossa vida escolar, somente quando começamos a frequentar as aulas é que verificamos as dificuldades de cada disciplina: seja pela antipatia do professor, pela convivência com os colegas de classe ou mesmo por nossas limitações ao aprendizado.

Em família, ocorre do mesmo modo.

As pessoas que nos cercam têm a ver com nossas escolhas, com nossos acertos e, primordialmente, com nossos erros.

E a melhor maneira de convivermos com eles e encararmos o próprio sentido da vida é "fazermos a nossa parte".

Esta postura apazigua o coração e torna nosso fardo mais suportável, pelo menos enquanto não conseguimos eliminar as matérias que se tornaram tão espinhosas em nosso extenso curso da vida.


Marcos Grignolli

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