segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Cabala


Árvore da Vida , Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é uma sabedoria que investiga a natureza divina.
Kabbalah (קבלה QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção.

A Kabbalah — corpo de sabedoria espiritual mais antigo — contém as chaves, que permaneceram ocultas durante um longo tempo, para os segredos do universo, bem como as chaves para os mistérios do coração e da alma humana.
Os ensinamentos cabalísticos explicam as complexidades do universo material e imaterial, bem como a natureza física e metafísica de toda a humanidade.
A Kabbalah mostra em detalhes como navegar por este vasto campo, a fim de eliminar toda forma de caos, dor e sofrimento.

Durante milhares de anos, os grandes sábios cabalistas têm nos ensinado que cada ser humano nasce com o potencial para ser grande.
A Kabbalah é o meio para ativar este potencial.

A Kabbalah sempre teve a intenção de ser usada, e não somente estudada.
Seu propósito é trazer clareza, compreensão e liberdade para nossas vidas.

Origem
A "Cabala" é uma filosofia esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados.

Formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica.
Mais tarde, sob a influência da filosofia neoplatônica e neopitagórica, assumiu um carácter especulativo.
Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico, Sefer Yetzirah, ou Sheper Bahir que significa Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII.
Porém o mais antigo monumento literário sobre a Cabala é o Livro da Formação (Sepher Yetsirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a idéia de que o mundo é a emanação de Deus.

Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o "baale ha-kabbalah" (בעלי הקבלה "possuidores ou mestres da Cabala ").
Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como maskilim (משכילים "o iniciado").
Do décimo terceiro século em diante ramificou-se em uma literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.

Grande parte das formas de Cabala ensinam que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contêm um sentido escondido e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.

Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XII e usam outros termos para referir-se aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII.

Outros estudiosos vêem esta distinção como sendo arbitrária.
Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes.
Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso do termo Cabala para referir-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum.
O Judaismo ortodoxo discorda de ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a idéia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.

Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.

Quais são os ensinamentos básicos da Kabbalah?
A Kabbalah ensina que, a fim de podermos reclamar as dádivas para as quais fomos criados para receber, primeiro temos que merecer essas dádivas.
Nós as merecemos quando nos envolvemos com nosso trabalho espiritual – o processo de transformarmos a nós próprios na essência.
Ao nos ajudar a reconhecer as fontes de negatividade em nossas próprias mentes e corações, a Kabbalah nos fornece as ferramentas para a mudança positiva.

A Kabbalah ensina que todo ser humano é uma obra em execução.
Qualquer dor, desapontamento ou caos que exista em nossas vidas não ocorre porque a vida é assim mesmo, mas apenas porque ainda não terminamos o trabalho que nos trouxe até aqui.
Esse trabalho, muito simplesmente, é o processo de nos libertarmos do domínio do ego humano e de criar uma afinidade com a essência de compartilhar de Deus.

Na vida do dia-a-dia, esta transformação significa desapegar-se da raiva, da inveja e de outros comportamentos reativos em favor da paciência, empatia e compaixão.
Não significa abrir mão de todos os desejos e ir viver no topo de uma montanha. Muito pelo contrário, significa desejar mais da plenitude para a qual a humanidade foi criada para obter.



Mitos sobre a Cabala
Cabala é comumente associada com fitas vermelhas, meditação, magia e muitas outras coisas.
10 Mitos Sobre Kabbalah:

Mito 1: Cabala é um religião.
Fato: Kabbalah é uma sabedoria que revela a realidade global que normalmente é escondida de nossos sentidos.

Mito 2: Kabbalah está ligada com fitas vermelhas e água benta.
Fato: Não há nenhuma ligação.
A Corda Vermelha (Kabbalah), água benta e outros produtos são uma invenção lucrativa comercial criada nas últimas duas décadas.

Mito 3: Kabbalah é reservada para uma minoria de pessoas e só os homens com mais de 40 anos de idade têm permissão para aprendê-la.
Fato: Durante o exílio Kabbalah só foi estudada por alguns indivíduos selecionados.
No entanto, desde o tempo do Ari (século XVI), está disponível para todos.

Mito 4: Kabbalah trata de mágica.
Fato: Kabbalah não trata de magia ou feitiçaria, pelo contrário, trata-se de uma investigação pragmática da realidade.

Mito 5: Cabala é um seita.
Fato: Kabbalah é uma sabedoria e uma ciência aberta a todas as pessoas, sem quaisquer restrições.

Mito 6: Kabbalah está relacionada com a "Nova Era" e é uma tendência—um fenômeno passageiro.
Fato: Cabala é a mais antiga sabedoria da humanidade.
Seus começos foram de aproximadamente 5.000 anos atrás.

Mito 7: Kabbalah está relacionada com cartas de tarô, astrologia e numerologia.
Fato: Cartas de tarô, astrologia e numerologia, na sua prática mística, têm sido erroneamente associados a Kabbalah.

Mito 8: Há amuletos na Cabala.
Fato: Em nosso mundo, não há objetos físicos que contenham qualquer conteúdo espiritual.
Amuletos só pode ajudar uma pessoa como um apoio psicológico.

Mito 9: Kabbalah envolve meditação.
Fato: Cabala tradicional não se trata de meditação.
A meditação é outro elemento que estava ligada à palavra "Kabbalah" em meio a confusão nos últimos séculos por não cabalistas.
Porém os cabalistas modernos utilizam a meditação em seus estudos.

Mito 10: Precisa de ter estudado a Torá e o Talmude antes de se aproximar da Kabbalah.
Fato: Sem a Cabala, não se pode entender o significado espiritual desses textos e a pessoa é levada a crer que êles se referem a eventos ações físicas.

Quem pode estudar a Cabala?
Quando perguntaram ao Rav Kook- o grande Cabalista do século XX e o mais importante Rabino de Israel – quem poderia estudar Cabala, sua resposta foi inequívoca: "Qualquer um que queira".
Nos últimos cem anos, todos os Cabalistas, sem exceção, e em muitas ocasiões, deixaram claro que hoje a Cabala está disponível a todos.
Disseram também que ela é a ferramenta necessária para resolver a crise global que previam viria a acontecer e que hoje estamos enfrentando.

De acordo com todos os Cabalistas, os dias em que a Cabala era um segredo acabaram.
A sabedoria da Cabala manteve-se oculta no passado porque os Cabalistas temiam que ela fosse mal aplicada e mal entendida.
E realmente o pouco que escapou gerou muitos mal-entendidos.
Porque os Cabalistas dizem que a nossa geração está pronta para entender o real significado da Cabala, e para acabar com os mal-entendidos, esta ciência está agora sendo revelada para todos que desejam aprender.

A Kabbalah é judaica?
É compreensível que a Kabbalah possa ser confundida com o judaísmo.
Ao longo da história, muitos estudiosos da Kabbalah têm sido judeus.
Mas também existiram muitos estudiosos não judeus dessa sabedoria, tais como os cristãos Knorr-von-Rosenroth, Pico Della e Sir Isaac Newton, para citar apenas alguns.
A incrível verdade é que a Kabbalah nunca foi intencionada para um grupo específico.
Pelo contrário, sua intenção era ser utilizada por toda a humanidade, a fim de unificar o mundo.
Hoje, milhões de pessoas de todos os credos descobriram a sabedoria e experimentaram os efeitos poderosos do estudo da Kabbalah.
Existem duas razões básicas que explicam porque tantas pessoas estão interessadas na Kabbalah agora.
A primeira razão é que a Kabbalah funciona.
Quando as pessoas aplicam a sabedoria e as ferramentas da Kabbalah em suas vidas, elas obtêm resultados positivos.
A segunda razão pela qual tantas pessoas de credos diferentes se tornaram ligadas à Kabbalah é que ela é um meio de vida que pode incrementar qualquer prática religiosa.
Cristãos, hinduístas, budistas, muçulmanos e judeus utilizam a Kabbalah para melhorar suas experiências espirituais.

Principais textos cabalistas
A ciência da Cabala é única na maneira que fala sobre você e eu, sobre todos nós.
Ele não trata de algo abstrato, apenas com a forma como são criados e como nós funcionamos em níveis mais elevados de existência.

O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah ("Livro da criação"), escrito por com Abraão, o patriarca de quatro mil anos.
Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI.
Sua origem histórica não é clara.
Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o lêem sem um conhecimento maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica ,equivalente ao Antigo Testamento) e o Midrash.

Outra obra muito importante dentro da cabala é o Bahir ("iluminação"), também conhecido como "O Midrash do Rabino Nehuniah ben haKana".
Com aproximadamente 12.000 palavras.
Publicado pela primeira vez em 1176 em Provença, muitos judeus ortodoxos acreditam que o autor foi o Rabino Nehuniah ben haKana, um sábio Talmúdico do século I.
Historiadores mostraram que o livro aparentemente foi escrito não muito antes de ter sido publicado.

O trabalho mais importante da cabala é o Zohar (זהר "Esplendor").
Trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torah(Antigo Testamento), escrito em aramaico.
A tradição ortodoxa judaica afirma que foi escrito pelo Rabino Shimon ben Yohai durante o século II.
No século XII, um judeu espanhol chamado Moshe de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar, o texto foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu.
Gerschom Scholem, que foi um célebre historiador e estudante da Cabala, mostrou que o próprio de Leon teria sido o autor do Zohar:
Entre suas provas, uma é que o texto utiliza a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII; outra é que o autor não tinha um conhecimento exato de Israel.
O Zohar contém e elabora sobre muito do material encontrado no Sefer Yetzirah e no Sefer Bahir, e sem dúvida é a obra cabalística por excelência.

Após o Zohar, temos os escritos de Ari, um renomado cabalista do século XVI.
O século XX, por sua vez, viu o surgimento dos trabalhos do cabalista Yehuda Ashlag.
Os textos do Ashlag são os mais adequados para a nossa geração.
Eles, assim como outras fontes cabalísticas, descrevem a estrutura dos mundos superiores, como ela descende e como o nosso universo, com tudo o que possui, veio a existir.

Cabala no Cristianismo e na sociedade não Judaica
O termo "Cabala" veio a ser usado até meados do século XI, e naquele tempo referia-se à escola de pensamento (Judaica) relacionada ao misticismo esotérico.
Desde esses tempos, trabalhos Cabalísticos ganharam uma audiência maior fora da comunidade Judaica.
Assim versões Cristãs da Cabala começaram a desenvolver-se; no início do século XVIII a cabala passou a ter um amplo uso por filósofos herméticos, neo-pagãos e outros novos grupos religiosos.
Hoje esta palavra pode ser usada para descrever muitas escolas Judaicas, Cristãs ou neo-pagãs de misticismo esotérico.
Leve-se em conta que cada grupo destes tem diferentes conjuntos de livros que eles mantem como parte de sua tradição e rejeitam as interpretações de cada um dos outros grupos.


Famosos que seguem a cabala

Madonna (cantora, atriz e empresária)
Glória Maria (jornalista e apresentadora)
Paulo Ricardo (cantor)
Luisa Mell (apresentadora)
Márcia Goldschmidt (apresentadora)
Marina Lima (cantora)
Manuela Saadeh (ex-bbb)
Fernanda Souza (atriz)
Ellen Jabour (modelo)
Eliane Giardini (atriz)
Daniella Cicarelli (atriz e modelo)
Reinaldo Lourenço (estilista)
Demi Moore (atriz)
Mariana Kupfer (apresentadora e cantora)
Gwyneth Paltrow (atriz)


Árvore da Vida
O que é a Árvore da Vida?

Árvore da Vida é um diagrama extremamente conhecido no estudo da Cabala. Muitos chegam ao ponto de afirmar que Cabala é a decodificação da Árvore da Vida, mas isso é um grande engano.
A Árvore da Vida é uma entre muitas ferramentas utilizadas pela Cabala para a correta compreensão das forças que regem o universo.

É um mapa para entendermos a manifestação de Deus.
O Deus que saiu de si, se desdobrou para criar o universo onde a realidade se apresenta em 10 dimensões - representada pelas 10 esferas (sefiras).
Elas funcionam como canais através dos quais a Luz do Mundo Infinito chega ao Mundo Físico, alimentando tudo o que existe, incluindo as nossas almas.

No esquema da árvore da vida também existe a representação de uma 11° esfera chamada DAAT, porém pouco se fala dela e em muitos relatos literários é ignorada.
Cada sefira, tal qual um filtro, reduz sucessivamente a emanação da Luz, diminuindo gradativamente o seu brilho para um nível quase imperceptível no mundo físico.

Cada sefira por onde passa a Luz se manifesta de forma diferente, sem perder em momento algum a sua essência.
No estudo das sefiras, encontraremos diferentes associações, como atributos divinos e partes do corpo, entre tantas outras referências, de modo a estabelecer uma relação de interdependência entre todos estes elementos.

Cada sefira é um aspecto da natureza de Deus.
Elas nos ajudam a entender o mapa de como Deus atua no universo e no homem.
O micro imita o macro.
Através da compreensão das sefirot, podemos entender as características humanas nos relacionamentos inter pessoais e como esses aspectos influenciam nossas interações com o outro.

A Árvore da Vida em Detalhes

A fonte motriz de toda criação vem do mundo das infinidades que, em conjunto a criação, representa a totalidade de DEUS.
Porém pouco se sabe sobre esta força motriz, para a cabala este mundo se divide em três partes AIN (DEUS), AIN SOPH (infinidade) e AIN SOPH AUR (luz sem limite).
Qualquer teorização adicional a esta informa é pura especulação.


Portanto DEUS (AIN SOPH) em sua infinidade cria, alimenta e se transforma sucessivamente como um relâmpago de Kether (primeira esfera) até chegar à última esfera chamada Malkut (Reino).


Conforme a energia desce como um raio, 4 mundos ou planos hierárquicos são formados e considerado pela Cabala como “universos particular”.
São eles:

Mundo da emanação - Aziluth - IOD

Constituído por três esferas semelhantes: Kether, Binah e Kokmah, no qual AIN SOPH ocupa judiciosamente o centro e onde se manifestam as primeiras e mais gerais energias que emanam da fonte central.

Mundo da criação – Briah - HE

Constituído por mais três esferas semelhantes: Geburah, Chesed e Tiferet, onde as energias precedentes construíram e constroem sempre, no tempo e no espaço, aquilo que nós denominamos de “matéria”. É o mundo da criação contínua.

Mundo da formação – Yetzirah – VAU

Constituído por outras três esferas semelhantes: Hod, Netsah e Iesod, no qual as energias criativas dão formas definidas as coisas materiais ou concretas. Neste mundo se constroem as categorias ou espécies.

Mundo da ação – Asiah – HE

Constituído por uma única esfera, Malkut, onde cada individualidade criada age de modo intrínseco conforme a espécie determinada.
É neste mundo que a vida se manifesta em graus diversos e variados tais como os minerais, os vegetais e outros.

Aziluth - IOD

Briah - HE

Yetzirah – VAU

Asiah - HE

Portando percebemos que cada mundo é formado pelo relacionamento das emanações das esferas que as compõem e que por sua vez os mundos se relacionam entre si considerando as hierarquias.
Desta forma chegamos ao modelo clássico da Árvore da Vida que é composta por 10 ou 11sefiras (manifestações) e 22 caminhos (palavras).


É importante frisar que este esquema representa o entendimento de como DEUS atua no universo, mas principalmente de como DEUS atua no homem.
Portanto, se o cabalista conseguir desvendar os mistérios que regem seu mundo ou micro-cosmo, ele conseguirá desvendar segredos que regem o universo ou macro-cosmo.

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