quarta-feira, 2 de junho de 2010

Como Utilizar os 7 Raios Divinos em Tempos Conturbados?


Hoje, com as mudanças dimensionais, muitos perguntam: quantos Raios Divinos estão manifestados em nossa esfera, e como podemos utilizá-los em tempos tão conturbados? Mas, eu primo pelo discernimento e pergunto: já conseguimos reconhecer, trabalhar e sustentar aqueles, que sabemos já estão atuantes em nossa esfera planetária?

Então, não é mais saudável aprendermos a utilizar aqueles que já estão disponíveis para nós, em 1º lugar?

Se cada ser humano que conhece seu Raio de Alma, o vivenciasse, nosso mundo seria outro, sem mesmo mudar de dimensão, pois, já estaríamos vivendo na luz e no amor.

O ser humano tem o vício de complicar e achar que tudo aquilo que requer dele mais empenho e sofisticação é mais eficiente, e, na verdade, quando tratamos de espiritualidade, tudo é muito mais simples.

Somos bilhões de habitantes vivendo num planeta -a Terra- que nos emprestou seu corpo para vivermos uma experiência e aprendermos com ela.

Nós que somos feitos à imagem e semelhança divina, temos esses Sete princípios na essência, porém, respondemos mais a um deles, que torna-se para nós o mais preponderante, a energia que sustenta todos os nossos esforços em uma encarnação.


Portanto, a consciência de um homem se destaca conforme a qualidade de seu raio.

Cada um de nós pertence a um dos sete Raios divinos.

Esses raios, que são descritos pela religião judaico-cristã, na Bíblia como "espíritos diante do trono de Deus", são expressões de energia com características específicas.

1º Azul - Da vontade, força, ação, fé, coragem, ordem, autoconfiança e poder.

Corresponde ao Aspecto Pai da Trindade.

2º Dourado - Do amor-sabedoria, sentimento, consciência, discernimento, expansão.

Corresponde ao Aspecto Filho da Trindade.

3º Rosa - Da inteligência ativa e criativa, compreensão, poder mental.

Corresponde ao Aspecto Espírito Santo ou Mãe da Trindade.

Quatro Raios de Atributo: 4º. - 5º. - 6º. - 7º.

4º Branco - Da harmonia, beleza, arte, unidade, expressão e intuição.

5º Verde - Do conhecimento concreto, ciência, exatidão, paciência.

6º Rubi - Do Idealismo abstrato, devoção, contemplação, lealdade.

7º Violeta - Da magia cerimonial e ritualística, precisão, ordem, disciplina, método, liberdade.

Quando falamos do Raio de Alma de um homem, consideramos o princípio que nele predomina, mas, não podemos esquecer que todos possuem também a energia dos outros seis.

É bom lembrar também que só acessa a energia que qualifica sua alma aquele que é dono de si mesmo, que escolhe governar a sua vida com consciência, não se deixando influenciar por um conjunto de reflexos ou de respostas submissas às influências do ambiente externo - o homem que usa o poder de seu pensamento com verdade, do sentimento com bondade, e das ações com vontade e discernimento.

Podemos utilizar essas energias a nosso favor, principalmente nesses tempos tão conturbados, porém, é necessário antes disso reconhecermos nelas "o maior instrumento" existente para transformação de nosso caráter e para que isso se manifeste há uma necessidade absoluta de abandonar a identificação com o ego. Entender os defeitos de caráter que devem ser transformados, com sinceridade e responsabilidade.

Estabelecer um compromisso conosco mesmo, sem fingimento.

Existe uma história sufi que ilustra isso: Perguntaram a Shibli:

- "Quem o guiou no caminho? Shibli respondeu:

- Um cão. Um dia eu o vi quase morto de sede, parado junto à água.

Toda vez que ele olhava seu reflexo na água, ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.

Finalmente, tamanha era a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro dágua; assim, o reflexo desapareceu.

O cão descobriu que o obstáculo era ele próprio.

A barreira entre ele e o que buscava, havia se desvanecido.

Da mesma forma, meu obstáculo se desvaneceu quando eu soube que aquilo que eu pensava ser eu mesmo, era o próprio obstáculo.

E o meu caminho foi-me mostrado, primeiro, pelo comportamento de um cão.

Quando essa é nossa reação à vida, percebemos que o ego nasce através dos reflexos, e sem saber quem somos, precisamos encontrar uma identidade.

Quando o Eu verdadeiro é sustentado, assumimos a transformação de nossos vícios de comportamento, aumentando a auto-estima, respeito, e vontade de mudar, e, os conflitos desaparecem.

Ninguém pode ter o melhor, a menos que dê o melhor.

Quando nascemos e, damos a 1ª inspiração entramos em contato com as vibrações cósmicas de nossos registros etéricos e sua energia, a que dará a tônica de nossa experiência encarnatória - nosso raio de alma, aquele que nos levará a libertação e iluminação.

Nossa alma, a partir desse momento colocará a personalidade para adquirir experiência em um desses Raios.

A alquimia do trabalho pessoal é ser consciente do poder de transformação que existe em nós.

A alquimia espiritual ocorre quando investimos nossa energia para despertar a sensibilidade espiritual e incorporar os arquétipos espirituais que respeitam as leis da vida e da evolução.

Os Sete Raios Divinos estão aqui para que os reconheçamos em nós mesmos e nos nossos semelhantes, e criarmos outra realidade à imagem e semelhança divina.


Vera Godoy
por El Morya Luz da Consciência

FITOENERGÉTICA


É um sistema natural de cura, equilíbrio e elevação da consciência que, através da energia das plantas (fitoenergia), ajuda os seres vivos no equilíbrio das emoções e pensamentos que, quando estão em desequilíbrio, são os reais causadores das doenças. É uma terapia que proporciona a elevação da consciência e do o discernimento, estimulando profundos sentimentos antiegoísmo.


A Fitoenergética atua com a concepção básica de que os vegetais possuem um campo de energia com a capacidade de gerar influência sobre a anatomia sutil dos seres vivos. Busca compreender como essa influência pode atuar positivamente no campo energético de cada ser vivo, agindo nas causas geradoras de doenças.

Fitoenergia

É o tipo de energia que as plantas fornecem com a característica de ser elevada, sutil, celeste, portanto, com propriedades vitalizantes para o corpo e para a alma. A Fitoenergia apresenta um padrão vibratório amplamente curativo e amoroso, peculiar das esferas mais evoluídas dos planos superiores.

Perguntas e respostas sobre o tema:


1) Quanto tempo se demora para a obtenção dos resultados quando as doenças são tratadas com a Fitoenergética?

Para que os efeitos da cura energética profunda possam ocorrer, é necessário persistência, ou seja, fazer uso contínuo dos preparados vegetais. A recomendação é que, ao final do tratamento energético, a pessoa faça uma avaliação da situação em relação à condição inicial e modifique o tratamento de acordo com os novos sintomas. Acima de tudo, porém, deve fazê-lo continuamente, até perceber que as características negativas iniciais foram removidas. Lembre-se de que o campo energético da pessoa está sendo vitalizado e a vibração está sendo equilibrada. Com isso, algumas pessoas têm benefícios fabulosos em minutos, outras em dias e até meses, tudo vai depender de dedicação e disciplina.

2) Por que a maioria dos tratamentos energéticos da medicina caseira, simpatias e até benzeduras sugerem sempre sete dias?

Nesse caso, o sete está ligado ao número de chacras principais (veja capítulo sobre anatomia sutil) que o ser humano possui. O tratamento de sete dias, normalmente, é eficiente, pois, a cada dia, um chacra é revitalizado e equilibrado.

3) É possível, depois de limpar e potencializar os vegetais, deixá-los armazenados para uso futuro? É possível fazer isso em grandes quantidades e de uma só vez?

A limpeza e programação energética dos vegetais podem durar até seis meses. Para permitir essa durabilidade, é necessário que sejam guardados em local arejado e fresco, longe de fontes de geração de energia eletromagnética e, principalmente, evitar manipulá-los, caso o uso não seja necessário. Vale lembrar também que, no momento da aplicação, as mentalizações e intenções são muito importantes.

4) Qual a diferença entre o uso externo e interno das fórmulas Fitoenergéticas?

Os nossos corpos físico e energético estão em ressonância. Tudo que ocorre em um, reflete no outro e vice-versa. É importante que o usuário tenha bom senso na hora de decidir a forma de aplicar as fórmulas. O uso externo é mais recomendado quando o sabor de um vegetal não é apreciado, por exemplo, ou se existem mais dores externas. Já, o uso interno, pode ser utilizado quando um vegetal tem paladar apreciado ou simplesmente por uma questão de praticidade. O sene, por exemplo, é uma planta abortiva, que pode também gerar cólicas intestinais, dadas suas propriedades fitoterápicas. Isso sugere uso externo, para que os efeitos colaterais não ocorram no organismo físico. Use o bom senso, pois do ponto de vista de resultados, os dois processos são muito similares.

5) Por quanto tempo os tratamentos podem e devem ser feitos?

As pessoas podem usar continuamente os tratamentos, respeitando a forma de uso e intervalos descritos no capítulo 6. De forma geral, quando as regras são respeitadas, a recomendação é manter o tratamento até que os sintomas sejam removidos, no caso de uma doença já instalada. Quando não há doença, o uso gera imunidade energética capaz de criar uma excelente condição de bem-estar físico, mental, emocional e espiritual. Por isso, o uso contínuo é indicado como preventivo de grande eficiência.

6) Por que muitas vezes uma preparação caseira de plantas não apresenta os resultados esperados?

O segredo é simples. A intenção com a qual se prepara e a qualidade da energia vital que está contida em um vegetal são os grandes responsáveis pela obtenção dos resultados desejados. Quando não se tomam os cuidados em relação à limpeza e potencialização energética dos vegetais (capítulo 4), o preparado pode ter efeito nulo, ou, em alguns casos, pode até ser nocivo.

7) Os chás industrializados, feitos em sachê, também podem ser utilizados?

Os chás de sachê, por sua praticidade, podem ser empregados tranquilamente nos preparados Fitoenergéticos, porém, é necessário ter certeza de que não são artificiais (com aroma artificial), o que é muito comum. O uso de flores, frutas e ervas desidratadas também é uma prática comum que dá certo. As técnicas de limpeza e programação são indispensáveis, principalmente para eliminar a energia negativa presente em qualquer processo industrial a que a planta tenha sido submetida.

8) Qual a diferença de um remédio alopático, feito em laboratórios farmacêuticos e um preparado natural, feito com as técnicas da Fitoenergética?

A propriedade medicinal de uma planta não é só o resultado de uma composição química, mas também de sua vibração energética. Quando os princípios ativos das plantas são isolados e sintetizados nos laboratórios, a vibração energética dessas plantas não está presente. Portanto, o remédio tradicional alopático não apresenta a frequência de vibração que a planta teria originalmente, e isso é uma perda substancial. Além disso, os medicamentos alopáticos são administrados para compensar as deficiências do organismo em produzir determinadas substâncias e isso não trata a causa. Já um preparado Fitoenergético atuará sempre estimulando a produção interna dessas substâncias essenciais ao organismo, e não simplesmente repondo-as de forma artificial.

9) Por que os resultados obtidos com os preparados da Fitoenergética são eficientes?

Porque atuam na causa que originou o problema. Se a origem foi mental, ele atuará no âmbito mental; se foi no físico, atuará no físico; se foi no emocional, atuará no emocional, ou seja, atua em todos os aspectos do ser e isso faz a grande diferença. Quando a pessoa apresenta um problema de ordem física, a chance de o problema ter origem no emocional ou mental é muito grande. Esses aspectos devem ser trabalhados também, isso é possível através da Fitoenergética.

10) Então a Fitoenergética pode substituir o uso dos remédios convencionais?

Jamais. Nunca interrompa o uso de medicamentos. Use a Fitoenergética de forma complementar. Quando sentir resultados evidentes, procure o seu médico. Só ele poderá autorizar a suspensão dos medicamentos do seu tratamento. Com o uso constante e complementar dos preparados Fitoenergéticos, é comum o indivíduo apresentar uma melhora gradativa, e isso pode levá-lo a interromper o uso da medicação convencional. Mas isso só poderá ser feito depois de uma avaliação de um especialista, para constatação da melhora dos sintomas e suspensão do uso da medicação. Isso também ocorre quando a pessoa faz uso de outras terapias alternativas. Sempre que possível, combine o uso de diversas técnicas. Os resultados podem ser surpreendentes.

11) Qual a diferença entre a Fitoterapia e a Fitoenergética?

A Fitoterapia utiliza o princípio ativo existente em uma planta, ou seja, os componentes químicos existentes no vegetal. Já a Fitoenergética utiliza a vibração energética do vegetal, ou seja, o campo de energia vital que circunda a planta.

12) Existe alguma diferença na utilização de vegetais frescos em relação aos desidratados?

Quanto mais fresco o vegetal for, maior é o seu nível de energia, o que potencializa o efeito desejado. Mas, se o usuário da Fitoenergética utilizar vegetais desidratados de forma adequada (desidratados na sombra) e fizer corretamente os passos de limpeza e potencialização energética, os efeitos serão os mesmos, independente de serem desidratados ou frescos.

13) Os tratamentos Fitoenergéticos podem curar doenças ou padrões negativos que sejam provenientes de vidas passadas?

Sim, um tratamento Fitoenergético feito adequadamente conforme as técnicas deste livro podem reverter comportamentos ou doenças que tenham sua origem em outras vivências, principalmente graças à ação dos vegetais condutores que atuam diretamente nos registros akhásicos do indivíduo.

14) E se a pessoa não gosta de tomar chás, existe outra opção para usar a energia das plantas e obter os resultados positivos da mesma forma?

Sim, a ação da Fitoenergética acontece diretamente no campo de energia(aura) do ser, por isso, o uso das plantas via spray (chá da planta borrifado) ou a inalação do vapor do chá são altamente eficientes. Essa é uma grande vantagem da Fitoenergética, pois independe dos princípios ativos químicos das plantas, já que ela só utiliza as propriedades energéticas.

15) O que quer dizer Fitoalquimia? Qual a diferença em relação à Fitoenergética?

Fitoenergética é a técnica que utiliza a vibração energética das plantas para curar doenças da alma. Fitoalquimia é a transferência e potencialização da energia das plantas para uso nos mais diversos fins. Sem a Fitoalquimia, a Fitoenergética não consegue produzir resultados eficientes.

16) Quando quero preparar um composto Fitoenergético, mas fico em dúvida se uma doença está associada a um chacra ou a outro, o que faço? A rinite, por exemplo, é quinto ou sexto chacra? Como fazer quando ocorrem essas situações?

A Fitoenergética é muito flexível a isso. Nos casos de dúvidas entre dois chacras, considere os dois. Além de não causar problemas, ainda torna o tratamento Fitoenergético mais completo.

17) Você sempre comenta que as plantas possuem uma missão no planeta. Na sua opinião, qual é a maior mensagem que as plantas nos transmitem?

Principalmente que precisamos aprender a trabalhar em equipe, que uma pessoa sozinha, sem um bom convívio de pessoas, não pode ser feliz completamente, que nossa consciência deve evoluir coletivamente e não individualmente apenas.

18) Então, qual é a missão das plantas?

Elas nos fornecem um padrão elevado de energia que tem por objetivo nos ajudar na cura das emoções inferiores, em outras palavras, a missão das plantas é nos ajudar na tão almejada reforma íntima.

19)Que parte da plantas devemos utilizar no momento de preparar os tratamentos?

Podemos usar qualquer parte do vegetal, no entanto, é bom que se saiba que as partes da planta que armazenam maior nível de energia são a flor e a fruta. As folhas, talos e raízes possuem mesma frequência, porém com menor nível de energia. Contudo, se as técnicas de Fitoalquimia forem aplicadas com precisão, todas as partes tornam-se igualmente eficientes, o que facilita tudo.


Por Bruno J. Gimenes
Escritor, terapeuta holístico, palestrante, pesquisador, mestre de Reiki, Karuna Reiki e Sechim (Cura Egípcia).É graduado em Química industrial e black belt em Seis Sigma.

A poesia da vida


O poeta adquiriu um pedaço de terra em plena serra.
Um lugar para sonhar, fazer poesia, escrever, inebriar a alma.
Não pretendeu mexer em nada.
Deus, afinal, fizera tudo tão bonito.

O regato de água cristalina descendo do alto da serra, por entre pedras, formando cachoeiras e remansos gelados.
Samambaias, avencas, brincos de princesa em profusão.
Campos verdes, bordados de flores minúsculas.
Também enormes araucárias, com sua casca rugosa, onde crescem bromélias.
Um pedaço do céu cheio de beleza e vida.

Mas, nesse belo lugar, há um morro de terra ruim.
Tão ruim que até o capim protesta e não vinga.
O poeta olhou para aquela terra, aparentemente imprestável, e resolveu dar uma mãozinha para a natureza.
Pensou que poderia plantar araucárias ali.
Uma mata cheia de pinheiros, com suas copas altivas, braços erg uidos ao céu, como a pedir bênçãos.
Maravilha!
Começou a sonhar.

Como não entende muito dessas coisas, foi pedir auxílio.
Consultou as pessoas do lugar.
Ninguém aprovou sua idéia.
Imagine!
Plantar araucárias.
Elas levam muito tempo para crescer.

Como o poeta já não é tão jovem, disseram-lhe que, com certeza, ele nem chegaria a ver os pinheiros crescidos.
Além do mais, não se pode cortar araucária.
Ela é protegida por lei.
Cortar uma árvore dessas é crime.
E para que plantar árvores se não podem ser cortadas?

Afinal, somente cortadas é que elas valem dinheiro, podem ser vendidas.
Aconselharam o poeta a plantar eucaliptos.
Eles crescem rápido.
Dão lucro a partir do terceiro ano.
O poeta voltou para sua casa.
Ninguém o tinha entendido.

Descobriu que ele e os seus vizinhos eram de mundos diferentes.
Ele era um ser da floresta, sem pressa, como as sementes colocadas no solo.
Os seus vizinhos pensavam em coisas rápidas, em dinheiro no banco, em lucros.
Ele desejava desfrutar o esp etáculo colorido e perfumado da floresta exuberante.
Ver, cheirar.
É tudo que queria.

Eles só tinham em mente o comércio, os negócios.
Por isso um eucalipto que pode ser cortado em três anos é muito mais importante do que uma araucária que não pode ser cortada nem em 50 anos.
E o poeta ficou a pensar como é a cabeça dos homens que só pensam no lucro.
Perderam o sentido e a beleza da vida.

Recordou dos que matam beija-flores e sabiás para os salgar e vender, a fim de serem consumidos como tira-gosto, em meio a risadas e bebidas.
São os que olham para os pingüins do ártico e pensam em transformá-los em ração para cachorro.
Que olham para uma imensa floresta de sequóias e acham um terrível desperdício aquela propriedade habitada somente por árvores.

No seu conceito de lucro, muito melhor seria queimar a floresta toda e transformá-la em condomínio luxuoso.
Por tudo isso, o poeta resolveu mesmo plantar araucárias.
Se ele chegará a vê-las crescidas ou não, não importa.
Importa que ele semeou esperança e vida que poderão alegrar outros olhos e corações, no futuro.

Onde estiver o seu tesouro, ensinou Jesus, aí estará seu coração.
Seu coração está na vida, na beleza ou no lucro?
Você deseja uma terra pródiga de belezas onde seus filhos possam viver?
Ou simplesmente um lugar para usufruir todo o possível, rápida e velozmente?
Você decide se plantará araucárias ou eucaliptos na terra do seu coração...


Equipe de Redação do Momento Espírita
com base no cap. 4, parte 3 do livro Um céu numa flor silvestre
Rubem Alves, ed. Verus.

Ainda bem que encontrei voce no meu caminho.


E se a vida fosse uma estrada?
Cada um de nós caminha pela vida como se fosse um viajante que percorre uma estrada.

Há os que passam pouco tempo caminhando e os que ficam por longos anos.

Há os que veem margens floridas e os que somente enxergam paisagens desertas.

Há os que pisam em macia grama e os que ferem os pés em pedras pontudas e espinhos.

Há os que viajam em companhias amigas, assinaladas por risos e alegria.

E há os que caminham com gente indiferente, egoísta e má.

Há os que caminham sozinhos - inclusive crianças - e os que vão em grandes grupos.

Há os que viajam com pai e mãe.

E os que estão apenas com os irmãos.

Há quem tenha por companhia marido ou esposa.

Muitos levam filhos.

Outros carregam sobrinhos, primos, tios.

Alguns andam apenas com os amigos.

Há quem caminhe com os olhos cheios de lágrimas e há os que se vão sorridentes.

Mas, mesmo os que riem, mais adiante poderão chorar.

Nessa estrada, nunca se conheceu alguém que a percorresse inteira sem derramar uma lágrima.

Pela estrada dessa nossa vida, muitos caminham com seus próprios pés.

Outros são carregados por empregados ou parentes.

Alguns vão em carros de luxo, outros em veículos bem simples.

E há os que viajam de bicicleta ou a pé.

Há gente branca, negra, amarela.

Mas se olharmos a estrada bem do alto, veremos que não dá para distinguir ninguém: todos são iguais.

Há gente magra e gente gorda.

Os magros podem ser assim por elegância e dieta ou porque não têm o que comer.

Alguns trazem bolsas cheias de comida.

Outros levam pedacinhos de pão amanhecido.

Muitos gostam de repartir o que têm. Outros dão apenas o que lhes sobra.

Mas muita gente da estrada nem olha para os viajantes famintos.

Há pessoas que percorrem a estrada sempre vestidas de seda e cobertas de joias.

Outros vestem farrapos e seguem descalços.

Há crianças, velhos, jovens e casais, mas quase todos olham para lugares diferentes.

Uns olham para o próprio umbigo, outros contemplam as estrelas, alguns gostam de espiar os vizinhos para fofocar depois.

Uma boa parte conta o dinheiro que leva e há os que sonham que um dia todos da estrada serão como irmãos.

Entre os sonhadores há os que se dedicam a dar água e pão, abrigo e remédio aos viajantes que precisam.

Há pessoas cultas na estrada e há gente muito tola.

Alguns sabem dizer coisas difíceis e outros nem sabem falar direito.

Em geral, os sabichões não gostam muito da companhia dos analfabetos.

O que é certo mesmo é que quase ninguém na estrada está satisfeito.

A maioria dos viajantes acha que o vizinho é mais bonito ou viaja de forma bem mais confortável.

É que na longa estrada da vida, esquecemos que a estrada terá fim.

E, quando ela acabar, o que teremos?

Carregaremos, sim, a experiência aprendida durante o tempo de estrada e estaremos muito mais sábios, porque todas as outras pessoas que vimos no caminho nos ensinaram algo.

A estrada de nossa existência pode ser bela, simples, rica, tortuosa.

Seja como for, ela é o melhor caminho para o nosso aprendizado.

Deus nos ofereceu essa estrada porque nela se encontram as pessoas e situações mais adequadas para nós.

Assim, siga pela estrada ensolarada.

Procure ver mais flores.

Valorize os companheiros de jornada, reparta as provisões com quem tem fome.

E, sobretudo, não deixe de caminhar feliz, com o coração em festa, agradecido a Deus por ter lhe dado a chance de percorrer esse caminho de sabedoria.


Redação do Momento Espírita

Peripatético


Você sabe o que quer dizer peripatético?
E quando você não sabe o que significa uma palavra o que faz: pergunta para quem sabe, consulta o dicionário, finge que sabe?

A maioria de nós, quase sempre, opta pela terceira forma: finge que sabe, fala como quem sabe, mas não pergunta, nem se informa.

Afinal, ninguém deseja que o outro descubra que ele não sabe.

Numa reunião de treinadores voluntários em uma empresa, discutia-se a melhor fórmula de ministrar um curso para 200 funcionários.

Depois de uma explosão de idéias, alguém propôs que se utilizasse um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento.

Nesse instante, o professor do grupo que, até então, se mantivera calado, fez a observação:

Jesus era peripatético.

Um silêncio constrangedor, uma troca de olhares entre os participantes se fez de imediato.

Antes que alguém pudesse dizer algo, o professor foi chamado para atender um pedido do Departamento de Recursos Humanos.

Mal ele saiu da sala, as manifestações se fizeram:

Que comentário de mau gosto! - disse um.

De absoluta falta de respeito! - falou outro.

Alguém argumentou que talvez o professor tivesse suas razões.
Talvez ele fosse ateu e não quisesse misturar religião com treinamento.

Mas devia respeitar a religiosidade dos outros! - vociferou alguém.

Durante dez minutos, cheios de fúria, os componentes do grupo malharam o professor.

Quando ele retornou, olhares hostis o receberam.
Contudo, ele estava tão bem que foi logo dizendo:

Então, acredito que tenhamos resolvido como fazer o treinamento.

Separamos os funcionários em grupos de 20 e cada um de vocês vai fazer a apresentação mais de uma vez.

Alguém ousou falar:

Professor, veja bem, esse negócio de peripatético...

É isso mesmo, completou ele.
Foi daí que me veio a idéia.
Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos.

Jesus foi o Mestre dos mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz.
Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico...

Mas que cara é essa?
Peripatético quer dizer "o que ensina caminhando."

Todos se entreolharam, corados de vergonha.
Nenhum deles sabia o significado da palavra.

Encolhidos, se deram conta que seu orgulho era maior do que a vontade de aprender. Aprender para ensinar.

Teria sido suficiente um deles ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra.
Os demais concordariam e tudo se resolveria com uma simples consulta ao dicionário.

Pense nisso.

O fato de todos estarem de acordo a respeito de alguma coisa não transforma o falso em verdadeiro.

Informe-se.

Nunca se esquive do aprendizado, não tenha vergonha de perguntar, indagar, questionar.

E pesquise, leia, nunca se permita estacionar na escalada do conhecimento.

E, finalmente, lembre: a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime.

Pense de que lado você prefere ficar.



Redação do Momento Espírita com base em artigo assinado por Max Gehringer

Carinho de Mãe


Pergunta:
Que deve fazer a mãe terrestre para cumprir evangelicamente os seus deveres, conduzindo os filhos para o bem e para a verdade?

Resposta de Emmanuel
No ambiente doméstico, o coração maternal deve ser o expoente divino de toda a compreensão espiritual e de todos os sacrifícios pela paz da família.

Dentro dessa esfera de trabalho, na mais santificada tarefa de renúncia pessoal, a mulher cristã acende a verdadeira luz para o caminho dos filhos através da vida.

A missão materna resume-se em dar sempre o amor de Deus, o Pai de Infinita Bondade, que pôs no coração das mães a sagrada essência da vida.

Nos labores do mundo, existem aquelas que se deixam levar pelo egoísmo do ambiente particularista; contudo, é preciso acordar a tempo, de modo a não viciar a fonte da ternura.

A mãe terrestre deve compreender antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus.

Desde a infância, deve prepara-los para o trabalho e para a luta que os esperam.

Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes e concentrando-lhe as posições mentais, pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida.

Deve sentir os filhos de outras mães como se fossem os seus próprios, sem guardar, de modo algum, a falsa compreensão de que os seus são melhores e mais altamente aquinhoados que os das outras.

Ensinará a tolerância mais pura, mas não desdenhará a energia quando seja necessária no processo da educação, reconhecida a heterogeneidade das tendências e a diversidade dos temperamentos.

Sacrificar-se de todos os modos ao seu alcance, sem quebrar o padrão de grandeza espiritual de sua tarefa, pela paz dos filhos, ensinando-lhes que toda dor é respeitável, que todo trabalho edificante é divino, e que todo desperdício é falta grave.

Ensinar-lhes-á o respeito pelo infortúnio alheio, para que sejam igualmente amparados no mundo, na hora de amargura que os espera, comum a todos os espíritos encarnados.

Nos problemas da dor e do trabalho, da provação e da experiência, não deve dar razão a qualquer queixa dos filhos, sem exame desapaixonado e meticuloso das questões, levantando-lhes os sentimentos para Deus, sem permitir que estacionem na futilidade ou nos prejuízos morais das situações transitórias do mundo.

Será ele no lar o bom conselho sem parcialidade, o estímulo do trabalho e a fonte de harmonia para todos.

Buscará na piedosa Mãe de Jesus o símbolo das virtudes cristãs, transmitindo aos que a cercam os dons sublimes da humildade e da perseverança, sem qualquer preocupação pelas gloriosas efêmeras da vida material.

Cumprindo esse programa de esforço evangélico, na hipótese de fracassarem todas as suas dedicações e renúncias, compete às mães incompreendidas entregar o fruto de seu labores a Deus, prescindindo de qualquer julgamento do mundo, pois que o Pai de Misericórdia saberá apreciar os seus sacrifícios e abençoarão as suas penas, no instituto sagrado da vida familiar.

Ama sempre...


Contemplando o Anjo da Morte, a alma arrimada ao leito despedia-se enfim...

Quisera comentar as sensações derradeiras para os entes amados, no entanto, se contraíra a boca em amargo silêncio.

Tentava estender as mãos ansiosas e amigas aos que ficavam, contudo, enrijeciam-se-lhe os braços como se imobilizados em couraça de gelo.

Queria continuar a ver-se nas molhadas pupilas que se rodeavam, tristes, mas o pranto a cair-lhe dos olhos encovados suprimia-lhe, aos poucos, a bênção de visão.

Era a grande viagem dentro do nevoeiro...

Sob o enorme conflito a vergar-lhe a esperança, recorreu à oração e o pensamento reto recusou-se a atender.

Ainda assim, apelou para a memória, demandando recursos improvisados que lhe pudessem doar segurança e consolo.

Recordava, com intensa aflição, todos os lances da própria vida.

Sofrera, sim, mas fizera com que outros sofressem...

Lutara imensamente, reparando, porém, corações desditosos em combate maior...

E enquanto meditava, no turbilhão de angústias, mergulhou-se-lhe a mente em dolorosa noite.

Todavia, das trevas, eis que pontos de luz descerram-se, cantantes, pequeninas estrelas a lucilarem, lindas, dentro da névoa espessa.

Chegam em revoada, quais sorrisos de amor desvelando na Altura, a estrada para os céus.

Atordoada e enlevada, a alma enxerga, de novo, o Anjo que a consola, explicando, amoroso:

- Eleva-te mais alto!
Estes pingos de sol revelam-te o caminho!
São eles, todos eles não são as gotas de fel que choraste entre homens, mas, sim, as que secaste, espalhando a alegria...

Foi assim que sem mágoa, a alma feliz, então, avançou para os cimos, ante as cintilações da caridade pura, que transformara em pérolas de esplendente beleza as lágrimas de dor que ela própria enxugara entre as sombras do mundo...

Meimei


Psicografia em Reunião Pública.
Centro Espírita Luiz Gonzaga, Pedro Leopoldo, Minas.
(Do livro “Taça de Luz”, Espíritos Diversos, Francisco C. Xavier, FEESP)