terça-feira, 1 de novembro de 2011

1 de Novembro Todos os Santos / 2 de Novembro Fiéis Defuntos




A festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não.

A Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum a 1 de novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de novembro.

A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa.

Na Igreja Luterana o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou.

Depois de ter celebrado, no dia 1° deste mês, seus filhos admitidos à Glória eterna, a Igreja, mãe compassiva e misericordiosa, recorda hoje aqueles que já salvaram suas almas mas ainda não puderam entrar no Paraíso, por estarem se purificando no Purgatório.

Ela incentiva os fiéis a rezarem por essas almas padecentes e abre com liberalidade, em benefício delas, os tesouros de suas indulgências.

Desde os tempos mais remotos, a Igreja oferece o Sacrifício eucarístico e a sua intercessão pelos fiéis defuntos, não só nas missas de exéquias ou de aniversário de morte, mas também na comemoração que todos os anos, em 2 de novembro, se celebra para que os que "dormiram no Senhor" possam chegar à comunidade dos cidadãos do céu.

É uma festa que nos convida a viver mais intensamente a comunhão do corpo místico, ou seja, a comunhão de todos os membros do corpo de Cristo: aqueles que já estão na glória, nós que estamos na terra e os que se purificam para entrar definitivamente no gozo do céu.

A festa dos defuntos é para o povo uma fonte de esperança e deve fomentar um ardente amor pela vida eterna.

Neste dia ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras Comunidades Cristãs: “Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança” ( 1 Tes 4, 13).

Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que se estiverem no Purgatório contam com nossas orações.

O convite de oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da ‘comunhão dos santos’ seus filhos, onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramentos do Batismo, são oferecidas preces, sacrifícios e Missas pelas almas do Purgatório.

No Oriente, a Igreja bizantina fixou um sábado especial para orações, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.

A Palavra o Senhor confirma esta Tradição pois “santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado” (2 Mc 2, 45).

Assim é salutar lembrarmos neste dia, que “a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” (Catecismo da Igreja Católica).

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, “o Céu não tem portas” (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial ‘ante-sala’.

“Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno.
Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!”

A história de cada santo é extraída do livro: Cada dia tem seu Santo
Com autorização do autor: A. de França Andrade

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