quarta-feira, 14 de março de 2012

TERESA DE LISIEUX




TERESA DE LISIEUX
- 10 de março de 2012 - Autres Dimensions



Áudio em Francês
http://www.dailymotion.com/video/xpfcva_therese-de-lisieux-10-03-2012_webcam


Irmãos e Irmãs na humanidade, eu rendo Graças pela sua Presença neste espaço.

Eu sou TERESA, uma das Estrelas, digamos, em ressonância com PROFUNDEZ.

Eu estou na junção do elemento Terra e do elemento Água, a Água que fecunda a Terra, a Água que entra nas profundezas da Terra a fim de vivificá-la.

Eu sou também, por tê-lo expressado em várias ocasiões, o Caminho da Infância, da Pequenez, aquela que pretende ser insignificante e ignorada, aqui, não em qualquer paradoxo de querer desaparecer, mas porque, muito jovem, em minha última encarnação, após uma experiência particular vivenciada durante a minha infância, eu me apreendi de que havia dois mundos.

Esse mundo onde havia seres, como eu, seres para amar mais ou menos, seres com os quais havia ligações da carne, de sangue e depois havia a religião, algo que era misterioso, mas que não era visível.

Para uma criança, é muito desagradável não ter a ver com coisa alguma que se fala o tempo todo, na sua família.

A partir do momento em que eu vivenciei meu primeiro encontro com este outro mundo, pareceu-me evidente que esses dois mundos eram separados, independentemente do que diziam aqueles oficiantes da igreja, independentemente do que diziam meus pais, meus irmãos, minhas irmãs, essencialmente, já que meu irmão morreu muito jovem.

Eu jamais pude imaginar outra coisa, e pensar outra coisa, para ter acesso a este outro mundo, havia como um princípio de vasos comunicantes e eu não podia ser qualquer coisa, aqui, se eu quisesse, na minha cabeça de criança, obter alguns favores desse Céu, a fim, se fosse possível, de Viver bem depressa esse Céu.

Como eu disse mais tarde, antes de partir deste lado de onde eu me exprimo, eu dizia que eu passaria meu Céu fazendo o bem sobre a Terra, através de uma série de sinais.

Muitos seres humanos puderam concretizar esses sinais.

Desde o início desse dia, minhas Irmãs lhes falam deste Casamento Místico, desta Aliança Sagrada, deste Sacramento Supremo à Unidade, à Verdade, ao CRISTO, ao Absoluto.

Minhas Irmãs lhes falaram, ao mesmo tempo das condições e das manifestações desta Onda da Vida, em vocês.

Minha Irmã GEMMA ainda lhes deu, desde pouco tempo, as observações a manter, de algum modo, para viver o Absoluto, esse Casamento, desposar o CRISTO, desposar o Absoluto.

A Onda da Vida, como foi enunciada por GEMMA, pouco antes de mim, é um movimento ascendente que vem, de alguma forma, completar um movimento descendente.

A descida do Espírito Santo, a descida da Luz fecundou a Terra, fecundou a sua carne, em seus recantos, eu diria, os mais íntimos, aí onde se encontram, não somente os últimos apegos à personalidade, mas, sim, todas as coisas que estão, ao nível da humanidade, inscritas em uma noção de pecado (qualquer que seja a religião, qualquer que seja a sua cultura), aí onde se encontram inscritas as dúvidas, aí onde se encontra inscrita, não os apegos, mas a apreensão Final, aquela da morte, é claro: a grande interrogação e o grande enigma.

Ir nessas profundezas é bem mais do que aceitar ver, como dizia o Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), suas próprias Sombras, não mais colocá-las sob o tapete, vê-las.

Ir nessas profundezas está além disso, é apreender-se de que, no Absoluto, tudo o que, ao nível do limitado da pessoa e da experiência da carne, aqui sobre este mundo, pode parecer como ferida, como falta, como tragédia ou como felicidade, tudo isso participa da mesma ilusão, da mesma coisa que vocês nomeiam e que eu nomeio com vocês, agora, efêmero.

Tudo isso não tem qualquer ordem no tempo nem na Eternidade.

A única experiência que vocês qualificariam de mística teve a oportunidade de ocorrer, em mim, na idade da infância e, então, deixar esta marca indelével, esta necessidade de voltar a ser de novo o menor dos seres humanos aqui, ainda uma vez, para cativar os favores de CRISTO.

Naturalmente, isso me consumiu: eu fui consumida de Amor, durante a minha frágil vida, até morrer, como vocês os sabem, talvez, até escapar-me deste mundo, extremamente jovem.

Hoje, sobre este mundo, nesse tempo em que vocês estão, vocês não têm mais que se consumir de Amor, mas Ser o Amor.

É sobre esta última etapa que lhes falaram os Arcanjos, os Anciãos, e algumas das minhas Irmãs.

Esta última etapa, se o podemos chamá-la assim, não é um término, ela é, realmente, um Coroamento que vem pôr fim a todas as ilusões, mesmo àquelas que estavam escondidas, enquanto tabu, em todas as suas profundezas, inscritas na carne humana, ou seja, no DNA, nisso que vocês chamam de cérebros os mais antigos.

É, então, algo de que não podemos escapar, apesar de nós mesmos: esta noção de pecado, esta noção de culpa, esta noção de fraqueza da carne, de corrupção.

Mesmo se, em última análise, tudo isso for apenas uma ilusão, participando tanto da ilusão como da manifestação da Alegria.

Chega um momento em que, quando vocês aceitam entrar em suas profundezas (não para ver as sombras, também tão ilusórias como o que vocês podem ver por outro lado): é o momento em que vocês deixam de resistir, é o momento em que vocês entregam as armas, é o momento em que vocês se tornam de novo como uma criança e que vocês dizem, de qualquer forma: “que a Tua Vontade seja feita e não a minha”.

É o momento em que vocês se rendem diante, ao mesmo tempo, da enormidade e do absurdo mesmo de tudo o que faz este mundo.

Eu repito a vocês, que esta vida seja a mais feliz, a mais simples ou a mais dolorosa, isso estritamente nada muda para a problemática da Profundez.

O Casamento Místico, hoje, vem fecundar vocês.

Quem se casa é, em última análise, nada mais senão vocês mesmos: vocês mesmos no efêmero, dando lugar a vocês mesmos na Eternidade.

Esse momento notável que é oferecido a vocês, porque isso é uma das Doações do Manto da Graça, representa a Doação do Amor de CRISTO, a Doação do Absoluto.

Essa Doação do Amor, cabe a vocês apreender-se, na totalidade, como um cordão que lhes é trazido, em seu peito, na mais profunda das desordens como de todas as alegrias.

Ir até o mais profundo, não para ali discernir o que é Sombra, o que é resistência, mas, sim, para largar a dúvida, a apreensão, o medo, o medo desta carne perecível e vencê-lo.

Não por qualquer vontade, mas, sim, como isso foi dito e repetido, pela ação, ao mesmo tempo, da Luz, da sua Inteligência e, sobretudo, doravante, pela ação do Manto Azul da Graça.

Porque, naquele momento, vocês irão viver, realmente, este Absoluto.

Vocês irão constatar que há, em vocês, um estado diferente de tudo o que pôde ser experimentado.

Vocês irão constatar que tudo o que havia de peso, de corpo, de densidade, não existe mais para vocês: vocês entram nas esferas da leveza e esta leveza não é simplesmente da Alegria, nem simplesmente um estado de beatitude.

É muito mais do que isso, e isso é oferecido a vocês.

Não há qualquer barreira, não há qualquer obstáculo, não há nada entre vocês e Isso: apenas a dúvida.

Isso está muito além dos últimos apegos, já que é o Último apego, não unicamente o medo do Desconhecido ou da morte, mas o medo da Transcendência desta carne perecível.

A Ascensão desenrola-se, para vocês que estão presentes sobre este mundo, neste mundo, em sua carne.

E é esta carne, nomeada ilusória, que deve Transfigurar-se, que deve Ascensionar, com ou sem esta carne mais condensada.

Entretanto, o Casamento Místico os faz descobrir uma passagem obrigatória que é aquela das suas próprias profundezas, que não é senão a última morte.

O que eu chamei de Porta Estreita, de Caminho da Infância, não é nada mais, de qualquer modo, que este Abandono total de tudo o que foi encontrado, de tudo o que foi vivenciado, de tudo o que foi experimentado.

Vocês nada têm a reter.

Apreender-se do cordão e apreender-se do Absoluto, é, indiscutivelmente, deixar todo o resto.

E quem mais, melhor do que a criança, pode realizar isso: tornar-se como uma criança, abandonar toda veleidade porque não há nada a conquistar.

Abandonar toda experiência porque não há nada a experimentar.

Abandonar todo estado porque todos esses estados são apenas transições para este Último.

Então, a Onda da Vida, tendo rompido, de alguma forma, as últimas dúvidas, os últimos apegos além dos apegos, vai deixar-se emergir, em vocês, desde as zonas as mais profundas, desde o pé, desde esta zona qualificada de baixa.

Tudo o que se tratou de primeiro chakra (na carne), de segundo chakra (tudo o que se tratou de poder), explode na cara.

Então, é claro, quando somos uma criança como eu, somos incapazes de colocar palavras como Deleite, e ainda como Êxtase.

E, no entanto, vocês que têm a experiência, por sua vida (desta vida que vocês levaram ou que vocês levam), é exatamente isso.

Mas este indizível é muito mais do que é vivenciado em meio à limitação.

Atingir as profundezas não é descer.

Atingir as profundezas é apoiar-se em tudo para ser Tudo, é não ser mais nada, propiciando o ímpeto da seiva da Vida, propiciando o ímpeto da Onda da Vida, desta Onda entusiástica que sobe e que os percorre, permutando, de algum modo, este Canal do Éter, este Caminho Sagrado situado ao longo da coluna vertebral e que não está mais, nem atrás, nem à frente.

Não há mais antes.

Não há mais depois.

Não há mais atrás.

Não há mais o que quer que seja senão esta Onda.

A Profundez é, certamente, o último obstáculo, porque, é claro, a Luz sempre é concebida (e, sobretudo, quando se é criança) como um ideal, como uma perfeição, como algo inacessível neste mundo e que, talvez, seria acessível segundo as ações realizadas.

É assim que eu o tinha compreendido como criança: todas essas noções de dúvida, de proibição, de pecado, todas essas noções limitantes, frustrantes, não existiriam mais uma vez liberada da carne, nos braços de CRISTO.

Então, é claro, apesar de serem representações, para mim, isso me permitiu realizar meu Pequeno Caminho, isso me permitiu viver com toda serenidade o fato de deixar este mundo.

Embora ainda ligada, no sentido mais profundo, ao que restava da minha família, às minhas irmãs, ao CRISTO, eu dei esse passo, aquele de superar este medo, porque a partir do momento em que vocês superam o medo, a partir do momento em que vocês superam esse choque quando lhes disserem, quando vocês sentirem que vão desaparecer, vocês irão se aperceber, naquele momento, de que quanto mais vocês desaparecem, menos vocês desaparecem, de que quanto mais tudo se extingue, mais tudo se inflama, e é somente naquele momento que a Onda da Vida pode, efetivamente, apreendê-los e arrebatá-los.

A morte, naquele momento, não é absolutamente, nem para temer, nem para projetar.

O desaparecimento do efêmero, enquanto conservando, no momento, esta forma que vocês têm, deve ser, ao contrário, muito mais fácil, mas é o mesmo sentimento, aquele desta dúvida, aquele deste último apego à carne, ao que é perecível, é isso que a Onda da Vida vem realizar.

Então, isso lhes pede não uma armadura de guerreiro, isso lhes pede não para combater e não para debater, isso lhes pede, simplesmente, para escapar, qualquer que seja a maneira.

Isso lhes pede, simplesmente, para aquiescer à Luz, aquiescer ao Absoluto, aquiescer ao CRISTO, independentemente do que se manifesta em sua consciência, independentemente do que se manifesta nesse corpo, independentemente do que se manifesta na personalidade ou mesmo naquele que contempla a Luz.

O que arriscar?

O que temer?

O Absoluto é tudo.

Ele é Amor.

Ele é Luz.

Este mundo não o é.

Tudo, na encarnação, que seja o pior dos assassinos, que seja o Caminho da Infância, que seja o seu caminho que é pessoal, tudo, sem qualquer exceção, eu digo bem sem qualquer exceção, tem a mesma capacidade para ultrapassar.

Vocês não podem julgar um caminho porque esse caminho é pessoal.

Cada caminho pessoal é diferente e todos os caminhos, em última análise, apenas podem levar ao Absoluto e à Eternidade.

Compreender isso é aceitar ainda suas próprias dúvidas, não para dar-lhes mais peso, mais realidade, não para ali se apegar, mas, bem mais, para vê-las para o que elas são: coisas que passam.

Como lhes disseram minhas Irmãs, um pensamento pode passar.

Então, quando vocês oram, quando vocês meditam, vocês podem ter pensamentos salutares, mais pensamentos ou muitos pensamentos, mas não importa.

Porque, se vocês aproveitam, aí também, o tempo de se colocar, mesmo na contemplação da Luz (nisso que nossos Irmãos e Irmãs chamam de Si, como os Arcanjos), então, no Si Luz, como no Eu Sombra, há Transcendência.

Há uma Transcendência a partir do momento em que todo sentido de todo Eu, todo prazer ou todo desprazer os faz refletir, mas entender, de algum modo, seu próprio absurdo porque todos nós sabemos, sobre este mundo, que nenhum prazer é eterno, nenhum desprazer é eterno, nenhuma vida é eterna: tudo passa por ciclos, tudo passa por experiências.

Então, qualquer experiência pode alterar, realmente, este outro mundo que é perfeito, que é o Amor, a Graça, que é repleto de Anjos, de Seres de Luz.

A partir deste instante, o Manto Azul da Graça vai agir em vocês.

Porque ele vai dar-lhes, não a espera nem a esperança, mas ele vai dar-lhes a viver, realmente, a ver (interiormente e em profundez) o absurdo total de tudo o que não é Amor.

O Amor não é a dúvida.

O Amor não é, nem o sofrimento, nem o prazer.

O Amor não é a Alegria.

Ele é muito mais que isso.

O Amor é a própria natureza do que todos nós somos, sem qualquer exceção, quando todos os Eu do parecer, quando todos os Eu que nós mantemos (ou rejeitamos) se apagam, porque eles aparecem como o que eles são, absurdos.

Mas isso não os designa para rejeitar, para desviar-se do nosso caminho de Luz, mas, bem mais, para compreender que, finalmente e em última análise, não há nem caminho, nem Sombra, nem alegria, nem dor porque tudo isso procede do efêmero.

Esta sede de Eternidade, esta sede de Unidade, ainda uma vez, ela está, ela também, inscrita em toda consciência, sem qualquer exceção, desde a partícula a mais elementar até o conjunto dos Universos, dos Multiversos, das Dimensões.

Esse princípio é o mesmo, imutável, inalterável, desde toda Eternidade, em todo Criado e no Incriado.

É isso que nós somos.

Então, é claro, ir para as profundezas, não é ir para o escuro, não é ir para o inferno outro que aquele no qual todos nós fomos confinados, é ir ao encontro do Absoluto: Transcender o Si, Transcender o Eu Sombra ou o Si Luz, ir para este indizível, viver este indizível porque, assim que há o encontro, não pode mais ali haver perda, não pode mais ali haver separação.

Tudo o que é verificado e percebido naquele momento, coloca-os, definitivamente, com o CRISTO, ou seja, “sobre este mundo, mas não deste mundo”.

As ilusões desaparecem, resta apenas a certeza deste Absoluto, a certeza deste Inefável Êxtase.

Este é o Casamento Místico.

Ter consciência, mesmo se isso não foi ainda vivenciado pela Onda da Vida, traz a certeza de que, no momento oportuno, no momento Último deste mundo, vocês irão vivê-lo.

Então, definitivamente, nada há a temer.

Só o que a sua consciência pode projetar (que isso seja na pessoa como naquele que contempla a Luz) tem o mesmo jogo e o mesmo papel: distanciá-los, por aqui e por ali, da sua natureza e da sua Essência.

Mas quando vocês descobrem a Verdade, aquela que o Arcanjo ANAEL nomeou Verdade Absoluta, vocês não podem ser senão o Absoluto.

Vocês nada podem ser do que passa, nada do que nasce, nada do que perece, vocês nada podem ser do que vocês creem, do que vocês definem.

Vocês não são qualquer de suas projeções.

Vocês não são qualquer tempo, nem o passado, nem o futuro.

Vocês não são qualquer espaço e, sobretudo, qualquer forma.

Viver o Absoluto dar-lhes a viver a ausência de limites, mesmo se a consciência estiver inscrita em uma forma, qualquer que seja.

Vocês vivem a consciência que é um tempo e que esse tempo não é a Eternidade, ainda menos o Absoluto.

Então, naquele momento, como já lhes disseram minhas Irmãs, vocês encontram a Paz, porque vocês são a Paz.

Vocês encontram a Felicidade, porque vocês são a Felicidade.

Vocês são às vezes o que está em cima, o que está embaixo: não há diferença.

O Casamento Místico é consumado.

Ele consumiu, de algum modo, pela Água da Vida, pelo Fogo do seu Coração.

Vocês não são, naquele momento, nem o Fogo, nem a Água, nem o Ar, nem a Terra.

Vocês se tornaram o Éter, o que subtende os mundos, as Dimensões, as manifestações, o que está presente por toda parte, absolutamente por toda parte.

O tempo da Graça, o Manto Azul da Graça que se derrama em vocês, que é vocês, é, de qualquer forma, este impulso Último, este Apelo insistente da Luz para viver, enfim, a sua Natureza e a sua Essência, para não mais interessar-se, simplesmente, pelo que é superficial, pelas atividades desse corpo ou dos seus pensamentos, mesmo se, é claro, isso não os dispense, em certos casos, de realizar suas atividades rotineiras.

Independentemente do que a Luz faça, de qualquer modo, sendo Absoluta, nada pode alterar o Absoluto.

Que vocês possam fazer ou que vocês não possam mais fazer, a Luz supre a todos.

Se vocês soubessem o quanto esta frase, durante a minha infância, surpreendeu-me e quantas vezes ela me foi repetida (nos evangelhos, quando CRISTO dizia): “será que o pássaro se preocupa com o que ele vai comer amanhã?”.

E eu me dizia, ainda criança: “mas o pássaro não é um ser humano, o pássaro não construiu tudo o que nós construímos, nós, humanos. E então o pássaro estaria, em sua despreocupação, finalmente, mais perto da Verdade? Ele seria a Verdade?”.

Há muito tempo, desde o meu acesso ao que eu sou, eu compreendi que esta frase era a estrita Verdade.

Naturalmente, alguns podem viver esta frase pela vontade do ego, mas não é disso que eu falo.

Disso, então, que eu falo, é o Caminho da Infância, ou seja, de que naquele momento, na infância, há despreocupação, espontaneidade.

Há o que não foi ainda alcançado pelas obscuridades (assim nomeadas) deste mundo, pela carne, pelas afecções, pelas feridas.

A Onda da Vida faz de vocês, ou irá fazer de vocês, seres de Verdade e de Absoluto, regenerados por sua própria natureza.

Lembrem-se das minhas palavras.

Qualquer que seja a Onda da Vida que os percorra, ou não, vocês irão vivê-la.

Só a dúvida pode frear, mas não pode extinguir porque nada pode extinguir o Absoluto.

Nada pode substituir-se a Ele.

Então, minha maneira de trazer a Onda da Vida, a vocês, não emprega palavras como pode empregá-las minha Irmã GEMMA, mas não importa.

Se vocês penetram além das palavras, além de uma compreensão, vocês vivem a Essência do que eu lhes digo, ou vocês irão vivê-lo.

Não há tempo.

O que ocorre, neste momento, sobre a Terra, é a Ascensão da Terra.

Mas, no entanto, vocês não conhecem a verdade ou a realidade do agenciamento desse tempo ilusório onde vocês estão.

Nós sempre lhes dissemos, e principalmente os Anciãos, que vocês haviam trabalhado para aliviar o fardo da dúvida, do sofrimento, da experiência.

Hoje, vocês estão no estágio onde vocês irão descobrir ou irão viver a própria ilusão da experiência, porque muitas coisas foram realizadas, e nós lhes rendemos Graças pelo que foi realizado.

Mas, hoje, a Ascensão da Terra é real e efetiva.

Então, o ego, a pessoa, irá sempre se colocar a questão para saber se haverá os ‘3 dias’, se haverá o Apelo de MARIA.

Mas que Apelo mais belo pode existir do que aquele da Doação da Graça a vocês mesmos, muito além de MARIA, muito além de CRISTO, muito além da nossa apresentação?

Se o Manto Azul da Graça (que confirma o Despertar da Terra, sua Eternidade) pode evitar todo o resto, então, que assim seja.

Porque querer imaginar, projetar, pensar que tudo isso será difícil, que a Porta Estreita é uma Porta difícil de atravessar.

Ela é difícil de atravessar para o ego, para a pessoa, com tudo o que a congestiona, todas as ilusões, todas as Crenças, todas as certezas também.

Mas a Onda da Vida alivia o seu fardo.

Ela vem liberá-los de tudo isso.

Vocês não tenham dúvida.

Vocês não estão limitados ao que quer que seja.

Sejam Simples.

Sejam esta Infância.

E o Reino dos Céus será o seu porque não há outro Reino, não há outra Verdade.

A Onda da Vida que eu transmito, através dessas algumas palavras, é também testemunho.

Mas eu dou testemunho do que e de quem?

Simplesmente de vocês, de cada um de nós, do que nós somos, no Absoluto.

Eis o que a Estrela PROFUNDEZ tinha para dar-lhes: uma outra faceta de vocês mesmos, deste prisma perfeito, deste Absoluto total.

Em geral, eu prefiro fazer os meus milagres (como eu os nomeio, de preferência, eu diria) a título individual.

Quando uma alma, um corpo, quando um espírito ou quando uma pessoa, sem qualquer crença, pede para mim, então eu respondo sempre pela rosa.

Isso todos vocês o sabem, para aqueles que estão interessados na minha curta vida.

Não há condição de crença, não há qualquer condição.

Eu intervenho a partir do momento em que a Comunhão pode se estabelecer.

Não há qualquer condição limitante no pedido.

Há apenas aquele que é, de algum modo, o tempo do seu pedido, para tornar-se de novo como uma Criança que se dirige a uma outra Criança, além de todo pré-julgamento, além, mesmo, do próprio pedido, da sua satisfação.

Hoje, as Núpcias Místicas, essas Núpcias de Luz que vocês vivem, levam-nos a viver estados incomuns em sua fase de instalação.

Vocês guardam a lembrança das suas deslocalizações, dos seus sonhos (que não são sonhos), mas, também, do que pode, às vezes, ser projeções em um ideal, no que poderia ser a Onda da Vida, como ela vai mudar, de maneira definitiva, alguma coisa.

Todas essas abordagens são por vezes incentivo e dúvidas.

Vão cada vez mais para a Simplicidade.

Vocês nada têm a reivindicar, porque vocês o São, desde toda Eternidade.

Vocês nada têm a pedir, na realidade, porque vocês são o Tudo.

Assim que vocês se aproximam deste estado de Graça, imediatamente, vocês estão em Comunhão.

Então, que isso seja com uma personificação de TERESA, que isso seja com uma Estrela, que isso seja com um Ser de Luz, ilustre desconhecido deste mundo, o princípio é o mesmo.

Há apenas a parcela limitada que busca identificar, nomear, dar um nome a uma forma que, de fato, não tem forma.

Essa é a lógica humana: não há que rejeitá-la, há simplesmente que estar lúcido e, realmente, apreender-se de que vocês nada são de tudo isso.

Pergunta: de onde vem a impressão, durante um sonho, de viver realmente uma outra vida?

Minha Irmã, eu penso que muitos Anciãos, particularmente os orientais, explicariam muito melhor do que eu, isso.

Até agora, e do que eu compreendi também (e da minha vivência no Absoluto), aqui, sobre este mundo, vocês têm a consciência ordinária, aquela que realiza suas ocupações as mais simples como as mais complexas.

Vocês têm uma consciência chamada do sono que é, na realidade, uma ausência de consciência.

Vocês não estão mais neste mundo.

Vocês não são mais esta pessoa.

Onde vocês estão?

E depois, neste sono, nesta a-consciência, há momentos de sonho.

Quando vocês saem do sonho, pela manhã, até agora vocês sabiam que vocês tinham sonhado.

A particularidade desses tempos é que, qualquer que seja esse sonho, vocês não sabem mais quando vocês sonham.

Será que vocês sonham quando vocês estão acordados ou será que vocês sonham quando vocês sonham?

Eu lhes responderia, nos dois casos: “vocês não estão, nem em um, nem no outro”.

Então, é claro, isso pode ser desconcertante para o ego, para a pessoa, e mesmo para o Si, porque há um basculamento, de algum modo.

O que é real?

O que é irreal?

Até agora, o sonho parecia como irreal e, para alguns de vocês, a maneira de fazê-los largar suas últimas dúvidas é tornar, de alguma forma, os seus sonhos mais vivos do que a sua vida, para aperceberem-se de que um como outro, de fato, são apenas ilusão, são apenas projeção.

Assim age a Onda da Graça.

Ela prepara vocês.

Obviamente, há, também, mecanismos de deslocalização.

Então, é claro, quando vocês retornam, o cérebro vai dar-lhes as imagens.

Por exemplo, vocês estão em um barco: ele vai fazê-los ver um barco, um avião, um automóvel.

Vocês reencontram seres que vocês conhecem, na vida deste mundo, e vocês os reconhecem, mas não são os mesmos.

É lógico que não são os mesmos.

E isso não são sonhos, tampouco, até o momento em que vocês mantiverem a continuidade da consciência.

Não haverá mais alternância de acordar, no sentido da consciência de vigília, e de sono.

Não haverá mais diferença entre o sonho e a realidade ordinária, porque ambos são a mesma ilusão.

Vocês estarão lúcidos.

É isso que está por vir.

Alguns Irmãos e Irmãs chamados, eu creio, de primitivos, dizem que este mundo chega ao fim, que os tempos do sonho terminam e que, de fato, o sonho foi acreditar nesta vida.

Se tanto é que isso não seja um pesadelo.

Mas mesmo o mais belo dos sonhos não é a Verdade.

Pergunta: há um trabalho a fazer para acompanhar a Ascensão da Terra?

Sobretudo nada acompanhar.

Sobretudo nada fazer.

Sobretudo nada querer.

Porque nada do que pode ser empreendido (pela personalidade, ou pelo Si) pode levar ao Absoluto.

Contentem-se em Ser, em viver o que a Vida lhes dá a viver, no efêmero, estando conscientes de que vocês não são isso.

Estando lúcido sobre tudo o que nós lhes dissemos, desde algumas semanas.

Todo o resto irá se estabelecer por si mesmo.

Nós não temos mais perguntas. Nós lhe agradecemos.

Queridos Irmãos e Irmãs na humanidade, eu nada mais tenho a acrescentar sobre a Onda da Vida.

Eu nada mais tenho a acrescentar sobre a Profundez.

Eu lhes agradeço por terem permitido exprimir-me entre vocês, por ter vivenciado com vocês isso que alguns de vocês, aqui, já, vivem, em Verdade.

E eu lhes digo: não, vocês não estão sonhando.

Não, vocês não estão projetando nada.

Não, vocês não estão imaginando nada.

Essa é a estrita Verdade de quem vocês São: este Absoluto, este indescritível Amor.

Vocês são a Onda da Vida e eu os aperto, todos, em meu Coração que é o seu Coração.

Até breve.

Mensagem da Amada TERESA DE LISIEUX no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1376
10 de março de 2012 (Publicada em 12 de março de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com

Nenhum comentário :