quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sonhos, simbolismos, EMDR e vida prática





Existe um enfoque em relação aos sonhos sabiamente construído pela vertente da psicologia.
Todos nós também temos conhecimento da existência de uma diversidade de situações que ocorrem em nossos sonhos e que são inexplicáveis até mesmo ao mais comum dos mortais.


Muitos destes sonhos oferecem conteúdos premonitórios ou mesmo experiências tão vívidas que o sonhador ao acordar pode passar algum tempo na dúvida, se o ocorrido de verdade aconteceu, inclusive, ficando perplexo ao se perceber ainda deitado -e não na realidade pouquíssimos segundos antes vivenciada- e alguns parcos momentos passam até que a mente se insira novamente no contexto dos "acordados".

Além deste montante, temos pessoas que revelam ter plena convicção de que em algum momento de seu estado de sono se viram saindo do próprio corpo enquanto dormiam.


Ainda diante destas situações contam que viram os seus próprios corpos dormindo na cama, enquanto que suas consciências plainavam pelo local (muitos, inclusive, passam por isso nas experiências de quase-morte).
A partir daí contam que costumam "viajar" para diferentes tipos de aventuras da consciência em estado de total lucidez.
Será?

Sonhos, portanto, evidenciam ser um dos inúmeros aspectos criativos do psiquismo humano, habilmente articulado em suas jornadas de autoconhecimento e quem sabe, em nome de seus propósitos evolutivos.

Ocorre, porém, que as mensagens surgidas nos sonhos nem sempre estão claras e sequencialmente chegam repletas de simbolismos pessoais, particulares e também coletivos.
Funcionam como experiências de vida, porém, em espaços e situações diferentes do ambiente usual.

Por conta deste pressuposto, todos os tipos de análises sobre experiências oníricas são válidas e podem coexistir quando a meta é decifrar códigos implicados.


Nenhum tipo de leitura e interpretação de sonhos, portanto, exclui a validade de outra e podem servir para clarear possibilidades e caminhos nem sempre explícitos.
Muitas vezes, o sonhador não compreende o profundo significado de seus sonhos, mas com certeza os sente.


Atentar-se às sensações provenientes da experiência onírica é excelente caminho para começar a acessar eficientemente o real significado das informações advindas do "lado de lá".

O desenvolvimento da atenção focada na busca de lembranças e de entendimento maior sobre a realidade dos sonhos ajuda no despertar facilitando a saída do sonambulismo crônico que tantos transitam.
Todos os inúmeros cenários que as pessoas passam também podem ser observados como imagens simbólicas querendo dizer algo.

O externo é o eterno espelhamento das configurações internas de cada um, um prato cheio para quem quer se pensar e pesquisar a respeito.

Como nos sonhos, inevitavelmente, todos nós transitamos por cenários de vida muitas vezes repetitivos até que os mesmos alcancem a massa crítica de si mesmos e numa espécie de salto quântico ou mudam para outro tipo de estória totalmente diferente da anterior, podendo, inclusive, em certos casos, culminar com a morte propriamente dita ou passam pela possibilidade de renascer em vida em meio a novos cenários.

Inúmeras vezes, enquanto não se entende ou mesmo não se aprende a experiência emocional embutida nos cenários, num viés repetitivo, outras histórias ocorrem até que, por fim, a pessoa conquiste status de liberdade frente aos esquemas onde estava inserida.


De acordo com Freud, sonhos são a tentativa do cérebro de reprocessar experiências emocionais difíceis.

Vem por meio de simbolismos próprios e aparecem por questões de repressão emocional.
Então, o que foi desenvolvido aqui parte deste princípio, porém, amplia.

A natureza humana dentro desta vertente, prima por autossuperação e os sonhos são uma evidência deste rumo.
Hoje, a escolha pode ser efetivamente consciente e de modo deliberado, porém, requer busca incessante de autoconhecimento.

Para quem é interessado em entender e em transcender cenários, e ainda ter lucidez, uma excelente dica é passar pela abordagem do EMDR, que repete a fase REM do sono, onde ocorrem os sonhos, porém, de modo acordado e em meio a um protocolo com começo, meio e fim.

No EMDR, não existe a possibilidade de repetição de temas como nos sonhos e nos cenários da vida real porque o cérebro profundo fica lúcido e focado na conquista consciente de transformação.

Vale a pena conferir.
Sempre estamos recebendo informações, sinais.


Fica na responsabilidade de cada um buscar decifrar e se transformar por intermédio desses tipos de recados, ou simplesmente passar batido e ignorá-los.

Podemos escolher e decidir o que fazemos das nossas vidas.
Em todas as situações.
Sempre.
A atitude e a mudança de transformação, quem toma somos nós mesmos e fica infinitamente mais fácil quando entendemos e, principalmente, quando tomamos consciência de que somos os únicos responsáveis e protagonistas dos nossos destinos.


Silvia Malamud
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