quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

UMA ESPIRAL PARA A VITÓRIA CRÍSTICA





EU SOU O QUE EU SOU

Ave, Vitoriosos do Grande Sol Central!
Ave, legiões da Vitória! Ave, legiões do amor!
Venham até este campo de força da Terra!
Venham com a consciência flamejante da Vitória
E façam resplandecer essa luz da Vitória
Para acender o fogo do amor em cada coração!
Assim, o amor é a Vitória na Senda.
Assim, a menos que haja amor, não pode haver Vitória.
O amor é uma iluminação dos fogos do Espirito Santo
E EU SOU esse amor.

EU SOU as energias silenciosas da Mãe Divina
Despertadas no Espírito flamejante do Pai.
EU SOU sabedoria, como a luz do amanhecer,
Projetando a compreensão do amor,
Tal como o amor faz nascer sabedoria,
EU SOU e estou nessa ação dupla do raio radiante dourado-rosa

No qual a glória da Vitória é percebida,
A marca de Vitória é percebida.
EU SOU o cumprimento da ação pela qual o homem que esta dentro
pode sair e expressar-se e ser a Vitória em Deus,
O Domínio Divino da minha consciência exterior.
A meta é vista, então, como o cumprimento da Unidade.

EU SOU o cumprimento da Unidade.
EU SOU o cumprimento da vida.
EU SOU o cumprimento da energia.
EU SOU o cumprimento da consciência.
EU SOU o cumprimento da minha transformação
em tudo o que EU SOU.

EU SOU O QUE EU SOU

Ó luz da alma,
Vem na chama do amor!
Vem e sê a realidade de cada um!
EU SOU iluminação, ação iluminada do amor,
O caminho para a Realidade, a realização do

EU SOU QUEM EU SOU.

Esta é a consciência da Vitória.
EU SOU a contínua consciência do Ser vinte e quatro horas por dia.
EU SOU e mantenho a consciência da Vitória.
Porque eu conheço o Ser e realizo o potencial de luz do Ser ;
Porque estou consciente da natureza infalível
Da individualidade em Deus que é a Vitória.
Agora, que as trevas sejam varridas
Pela maré da Vitória que vem chegando!
Agora, que a espiral da Vitória em Cristo
Seja impartida por hostes angélicas
Ao planeta e aos que nele evoluem!
Venha agora a inundação da Vitória
Do Grande Sol Central!
Em nome de Jesus Cristo
E em nome do ser cósmico Vitória:

EU SOU aqui e EU SOU

o que veio desfazer os véus das trevas,
Da tentação, do desgosto e da maya,
Do desfazamento em relação à geometria interna do ser.
Agora, pelo magneto do Grande Sol Central da Vitória,
Que o campo de força dos meus chakras seja sintonizado
com o poder
Da visão imaculada da Virgem Cósmica.
Assim, que a energia se mova para o centro do olho onividente.

EU SOU o que contempla Deus.
EU SOU o que contempla o Deus da Individualidade.

Eu sei que EU SOU Deus em manifestação

E que a manifesta ação de Deus
É o homem, a mulher vitoriosos.
EU SOU o fator equilibrante da Vitória
Nas balanças positiva e negativa de Libra.

EU SOU Alfa e Ômega convergindo
Neste ponto do tempo e do espaço

Para o nascimento da Consciência Crística em mim.
Eu estou no nexo da cruz do meu próprio chakra cardíaco
E invoco a espiral da Vitória Crística.
Resplandece agora! Resplandece agora! Resplandece agora!
Que a luz dourada, como ondas douradas de paz,
Rodeie agora o planeta como manto envolvente de chama viva;

Que os fogos da iluminação venham agora!
Eu digo: Acordem! Acordem!
Ó homens, acordem! acordem! acordem!
Para a vossa realidade em Deus, digo-vos;
E sejam essa realidade em Deus!
EU SOU essa realidade em Deus.

EU SOU O QUE EU SOU

Assim, dissipem a irrealidade!
Dissipem a irrealidade,
E que o fio da navalha da Mente de Deus rompa o véu!

EU SOU O QUE EU SOU

Em nome do Poderoso Vitória,
Eu apelo para o Todo-Poderoso para que deixe o
nosso amado Jesus Cristo
Passar para aquém do véu!

Assim, nesta hora de Vitória e de mudança de ciclos,
Saída do

EU SOU O QUE EU SOU,

Que haja agora uma nova desaceleração
Da consciência e do campo de força electrónico
De Jesus Cristo,

Trazendo este amado avatar mais perto
Da consciência exterior da humanidade.
Assim, que esta desaceleração da Sua Presença Electrónica
Seja acompanhada por uma aceleração
Da compreensão da Consciência Crística
Nos corações das pessoas.

EU SOU O QUE EU SOU

Que a humanidade busque o Espírito Santo na natureza
E por invocação e amor.
Que todos se voltem para o Mestre Jesus,
Mestre instrutor, instrutor mundial desta era!
E que os corações dos homens sejam despertados
Pela presença deste amado de Deus
Que penetra através do plano etérico,
Preparando o Segundo Advendo
E para esse reino da mente de Cristo
No seio dos corpos mentais da humanidade.

EU SOU O QUE EU SOU

Haja então uma expulsão
Nos corpos mentais dos homens,
Uma expulsão das energias do não-eu,
Da lógica da mente carnal.

E haja agora essa pressão vinda do Alto
A medida que esse Cristo Pessoal se vai tornando mais real,
Mais ativo nas vidas dos homens,
E especialmente daqueles que respondem ao apelo, ao
Apelo interior do Bom Pastor:
"As minhas ovelhas conhecem a minha voz!

EU SOU O QUE EU SOU

Assim, que os homens conheçam a voz de Jesus,
E na Sua voz ouçam
A voz do homem interior do coração,
O seu proprio e amado Cristo Pessoal,
Falando em línguas de anjos e de Mestres Ascensos.
Assim, que o advento de Jesus Cristo
Não seja à exclusão das hierarquias ascensas,
Mas que a Sua vinda prepare o caminho para a descida,
A penetração das auras da humanidade
Com o "momentum" vitorioso ,

Dos santos e seres ascensos de todas as eras.
Que eles venham, pois, a corações receptivos.
Assim, que todos os homens saibam que a Vitória do indivíduo
Está na realidade interior, está no Eu Verdadeiro,
E que, tal como Jesus é esse Ser Cristico,
Também cada alma está pronta para receber
A unção do Cristo Pessoal interior.

EU SOU O QUE EU SOU

Eu estou de pé na Presença flamejante da Vitória!
EU SOU o Poderoso Vitória
EU SOU o Poderoso Vitória! EU SOU o Poderoso Vitória!
Eu venho em, asas de Vitória!
Eu venho colocar a coroa de louros da Vitória
Sobre as cabeças dos que triunfam.
EU SOU aquele que triunfa em tudo; embora tentado e posto à prova,

Continuo a avançar corajosamente até à Vitória.
EU SOU um com aqueles que forjam uma nova era.
Assim, venham, venham nas vossas almas, ó corações de Luz!

Eu venho na minha consciência solar.
EU SOU um coração de Luz e afirmo a minha Vitória!
Porque obtive muitas Vitórias,
Que eu reconheço e afirmo
Em nome do meu amado Deus Interior.
O amado Eu Divino de todos,

Amado Cristo de todos e amado e Poderoso Vitória:
Exijo agora que seja neutralizado pelas hostes de luz
O fardo de Anticristo e o acusador dos irmãos
Que têm oprimido as abençoadas crianças de Deus.
Por Isso eu digo:

Eu reivindico a Vitória!
Eu reivindico a vitóría!
Eu reivindico a Vitória!

Para a Terra e as suas evoluções neste dia.

EU SOU O QUE EU SOU

Assim, eu digo essa Palavra:
Em nome do Cristo vivente,

Em nome de Jesus Cristo e do meu próprio Cristo Pessoal,

Em nome do EU SOU O QUE EU SOU,

Eu reivindico a minha Vitória agora!
Eu reivindico a minha Vitória agora!
Eu reivindico a minha Vitória agora!
Eu reivindico a minha Vitória agora!
Eu reivindico a minha Vitória agora!

Assim, a aclamação dos anjos da Vitória está comigo.
Não permitirei que as forças das trevas e os gentios
Me privem da minha Vitória,
Porque eu não perderei o sentimento de Vitória E não deixarei de reivindicar essa Vitória.

EU SOU O QUE EU SOU

EU SOU essa reivindicação da Vitória! EU SOU a chama da Vitória,
E essa chama é Invencível, vitoriosa!

Invencível, vitoriosa!
Invencível, vitoriosa!

Venceremos! Venceremos! Venceremos!

Digo-o uma vez, digo-o duas vezes, torno , a dize-lo;
Porque EU SOU a consciência cósmica da Vitória
E eu encarno a luz dourada da Vitória.

Que ela resplandeça agora como o sol de Helios e Vesta,
Como o magneto do amor e sabedoria de Deus, que
Multiplica o poder e o "momentum" da Vitória
Que eu trago comigo do coração de Deus.

EU SOU O QUE EU SOU

Vejamos agora como a humanidade se coloca debaixo da vara
da lei da autodisciplina;
E, na verdadeira liberdade da Era de Aquário,
Que o homem se discipline
Sob os auspícios do seu próprio tutor, o Cristo Pessoal.
Que cada homem conheça a lei da Presença do EU SOU
E seja essa lei em ação!

EU SOU O QUE EU SOU

EU SOU essa Vitória que é conquistada pela disciplina do cubo,
do quadrado, da esfera, do triângulo de luz.
Assim faz soar agora o triângulo, anjo do triângulo!
O tocar do triângulo faz soar a nota
E o momento da descida, de mundos distantes,
De outras legiões da Vitória
Que responderam à vida do meu coração
E ao meu sentimento de Vitória.

OM TAT SAT OM

Assim, o homem saberá este ano
Que, com a libertação da chama do Espírito Santo,
Virão defensores da Vitória e hostes angélicas.
Vêm refrescados com a Vitória num outro mundo,
Noutro sistema de mundos, noutra galáxia,
Um sistema solar com circunstâncias semelhantes às nossas,

Onde certo número de corpos planetários
No seio desse sistema tinham sido pervertidos por anjos caídos,
E onde alguns lares planetários e as suas evoluções
Tinham mantido a luz, e um planeta em particular
Mantivera o equilíbrio de luz em prol de um sistema solar.

Em nome do EU SOU O QUE EU SOU

E pela autoridade do Todo-Poderoso,
Eu invoco as legiões da Vitória e as hostes angélicas
Para que ancorem o topázio da Vitória em prol deste planeta,
O fogo de cristal da consciência dourada do bem;
Porque EU SOU um filho do sol invertendo a maré [das trevas].

Eu proclamo a Vitória, eu reivindico a Vitória,
E eu vejo a Vitória alcançadal
Em nome do Poderoso Vitória,
Exijo que sejam dissolvidos os micróbios,
Germes do mal infestando as mentes de parte do povo
Como um grande Mar Morto flutuando na atmosfera,
E que ameaçam conquistar um planeta
E, consequentemente, um sistema de mundos.

EU SOU a chama da Vitória

Com um núcleo de fogo branco do Espírito Santo,
E EU SOU o que pode dissolver esses micróbios que infestam a mente,
Que pervertem a consciência da Vitória
Através de um sentimento de fatalidade e fracasso.
Levanto minha cabeça para receber os heróis conquistadores da Vitória

Que chegam frescos da glória da Vitória.
Esta Vitória manifesta-se na Terra
Agora que as legiões da Vitória se estabelecem aqui
E reforçam as espirais da ação iluminada
Para que a humanidade possa ver e conhecer a senda da
Vitória!

EU SOU a espiral da Vitória

Para o cumprimento da minha missão.
Que a consciência da realidade em Deus
Seja como uma coroa sobre a minha cabeça
Para o cumprimento dos ensinamentos dos Mestres Ascensos.

Em nome de Cristo,
Eu invoco a iluminação da mente.
Assim, eu exijo que seja consumido no seio da consciência
Tudo aquilo que impede o fluxo
Da energia sagrada e da sabedoria sagrada.
Assim seja, em nome do Espírito Santo!

Eu reivindico essa Realidade, e vencerei!
Eu estou de pé na presença flamejante da Realidade!
Eu estou de pé no sol de fogo branco e dourado de Libra!

Eu sei quem EU SOU, EU SOU O QUE EU SOU!
OM TAT SAT OM

Que o disco da individualidade seja reunido
Ao disco da autoconsciência em Deus
E que a minha alma caminhe pela Terra como herói conquistador.
Eu aproveito esta oportunidade
Para a vitória de um planeta, que rechaçara a maré [das trevas]

E produzirá a Vitória deste sistema solar
E a elevação das freqüências dos lares planetários
Até novas dimensões de ciclos etéricos,
Preparando todo o vórtice de energia cósmica
Para o cumprimento do plano da Ascensão
E do retorno ao núcleo de fogo branco.
É, esta a alegria, é este o cumprimento da Lei!

EU SOU O QUE EU SOU
OM TAT SAT OM

Em nome do Cristo
E pelo poder do grande Vitória,

Eu invoco a lei do meu ser, eu invoco a luz do meu ser.
Consome agora todo o sentimento de injustiça!
Consome os registos de morte, dúvidas e medo,
Ansiedade, tensão e frustração!

Consome e dissolve os campos de força de energia
Que não fazem parte deste mundo, que não fazem parte
da minha Consciência Divina,
E que não pertencem ao eterno sentimento de Vitoria'
Legiões de luz ordenadas em números infinitos,

Venham agora e penetrem
As auras de cada homem!
Neste momento cósmico,
Toda a alma ligada à Terra,
Encarnada ou desencarnada,

Todo o homem, mulher e criança em qualquer plano da Matéria,
Recebe agora a ministração de um anjo da Vitória.
Em nome do Grande EU SOU e do eterno Cristo,
Que o anjo da Vitória penetre a aura do indivíduo
Para reforçar a espiral ascendente e o "momentum" da Vitória.

Em nome do Poderoso Vitória, de
Sanat Kumara e da Mestra Vénus,
Que a armadura da Vitória seja colocada sobre a humanidade,

A consciência da Vitória,
o amor/sabedoria/poder da Vitória.
Assim, a transferência é agora efetuada
Da Presença Eletrónica dos anjos da Vitória.
Eu reivindico a realidade da minha Vitória diariamente.

Em nome do Cristo,
E vejo e reparo como a humanidade
Tem um sentimento renovado do antigo lema:
Venceremos, Venceremos, Venceremos!

EU SOU O QUE EU SOU

Está feito. Está acabado. Está selado.
Está feito. Esta acabado. Está selado.
Está feito. Está acabado. Está selado.

Está encerrado no meu coração.
Defendê-lo-ei com todo o meu poder,
Com todas as minhas forças, e com todo o meu amor.
Eu defendo a Vitória que já está ganha.
Eu defendo a Luz que triunfará.

EU SOU o Espírito de Abnegação em mim
Que vê com cristalina clareza
O mérito da Vitória -- passado, presente e futuro.
No Eterno Agora está a Vitória! Vitória! Vitória!
EU SOU O QUE EU SOU
OM TAT SAT OMSub umbra alarum tuarum intineris in pat laudabilis divinitas...

Sissy

Templo dos Mestres para o periodo de 15/02 a 15/03/2012



O Templo da Sabedoria e Compreensão na Caxemira
O Foco do Mestre Ascensionado do mês.
De 15 de fevereiro a 14 de março de 2012.

Hierarca: Mestre KUTHUMI
Cor da Chama: Dourada
Música: Canção de Kashmir, Finden
Transmissão da Chama em 18 de fevereiro de 2012

O Foco de Luz do Mestre KUTHUMI, na Caxemira

Existem pontos na superfície da Terra que são particularmente apropriados para coleta e transmissão de forças cósmicas.
Eles transmitem o esforço espiritual e a concentração.
Ali, a pessoa se sente como se estivesse mais leve em sua viagem à perfeição, com a
finalidade de alcançar uma consciência pura e superior e, assim,superar seu ser exterior.

O Templo da Sabedoria, nas montanhas da Caxemira, é guardado pelo grande Mestre KUTHUMI.

Como instrutor do mundo, ele vê como sua missão especial treinar os alunos, a fim de que se tornem professores para formar as próximas gerações.

Este também deve ser o desejo de todos os alunos da Luz sérios.
Os "Mestres dos Mantos Dourados" que se reúnem aqui, ensinam às correntes de vida que chegam de todo o mundo e que se interessam pela educação laica ou religiosa das pessoas.

Através da sabedoria desses grandes professores é atribuída a cada candidato de um
grupo, a chance de se discutir sobre seus interesses particulares.

Existem grupos de aspirantes vestidos de amarelo, que se reúnem ao redor de um Mestre de orientação espiritual oriental.

Alunos avançados pedem para ajudar os buscadores que gostariam de experimentar a iluminação de suas consciências, ativando neles as forças do Segundo Raio.

A suavidade inigualável do grande Mestre se reflete também na paisagem e no ambiente ao redor do Templo.

O visitante mergulha na vibração harmônica antes que se abram os portões para o hall da sabedoria e compreensão.

A paciência é também uma virtude predominantemente inerente ao Raio Dourado.

O Mestre KUTHUMI desenvolveu esta característica em sua encarnação passada, como São
Francisco de Assis.

Ao lidar com a Natureza e com os animais, ele irradiava sua força do amor, de forma que os animais se aproximavam dele sem hesitação.

Em sua encarnação como o grande filósofo e matemático Pitágoras, ele fundou a conhecida escola de Cróton, na qual pessoas de todo o mundo aperfeiçoavam seus conhecimentos.

A sabedoria e a paciência caminham juntas.
A sabedoria em todas as ações nasce da paciência, que não pode prosperar em meio à
pressa e correria do mundo terreno.

Na sabedoria há compreensão para com as fraquezas e os erros das pessoas, floresce o amor por todas as vidas e o forte desejo de colaborar com a libertação da
humanidade.

Que a Paz, a Sabedoria e o Amor preencham os corações dos alunos, e com eles venha a gratidão pela possibilidade de servir e por todos os ensinamentos que lhes são transmitidos nos focos de Luz.

* * *

Palavras do Mestre KUTHUMI
Alunos da Luz, amigos de eras antigas!

Já passamos muitas vezes por esta Terra juntos.
Nem sempre esses caminhos foram à serviço da Luz, mas sempre houve um traço de
vontade ancorado em vocês, que por fim os conduziu nesta vida ao verdadeiro caminho da Luz.
O reconhecimento no interior de vocês cresceu naquilo que se refere ao fato de que a vida não é feita somente de esforços e trabalho em função do sentido externo.
As forças espirituais que residem em vocês, e que esperam a evolução de vocês, devem ser intensificadas e irradiadas ao mundo.
Esta visão cresceu em vocês, vemos com prazer o progresso individual de cada aluno após olharmos por muito tempo no fundo dos seus corações.


Boletim Ponte de Luz para a Grande Fraternidade Branca
Fevereiro de 2012

O. M. AIVANHOV - 18-02-2012 - AUTRES DIMENSIONS



E bem, caros amigos, eu estou extremamente contente de reencontrá-los e de encontrar, ainda uma vez, novas pessoas que vêm escutar e Vibrar conosco.

Vocês sabem, o Arcanjo ANAEL, eu mesmo, nós lhes dizemos, já desde algum tempo, não é, que Tudo está consumado.

E, é claro, tudo acontece no Interior de vocês porque muitos de vocês, mesmo se o seu cérebro lhes traduz isso como um sonho, vocês começam a viver coisas bem além das Vibrações.

E o que está bem além das Vibrações é, antes de tudo, o que nós dissemos durante as cinco intervenções de MARIA referentes à deslocalização da Consciência.


E como talvez vocês tenham notado, também, um fortalecimento, para aqueles que as vivem, de suas Vibrações e dos seus estados modificados de Consciência, desde a adição, em suas estruturas, do Manto Azul da Graça.

Então, caros amigos, queridos Irmãos, queridas Irmãs, eu estou, agora, à sua escuta e eu desenvolverei, se vocês bem quiserem, em relação às suas questões, uma série de elementos.

Então eu lhes dou a palavra e eu estou aberto ao seu questionamento.

Pergunta: a impressão de viver um terremoto no interior de si, faz parte dos processos em andamento?

Então, aí, cara amiga, é estritamente normal.

Naturalmente, não me pergunte, se vocês não vivem esse terremoto, é normal?

Porque ali tem toda uma gama de percepções Interiores, nesse momento, que traduzem (se vocês quiserem, desde a aquisição do Manto da Graça) uma preparação, de algum modo, para tornar-se a Borboleta.

Ou seja, que alguns de vocês (ou até mesmo muitos de vocês, segundo seu encaminhamento em meio à Luz) vivem esta sensação de ruptura Interior dos diferentes envelopes.

Então, o que se rompe?

Do mesmo modo que os envelopes isolantes deste sistema solar, sobre os quais eu lhes falei desde vários anos, são rasgados, na totalidade, do mesmo modo, tudo o que constituía o que os nossos amigos orientais chamavam de corpos ilusórios (ou seja, o corpo físico, o corpo etéreo, o corpo astral, o corpo mental e, agora, o corpo causal) está prestes a se romper.

Para deixar nascer o quê?

A Borboleta.

Então, para alguns, esse rompimento é, efetivamente, um terremoto Interior.

A palavra foi bem encontrada.

A expressão é adequada, porque suas próprias zonas de apego são essas zonas de terremoto: então, se vocês estão apegados ao seu corpo físico, o corpo físico vai se romper de diferentes modos.

Se vocês estão apegados aos seus pensamentos, são os seus pensamentos que vão se rasgar e que vão tremer, porque o Manto Azul da Graça tem uma função muito específica, e as consequências são a possibilidade (com toda consciência, mesmo da personalidade) de sentir que há alguma coisa prestes a acontecer.

Isso é o mínimo que podemos dizer, não é?

Pergunta: como conciliar essas evoluções e o fato de continuar a cuidar do corpo?

Mas cara amiga, eu creio que o Arcanjo ANAEL, desde muito poucos dias, respondeu-lhes mais ou menos a mesma coisa que eu vou responder: quando a Luz chama você, no momento em que você vai morrer, será que você ainda vai querer se levantar para ir trabalhar, fazer isso ou aquilo?

Certamente, isso não é uma morte (no sentido habitual das diferentes encarnações) já que é um Renascimento, uma Ressurreição, e isso acontece nesse momento.

Portanto, se a Luz está prestes a rasgar seus diferentes envelopes para fazê-la nascer enquanto Borboleta, será que a personalidade vai querer, a todo custo, se levantar para ir, por exemplo, continuar tal atividade?

É preciso, agora, parar.

Onde vocês estão?

Vocês estão no ego, na personalidade, em seus apegos, ou vocês estão, conscientemente, no que vocês São, desde toda Eternidade?

Ou seja, como disse o Arcanjo ANAEL, aonde vocês querem ir?

Para o efêmero ou para o Eterno?

Vocês são o efêmero ou vocês são a Eternidade?

Não é mais questão de dizer: “sim, mas”.

Não é mais o momento de dizer: “sim, mas eu tenho obrigações”, “sim, mas eu devo ir tomar banho”, “sim, mas eu devo continuar tal atividade”.

Cada vez mais, se a Luz os chama (de maneira, por vezes, extremamente violenta, e isso vai ser todo dia, cada vez mais forte), o que vocês irão responder à Luz?: “não, não, volte amanhã, eu tenho algo a fazer hoje, eu vou ao cinema, eu tenho cursos para fazer”.

Reflitam dois minutos: será que vocês querem viver a Eternidade ou será que vocês querem manter o efêmero?

Para alguns, é claro, não há ainda este Apelo da Luz.

Então, aí tampouco, não se coloquem questão.

Se vocês têm que realizar algumas atividades, quaisquer que sejam, significa que, no momento, vocês não são referidos por este Apelo.

O Apelo da Luz, nós lhes dissemos, é, atualmente, ou extremamente poderoso, ou extremamente intenso.

E, para outros, vocês têm, no momento, que continuar o que vocês estão em via de fazer.

Pode ser que, para alguns de vocês, o Serviço da Luz seja continuar a trabalhar nesta Dimensão, ou seja, no efêmero, por uma razão ou por outra.

Simplesmente, se vocês tremem Interiormente, se à noite vocês partem no Sol, com outros seres, se vocês encontrarem a Luz, vocês não irão dizer à Luz: “retorne amanhã”.

É preciso ser lógico.

Quem coloca a questão?

Sempre o mesmo: a personalidade.

Lembrem-se do ‘choque da humanidade’: ele está chegando.

Ele é extremamente iminente, ao nível coletivo.

Mas vocês o vivem, também, ao nível individual, para aqueles que o vivem.

Agora, quando vocês viverem esse ‘choque’, lembrem-se, há sempre certo número de estados: primeiramente a negação, é como antigamente quando vocês morriam, em uma vida anterior, era sempre: “isso não é verdade, eu não terminei de viver, eu ainda tenho muitas coisas a fazer, eu tenho medo de partir”.

Obviamente, a personalidade, ela tem horror da Eternidade.

Por quê?

Porque a Eternidade certifica o fim do efêmero.

Portanto, se há medo, se há resistências à Luz (eu não falo mais das zonas de sombra, como eu disse durante anos, ao nível do que vocês não queriam ver), mas, o que vocês querem fazer com a Luz?

Vocês querem se tornar esta Luz ou vocês querem manter a personalidade?

É agora, mais do que nunca, que vai se esclarecer, em vocês (e, em todo caso, para aqueles de vocês que receberam ou que recebem o Apelo da Luz): vocês querem ser a Luz ou vocês querem continuar nesta pequena pessoa desconfortável, confinada, com os limites que estão associados a esse próprio corpo, à sua própria encarnação?

Vocês querem permanecer limitados ou vocês querem ser ilimitados?

Então, é claro, há quem diga prontamente: “eu quero ser ilimitado”, e na hora em que o Ilimitado chega, o que acontece?

Evidentemente, a personalidade fica aterrorizada.

Isso é o ‘choque da humanidade’, mas é, também, o ‘choque’ da personalidade, e, isso, é preciso vivê-lo.

Isso está além mesmo da ‘noite escura da alma, porque é o momento em que vocês descobrem que além da Vibração, vocês são uma Consciência e uma Consciência pura que não tem o que fazer desse corpo, que não tem o que fazer desses diferentes envelopes de ilusão que os fizeram crer que vocês são eternos.

O que é eterno não é efêmero, não é?

E até que se prove o contrário, esse corpo no qual vocês estão, ele é efêmero.

É um Templo, mas o Templo nada é sem o que está dentro, lembrem-se disso.

Ora, vocês são o que está dentro, vocês não são esse corpo.

Vocês não são isso.

Vocês são tudo exceto o que vocês creem, como diriam nossos amigos orientais.

É tempo, agora, de percebê-lo.

Portanto, vocês não podem mais pretender a Luz e Ser Luz, enquanto resistente à Luz, se a Luz os chama nesse momento.

Que isso seja pela Vibração, que isso seja pelo Canal Mariano, que isso seja pelo Manto Azul da Graça, que isso seja pela Dissolução, que isso seja pela Comunhão, pela Fusão e pelo acesso da Consciência à Eternidade.

O que vocês querem ser?

Portanto, é preciso ser lógico em alguma parte.

Se vocês reclamam para a Luz, é sua Liberdade, mas vocês não podem ter passado anos querendo viver a Luz e, no momento em que a Luz chega, dizer: “um minuto, por favor, eu não terminei”.

Vocês não terminaram o quê?

Deem-se conta: as Vibrações, nós lhes dissemos, são a Consciência.

Mas chega um momento em que a Consciência não é mais a Vibração.

É o momento específico em que a lagarta se torna Borboleta.

E vocês têm a oportunidade, entre vocês, alguns, aqui e em outros lugares, por toda parte sobre a Terra, de ser, ao mesmo tempo, lagarta e Borboleta.

Mas vocês não podem rejeitar a Borboleta.

Sem isso, o que isso significa?

Coloquem-se a questão.

O que chega não é um jogo, o que chega não é um esquadrinhamento da Luz ou uma melhoria do que quer que seja nesse corpo.

O que chega é a Eternidade, o fim do efêmero, o fim de todos os limites.

Nós lhes dissemos há anos.

Vocês estão Liberados, como dizia IRMÃO K: “Liberdade e Autonomia”.

Mas, também, como disse ANAEL: “Responsabilidade”.

Mas qual é a sua responsabilidade?

Será que ela é social, moral, afetiva, ligada a esse corpo, ou será que ela é no sentido da Luz que vocês são?

Não há outra possibilidade.

Agora, é o ego que acredita, através do que vocês denominam New Age [Nova Era], que a Terra iria se tornar um paraíso e que sua personalidade seria rodeada de Luz, com matização, e que tudo iria ser perfeito sobre este mundo.

Nós jamais lhes escondemos a Verdade, contrariamente a certos ensinamentos.

Nós sempre lhes dissemos que haveria uma Grelha Planetária, que haveria uma transformação total da humanidade, como disse SRI AUROBINDO durante a sua vida.

Mesmo se, é claro, o cérebro vai sempre interpretar e dizer: “oh, a Luz chega, mas são as condições de vida que vão se transformar”.

Isso não acontece assim.

Isso é o que desejaria a personalidade, o que desejaria o ego.

Mas, vocês acreditam que a Luz tem algo a fazer com o ego, já que é uma ilusão?

É-lhes preciso, dito em outras palavras, reconhecer a Ilusão.

É a isso que levou, como dizia RAMATAN, à frase: “Eu Sou” e, em seguida, ao que lhes foi dado: “Eu Sou UM”.

Quando vocês são UM, será que vocês podem ser este limite?

Quer dizer, este corpo?

Este ego que pensa que vai para a Luz?

O ego jamais vai para a Luz.

A personalidade, tampouco.

Vocês veem onde está o problema, aí?

E, isso, vocês estão prestes a descobrir, para aqueles que ainda não vivenciaram o acesso ao Estado de Ser ou à Deslocalização.

Vocês estão além da Comunhão, mas, isso, nós lhes dissemos.

Vocês estão, agora, em via, para alguns, de experimentar.

Então, eu vejo outros que, como eles nada vivem, começam a roer seus freios e eles dizem: “eu, eu estou atrasado”.

Voltaremos a falar quando a Luz vier bater à sua porta.

O que dizia o CRISTO?

ANAEL lhes disse, há poucos dias: “deixe os mortos enterrarem os mortos”.

Mas quem está morto?

Quem é mortal?

Quem é mortal na Presença que vocês são, aqui?

Não é mais tempo, agora, de ser ambíguo.

Não é mais tempo de se colocar questões sobre a reencarnação, sobre o que vocês irão se tornar, o que vai se tornar sua vida, seus filhos, seus pais.

Chegou o tempo de Ser.

E Ser Ilimitado é Ser Livre, é Ser Autônomo e é, sobretudo, Ser Responsável.

Mas, mais uma vez, não se preocupem porque o que vocês vivem (tudo isso, aqui, nesse corpo) é uma ilusão.

Vocês são muito além de tudo isso.

É isso que está em via de se conscientizar em sua consciência limitada.

Então, por exemplo, há seres, nesse momento, seres despertos que são chamados para fora desse corpo, ou seja, para passar pela morte desse corpo, para funções específicas.

E o que dizem, todas essas pessoas? (e, no entanto, eles estão despertos): “ah, não, não, eu não quero partir”.

Mas é claro que eles não querem partir.

Há alguns seres, mesmo entre os Anciãos, que, além das experiências da Consciência, foram, na totalidade seres que eu chamaria, por exemplo, de totalmente realizados, porque eles destruíram todas as camadas ilusórias (por exemplo, UM AMIGO).

Eu não vou citar nomes, porque eu iria apanhar lá, na volta.

Mas é preciso bem compreender: qual é a testemunha absoluta do seu estado de Ser?

Ou a Consciência tem acesso ao Corpo de Estado de Ser, ou a Consciência é capaz de se Deslocalizar, mas, sobretudo, a testemunha é a Alegria Interior.

Quando eu digo a Alegria Interior, não é para confundir com a exaltação e o humor, isso não tem estritamente nada a ver.

Porque vocês podem, por exemplo, viver um grande ódio, nesse corpo ilusório, mas vocês sabem que ele é ilusório, porque no Interior há sempre esta Alegria, o que nossos amigos orientais denominam Sat Chit Ananda, ou seja, o Samadhi e o que está além do Samadhi.

Vocês podem mesmo se divertir com a Dualidade.

Por quê?

Porque vocês vivem a Unidade em outros momentos.

Portanto, aí, é um jogo de vai e vem.

Todo mundo não é como MA ANANDA MOYI, durante a sua vida, para entrar emSamadhi à vontade.

Do mesmo modo, há alguns de vocês que são chamados a cessar (e, sobretudo, nos próximos dias) toda atividade exterior.

Outros devem continuar, porque cada ser é diferente nisso que chega, nesse processo.

Mas, se a Luz provocar um terremoto Interior, se a Luz colocá-los em uma cadeira 24 horas por dia, o que vocês irão fazer?

Se a Luz decidiu, nisso que vocês São, no Ilimitado, que esse corpo deve desaparecer.

Se vocês reclamarem, isso quer dizer o quê?

O que se expressa?

O Ilimitado ou o limitado?

É preciso ser, ainda uma vez, lógico.

É como para o princípio de Abandono à Luz.

Durante anos o Arcanjo ANAEL lhes falou sobre isso.

Então, há quem tenha compreendido que era preciso abandonar o trabalho, a família, os filhos.

Vocês nada compreenderam.

O Abandono à Luz é o Abandono da personalidade para o Estado de Ser.

O limitado cede o lugar ao Ilimitado.

A sombra cede o lugar à Luz.

Agora, nesta etapa que foi qualificada de última e final por MARIA (porque ela o é), o que vocês querem Ser?

Grande crise de angústia metafísica.

Por sinal, mesmo, é como, como se chama, o Senhor Jourdan que fazia prosa sem o saber.

Eu vou tomar um exemplo.

Vocês irão se deslocalizar à noite.

De manhã, vocês irão despertar e vocês irão dizer: “ei, eu sonhei; mas é engraçado porque esse sonho, ele foi muito intenso; eu estava realmente vivendo nesse sonho”.

E depois o seu cérebro vai, por exemplo, transformar uma vivência, vocês irão dizer, por exemplo: “ei, eu saí de barco; ei, eu fui de um ponto a outro”.

Não, vocês viajaram, mas como vocês ainda têm um cérebro, ele vai buscar traduzir, na consciência limitada, o que era ilimitado.

Mas vocês irão se tornar cada vez mais lúcidos sobre esses processos, em todo caso para aqueles que os vivem.

Mas, lembrem-se: o marcador do Ilimitado é a Alegria.

E a Alegria, mais uma vez, nada tem a ver com fazer brincadeiras ou se divertir.

Estar em Alegria não é uma questão de circunstância externa, é uma circunstância Interior, é o Despertar do Si.

É sentir e viver, além desse corpo, enquanto estando no corpo, além das emoções, além do mental, além dos apegos, além do social.

Viver este Ilimitado.

E isso dispara o quê?

Um sorriso Interior.

Porque, naquele momento, mesmo se vocês estão com ódio (porque alguma coisa da vida ordinária os incomoda), vocês estão perfeitamente lúcidos de que vocês são muito além de tudo isso.

Quando eu digo além, não é um desdém, não é uma rejeição das leis da encarnação: é que vocês, em Verdade, transcenderam essas leis da encarnação, porque sua Consciência não é mais a mesma.

Então, vocês tomam consciência, se podemos dizer, de que sua Consciência não é mais a mesma, de modo mais ou menos rápido, com uma negação mais ou menos rápida, com uma ‘noite escura da alma’ mais ou menos evidente, com uma Alegria que é mais ou menos evidente.

Mas tudo isso faz parte do terremoto.

É um abalo da consciência limitada.

Pergunta: você que é um grande Mestre...

Mas todos vocês são Mestres, é que vocês ainda têm uma crença na ilusão de que vocês nada são.

A Luz, ela sempre esteve aí.

Enquanto o ego acreditar que há algo a buscar, vocês fazem uma diferença entre vocês e eu.

Quando os Arcanjos lhes dizem que eles estão no Interior de vocês, isso é a estrita Verdade.

Simplesmente, para isso, é preciso mudar os óculos, é preciso retirar os óculos.

Não é preciso ver com o olhar da personalidade.

Mas hoje, a Luz, e a descida da Luz, é tão consistente que se vocês param de se projetar no exterior, na personalidade, todos vocês são Mestres.

Não há hierarquia.

Não há diferença de valor.

Há, simplesmente, seres que realizam o que eles são, e outros, não.

E não há caminho a percorrer, agora.

O caminho, vocês o percorreram, para aqueles de vocês que o seguiram (com as Núpcias Celestes, com suas diferentes encarnações).

Mas, isso que eu falo, o acesso ao Ilimitado, é apenas uma questão de mudança (é uma expressão) de olhar.

E isso é no Coração, unicamente no Coração.

Será que a questão pode ser terminada?

Pergunta: se você pode se manifestar em diferentes Planos, por que você se expressa através desse Canal?

Você é capaz de me receber?

O que faz com que um ser seja capaz de receber um Arcanjo?

Coloquem-se a questão.

Há muitos seres, hoje, que pretendem receber entidades, mas quem é que telefona?

Receber minha Presença é já estar, si mesmo, na Presença.

Vocês não podem receber, Comungar e estar Deslocalizado, se vocês não tem acesso ao Estado de Ser.

É impossível.

Enquanto vocês não tiverem lavado suas Vestimentas ilusórias no Sangue do Cordeiro (ou seja, enquanto vocês não tiverem penetrado, mística e concretamente, o Sol), vocês não estão Realizados.

É tão simples assim.

Portanto, vocês podem, efetivamente, se comunicar com diferentes Planos, com desencarnados, com seres que vão se apresentar a vocês, dizendo-lhes: “é o Cristo, é Maria, etc..”.

Mas, se vocês mesmos não tiverem vivenciado o Estado de Ser, isso são apenas Planos intermediários, isso não é a Verdade.

Mas, na realidade, nesse processo no qual eu estou neste corpo, isso não tem estritamente nada a ver com um processo que vocês chamam de Canalização.

Porque há uma preparação que foi feita e porque, justamente, alguns seres foram capazes, há anos, de viver a Fusão mística com o Sol, o acesso ao Estado de Ser.

Enquanto não houver acesso ao Sol, enquanto vocês não tiverem atravessado a Porta das Estrelas (que lhes dá acesso à Multidimensionalidade), o que vocês recebem nada tem a ver com a Luz.

Isso é apenas uma miragem (“miroir aux alouettes”) e um reflexo do astral.

O que não é nem bom nem ruim, é claro, mas é diferente.

Pergunta: por que você tem necessidade de se manifestar na encarnação?

Mas eu não me manifesto na encarnação.

Todos aqueles que percebem as Vibrações da minha Presença, ou aquelas de um Arcanjo ou de MARIA ou outra, sabem pertinentemente, que isso não é uma encarnação.

Há outros processos que a Canalização: há o walk-in, por exemplo, a capacidade para trocar o corpo, trocar a alma.

Se vocês viverem a Deslocalização, o que vai acontecer?

Vocês irão dar-se conta, além dos momentos de Comunhão, de Fusão e mesmo de Dissolução na Consciência Pura, além de toda forma, além de toda Dimensão, tornando-se a FONTE, de que vocês serão capazes de ser a Consciência da folha da grama, mas, também, a Consciência de qualquer ser humano.

Porque, tudo isso, são ilusões.

Portanto, vocês são persuadidos de ser este ego, mas, a um dado momento, no processo de Estado de Ser, vocês têm a possibilidade de ser não importa qual outro ego.

Vocês não são mais o seu ego, vocês são todos os egos da Terra, mas vocês são, também, a FONTE.

Vocês são, como dizem os orientais, o Absoluto.

E ser o Absoluto ou ser a FONTE, ser Brahman, está muito além de todas as experiências vivenciadas em meio ao ego, não é?

Isso não tem mais nada a ver.

E, quando vocês o vivem, não há mais qualquer questão, porque não pode ali haver questão.

É o mental que coloca as questões.

É o mental que quer compreender.

Mas quando vocês vivem a experiência do Absoluto, mas não pode mais ali haver questão, nenhuma questão.

É a isso que vocês são chamados, se vocês são chamados.

A dose de Luz, as Partículas Adamantinas, a irradiação do Ultravioleta, a irradiação do Espírito Santo, atingiram tal clímax que, agora, vocês têm apenas, como dizem algumas pessoas, que permanecer tranquilos, nada desejar.

Porque, enquanto vocês desejarem a Luz é o ego que quer a Luz e vocês não estão no Abandono à Luz, vocês estão em uma manifestação da personalidade.

Vocês não são esta personalidade.

Enquanto vocês acreditarem nisso, a Luz não pode tocá-los.

Então, vocês irão viver processos Vibratórios, vocês irão viver, efetivamente, a ativação, por exemplo, da Coroa Radiante da cabeça, vocês irão viver o Despertar daKundalini, vocês irão viver, às vezes, o Fogo do Coração.

Mas há outra etapa depois.

Nós sempre lhes dissemos.

O Arcanjo MIGUEL, já durante as Núpcias Celestes, na missão de MIGUEL, anunciou-lhes: enquanto vocês estão no questionamento, enquanto vocês estão no porque, no como, no o que é, vocês não estão no Absoluto.

E assim que vocês tocam o Absoluto, vocês não têm qualquer questão.

Vocês não podem mais exprimir a menor dúvida, nem sobre seu futuro, nem sobre quem vocês são, nem sobre o amanhã, nem sobre os filhos, nem sobre o trabalho, nem sobre o que quer que seja.

Isso é a Alegria.

Eis o que lhes é prometido nesse momento.

Eu sei que alguns de vocês o vivem, já que nós os acolhemos no Sol, em nossas Embarcações também.

E aí há, por outro lado, os que são chamados para fora do seu corpo pelos processos da morte desse corpo porque eles têm uma missão em outros lugares.

No Absoluto não há morte.

É a personalidade que morre, mas vocês, vocês não morrem.

Eu já lhes disse, já, há anos, não são vocês que desaparecem, é o mundo que desaparece.

E isso não era um jogo, é a estrita Verdade.

Mas enquanto vocês estão neste mundo, vocês não estão sobre este mundo, vocês estão presos.

Portanto, como lhes disseram os Arcanjos e como o fazem o Manto Azul da Graça, a ativação do Antakarana, a abertura da Porta KI-RIS-TI das costas, esses são os elementos que prefiguram, de algum modo, a Passagem da Porta Estreita.

E o que é preciso fazer?

Eu responderia: “nada há a fazer”.

Enquanto vocês quiserem fazer, vocês não estão no Ser.

E mesmo ANAEL, eu creio, disse, há alguns dias: nada há a fazer, há apenas que deixar a Luz Ser.

Se vocês quiserem Ser, deixem a Luz Ser e vocês não podem Fazer, para isso, porque é o ego que deseja Fazer, sempre, a personalidade, que crê que ela vai possuir a Luz.

Mas nada há a possuir, no Ser.

Pergunta: ao que se deve os movimentos da cabeça quando nos conectamos à Luz?

É um processo de ajustamento.

O Samadhi é a ausência total de movimento.

O corpo se funde na Luz.

Quando há movimento, há integração, e nesta integração, não há Luz, na totalidade.

Do mesmo modo, se, quando vocês viverem esta Luz que chega de uma maneira ou de outra, vocês tiverem imagens, com os olhos fechados, isso não é a Luz, é o reflexo da Luz.

Porque a Luz não é uma imagem, a Luz não é uma visão.

Portanto, enquanto vocês verem ainda uma cor atrás dos seus olhos fechados, isso não é a Luz.

A única maneira de passar do outro lado é deixar a Luz fazer, ou seja, como dizem os orientais, e como eu disse também durante a minha vida: “é preciso deixar os pensamentos, as imagens, as emoções; vocês não são essas imagens, vocês não são essas emoções, vocês não são esses pensamentos e vocês não são, tampouco, esse corpo”.

Então, se vocês sentem seu corpo se movendo, isso significa que sua Consciência ainda está no corpo.

É tão simples assim.

Vocês vivem isso, alguns de vocês.

Há partes do seu corpo que desaparece durante os Alinhamentos das 19h00 (hora francesa) ou durante suas meditações.

Então, ou vocês sentem os laços nos tornozelos porque vocês ainda são mantidos, ou, então, vocês sentem a parte superior do corpo que está anestesiada, como inexistente, particularmente o Coração e os braços.

Vão para o final, deixem isso acontecer.

Vocês não são o que vocês percebem.

E quando é que vocês estão no final?

Quando vocês estão Deslocalizados e quando vocês são capazes de levar, nesta consciência limitada, alguns fragmentos ou a totalidade das experiências de Deslocalização.

E aí, vocês vivem, realmente, esta Alegria Interior: ainda uma vez, não é a exaltação, não é a vontade de se comunicar em certa alegria, mas é um estado Interior.

Aí, vocês não estão mais: vocês São o Absoluto.

E realizando o Absoluto, vocês riem de ver ainda o corpo que vocês têm, vocês riem de ver ainda suas emoções que restariam ou o seu próprio mental, porque vocês não são, definitivamente, mais isso.

Em resumo, vocês não podem estar presos à sua pequena pessoa e viver a Luz, o que quer que se torne esta Lagarta, por ora (quer vocês sejam irremediavelmente uma Borboleta ou quer vocês mantenham ainda a Lagarta, enquanto sendo a Borboleta).

É uma grande Graça que lhes é concedida.

Lembrem-se: o trabalho de ancoragem da Luz, de ter permitido à Luz se manifestar, terminou, agora.

São vocês que se tornam esta Luz, na totalidade.

Vocês, se vocês quiserem, ancoraram a Luz.

Do mesmo modo, todos vocês, mais ou menos, como vocês dizem, têm uma espécie de encaminhamento espiritual que os fez passar pela energia, pela compreensão psicológica, pelo acesso às suas vidas passadas, pelo acesso à compreensão de alguns mecanismos vitais ou espirituais.

Deixem tudo isso de lado, agora.

Vocês são o Absoluto.

Vocês são “Eu Sou UM”.

Se vocês são UM, vocês não podem ser todo o resto e, ainda menos, esta pequena pessoa.

Aceitem, dito de outra forma, não mais ser limitados.

Mas vocês não podem dizer: “eu quero ser Ilimitado”, porque “eu quero ser Ilimitado” é a personalidade que o exprime.

É por isso que eu lhes digo agora: “permaneçam tranquilos”.

Vocês não são nem o que os atravessa, vocês não são suas atividades, vocês não são os seus relacionamentos.

Vocês são a Luz e o Absoluto.

Então, vocês estão prontos ou não?

De qualquer modo, vocês verão, a cada final de sessão, após os dois intervenientes (ndr: as sessões de canalizações públicas deste dia), vocês terão um espaço particular, não mais de Efusão, mas do Absoluto, eu diria, por intermédio do Manto Azul da Graça e por intermédio da Irradiação, digamos, do conjunto das Estrelas, dos Anciãos e dos Arcanjos.

Porque, efetivamente, a Luz, agora, não é mais a Partícula Adamantina que iria se compactar, que vocês iriam ver, não é mais (como no ano passado) a Fusão dos Éteres, a Luz Azul, como dizia SRI AUROBINDO.

Agora é a Luz Branca que desce em Partículas ou que se apresenta sob forma de pequenas nuvens, é a invasão total da Luz neste mundo, ou seja, a Dissolução total da Ilusão.

Então, o ego, em relação a isso, ele tem dois modos de reagir.

Vocês verão como é estúpido, o ego, porque ele diz: “que coisa, eu não vi isso”, ou então: “que coisa, eu estou com medo, eu vou me matar”.

É completamente estúpido, já que, de qualquer modo, o mundo vai desaparecer, mas não vocês.

É isso que vocês não compreenderam, para muitos.

O que desaparece é a Ilusão.

O que é ilusório?

A personalidade, o corpo, as emoções, o mental e o corpo causal.

Vocês não são nada disso.

Então, é claro, até agora, nós chamamos a sua Atenção, durante anos, sobre esse corpo, porque a alquimia da Ascensão, ela acontece nesse Templo.

Isso não é uma fuga, é um aquiescer à Luz.

É acolher, como na época, a Luz CRISTO, na Unidade e na Verdade, para que a alquimia se realize nesse corpo.

Porque, se vocês quiserem fugir desse corpo, é também o ego que quer fugir.

Mas assim que a integração da Luz está Realizada, ou em via de Realização, vocês são obrigados a dissolver mesmo o Templo que era esse corpo.

Já que, quando vocês se tornam Borboleta, vocês veem a Lagarta e vocês estão conscientes de que vocês não são esta Lagarta.

Mas enquanto vocês não são a Borboleta, vocês são persuadidos de que há apenas a Lagarta.

E a Lagarta, ela quer se empanturrar de Luz para permanecer Lagarta.

Mas isso não é possível.

Pergunta: pode ali haver transtorno se pararmos voluntariamente esses movimentos?

Cara amiga, se você para ou não, é sempre o ego que age.

A Luz cria um ajustamento.

É como quando você quer provar uma roupa muito apertada, por exemplo, uma calça apertada.

Você vai gingar as nádegas para poder colocar as nádegas dentro.

A Luz faz o mesmo.

Então, nem uma coisa nem outra.

Isso significa, simplesmente, que o ajustamento e o acesso ao Ilimitado não foram realizados.

Portanto, se você para ou se você deixa acontecer, isso não muda estritamente nada.

É apenas um apelo para ver que isso não está realizado, mas que está em via de realização.

Eu responderia, aí também: “fique tranquila”.

Não é você que decide.

Enquanto você acredita que você vai decidir parar o movimento ou produzir o movimento, isso é uma ilusão.

É preciso chamar a atenção para a miragem, também.

Qual é a miragem?

É o que corresponde, palavra por palavra, ao que CRISTO disse a São João, ou seja, a SRI AUROBINDO: “haverá muitos chamados e poucos eleitos”.

O que é um chamado?

É alguém que recebe a Luz e ele fica tão seduzido pela Luz que se esquece de que ele é Luz.

Então, a Luz permanece no nível do Astral, ou seja, do emocional, ou até mesmo do mental.

E há seres que vão contemplar, eu diria, esta Luz e eles vão ser seduzidos pela Luz, sem poder, na totalidade, tornar-se esta Luz.

E, naquele momento, eles vão lhes descrever os mecanismos da Transcendência do Si.

Eles vão lhes descrever processos de acesso ao Si, mas eles os descrevem tão bem, com palavras, que eles saem da própria experiência e eles não são mais o Ilimitado.

Porque, quando vocês são o Ilimitado, vocês são ao mesmo tempo esse corpo ilusório, vocês são todos os outros corpos ilusórios, vocês são todas as Dimensões ilusórias, elas também, porque, em última análise, vocês são o Absoluto.

Por exemplo, na Dimensão em que estou com meus amigos Melquizedeques, naturalmente que eu tenho uma forma parecida com aquela que eu tive na encarnação, mas mais jovem, hein, é claro.

Eu rejuvenesci, como, aliás, todos os meus amigos.

Mas além desta forma que nós temos mantido, agora, nós somos também o Absoluto.

Obviamente, o mental não pode compreender, porque ele diz: “se eu sou esta forma, eu não posso ser uma outra forma”.

Mas, no Absoluto, não há mais mental: vocês são todas as formas já que vocês estão além da forma.

Vocês contêm todas as formas.

Então, é claro, com a educação judaico-cristã, é muito difícil, porque vocês têm que sentir culpados, há um Salvador exterior, há a noção de pecado e, também, há esta noção de humildade.

Mas, naturalmente que quando vocês estão na humildade, a mais total, da personalidade, o que acontece?

Vocês se tornam o Absoluto nos outros Planos.

Mas vocês são, também, o Absoluto nesta personalidade limitada.

É por isso que CRISTO dizia: “há outros que virão depois de mim e que farão coisas ainda maiores”.

Mas o CRISTO também disse: “haverá muitos que virão em meu nome e que farão prodígios em meu nome”.

Mas a Luz, ela não tem necessidade de reivindicar, já que ela é este Absoluto.

Ela não quer fazer prodígios.

O prodígio é o Absoluto, não é o milagre exterior ou projetado neste mundo.

Pergunta: podemos ainda ter a sensação de estar amarrado pelos tornozelos?

Sim, é claro.

Mesmo se os laços tenham sido removidos, há alguns, entre vocês, que serão os últimos.

Portanto, imperativamente, por uma razão ou outra (particularmente no Serviço à Luz), vocês não podem aceder ao Estado de Ser.

A Deslocalização é-lhes proibida.

Ela não está proibida por punição, ela não está proibida porque vocês não estão amadurecidos.

Ela está proibida, para alguns de vocês, porque estes devem continuar até o final.

Então, vocês veem, não há que ter qualquer culpa.

Simplesmente, se vocês começam a viver a Deslocalização, não se coloquem a questão do porque vocês a vivem.

Mas, a Deslocalização, tal como lhes foi apresentada, é exatamente isso.

Vocês tomam consciência de que vocês não são esse corpo, em Verdade.

Vocês sabem, é uma coisa dizer: “este mundo é uma ilusão”.

É outra coisa vivê-lo.

Pergunta: qual a diferença entre a Merkabah e a Merkamah?

Então, aí, caro amigo, há muitas coisas que foram escritas, há muitas coisas que foram ditas.

Se você não faz a experiência, você permanece e permanece eternamente na Crença.

Será que você viu a Merkabah?

Não, então isso é uma Crença, é algo que você leu e que o seu mental aceitou como verdadeiro.

Você não pode viver o Ser, o Si, enquanto houver a menor Crença.

Toda Crença é um distanciamento do Si.

Toda Crença o afasta do Absoluto, ela o fortalece na limitação.

Enquanto você crê na Ascensão, você não a vive.

E mesmo eu, eu poderia dizer a mesma coisa: tudo o que eu digo, se você o toma em uma compreensão intelectual, sem a Vibração, você fica e permanece eternamente na Crença.

Dito de outra forma, não é porque você acredita na Ascensão que você vai viver a Ascensão.

Não é porque você acredita no Absoluto quer você vai viver o Absoluto.

É preciso se desembaraçar de tudo o que vocês creem, é a única maneira de viver.

A Merkabah é simplesmente um veículo Interdimensional que está ligado ao que vocês chamam de 13º Corpo, que foi denominado a Fonte de Cristal, algo como o que foi chamado, entre os Tibetanos, de Vajra.

É o que faz a ponte e a conexão entre o Ilimitado e o limitado.

Então, agora, há seres que vão lhes descrever a estrutura da Merkabah.

Para que serve isso?

A nada, a estritamente nada.

As palavras são iscas que os afastam do Si e isso será cada vez mais verdadeiro.

A palavra Markamah é uma invenção.

Viva o que você tem para viver e você irá compreender por si mesmo, porque onde você quer me levar é em um processo que é uma projeção de consciência, um julgamento de valor sobre o bem, o mal, a verdade ou o que é falso.

Como disse o Arcanjo ANAEL, há anos, a verdade é ou absoluta, ou relativa.

Você está em uma verdade relativa enquanto você não vive o Absoluto.

Mas nenhuma verdade relativa o fará viver o Absoluto.

Você pode ler todas as escrituras sagradas, quaisquer que sejam, da Índia ou de outros lugares, você pode conhecê-las perfeitamente, você pode compreender a lógica dos mundos, mas você não será o Si.

O conhecimento espiritual é uma armadilha.

Isso não existe, aliás.

No Si não há qualquer conhecimento, há a experiência.

Eu não vou lhes falar de novo da dialética entre a ignorância e o conhecimento.

Eu não vou lhes falar de tudo isso, mas compreendam bem (apreendam-se, mais do que compreender) que tudo o que você projeta no exterior de si (mesmo através de uma leitura, mesmo através de uma imagem, ou qualquer que seja a compreensão) afasta você do Si.

Eu o remeto, para isso, a tudo o que pôde dizer o Arcanjo JOFIEL, antes das Núpcias Celestes.

Agora, enquanto você lê, enquanto você faz sua uma verdade outra que a Verdade do Absoluto (que é seu Ser, sua Essência), você está na ilusão.

É tão simples assim.

Você não pode pretender alcançar o Absoluto por qualquer leitura que seja.

Você não pode alcançar o Absoluto, mesmo me escutando durante milhares de anos.

É preciso aceitar se Abandonar à Luz.

Ora, toda vontade de compreensão é tudo, exceto o Abandono à Luz.

A Luz, ela é onipresente.

O Si, como dizem nossos Irmãos orientais, está aí, desde toda Eternidade.

Pergunta: a que corresponde o fato de sentir um intenso calor, uma secura da garganta depois do alinhamento de quinta-feira, das Radiâncias Arcangélicas e do Manto Azul (ndr: coluna “protocolos a praticar” ?

É a Grelha Planetária, isso dá sede.

É a Grelha planetária individual que começou, efetivamente.

Que isso seja o despertar da Kundalini, que isso seja a irradiação da Luz, porque isso é uma irradiação, que isso seja durante as Radiâncias Arcangélicas, que isso seja durante o Manto Azul da Graça, que isso seja durante os seus Alinhamentos, durante as suas meditações, à noite.

Todos esses processos energéticos são a Transmutação total da matéria: seu desaparecimento, se vocês preferirem, deste Plano, para aparecer em outro Plano, em uma outra constituição.

É um processo Vibratório, mas, também, energético, que consome oxigênio e água.

Portanto, isso pode dar-lhes a sensação de estar desidratado, de ter a garganta (que é um local de Passagem, como isso ficou conhecido no ano passado, pelo Arcanjo URIEL: a Reversão da Garganta) que pode ressecar-se.

São os inconvenientes (modestos, às vezes mais violentos, aliás) deste ajustamento Vibratório de uma Dimensão a outra.

São as primícias da Deslocalização.

Pergunta: o que é preciso fazer para acompanhar isso?

Especialmente, nada fazer, Ser.

Então, é preciso beber água e absorver minerais.

Vocês têm muitos minerais que são consumidos.

Observem também que quanto mais vocês comem, mais ficam pesados.

Isso me parece lógico.

Portanto, há circunstâncias desta ilusão que são mais propícias para viver essa Grelha Planetária individual, principalmente as noites em que vocês têm, se vocês as seguem, as Radiâncias Arcangélicas e as descidas do Manto Azul da Graça.

Naquela noite, por exemplo, não comam, mas bebam muito.

Mas é nesses momentos que é preciso estar na melhor disposição.

É preciso que esse corpo ilusório esteja na melhor disposição para se deixar grelhar pela Luz.

Então, em geral, como fazemos para grelhar?

Colocamos óleo.

Bom, aí, vocês não irão colocar óleo, é claro, mas vocês irão tomar uma ducha, irão se perfumar, vocês irão revestir seu corpo com leite (biológico, é claro).

Vocês irão beber água.

Eventualmente, se vocês tiverem a impressão de estar muito em outro lugar [ou de pensar muito em outra coisa], tomem minerais.

Mas se vocês comerem dois quilos de carne antes de uma Radiância Arcangélica, eu não estou certo de que vocês irão senti-la.

Então, isso são as Núpcias, esta etapa última final das Núpcias de Luz e se vive essas Núpcias da mesma maneira que quando vocês vão à boda se casar.

Vocês não irão, se vocês são homens, sem se barbear ou usando uma gravata torta ou colocando uma roupa manchada, não é?

Para a Luz, é exatamente a mesma coisa.

É preciso preparar-se, enquanto sabendo que a preparação da ilusão é uma ilusão.

Mas, ainda uma vez, quais são as Vibrações que vocês portam no momento em que vocês Comungam?

Vocês notaram, talvez, muitos de vocês, uma maior sensibilidade de alguns sentidos.

Para alguns, isso vai ser a audição.

Os barulhos são intoleráveis.

Para outros, isso vai ser os odores, alguns odores parecem intoleráveis.

Naturalmente que isso pertence à ilusão, mas porque talvez a alma e o Espírito peçam, em vocês, uma preparação específica, para cercarem-se de boas fragrâncias, para não comerem carne, para não ver tevê.

Ver, por exemplo, vinte e quatro horas antes de uma Radiância Arcangélica é, quando mesmo, excepcional, não é?

Alguns terão necessidade de elevar as Vibrações (mesmo se forem as Vibrações da ilusão) com uma chama, com incenso.

Mas o mais importante é a preparação do corpo.

Mais uma vez, quando um ser humano se casa, uma mulher, ela vai se vestir, conforme as culturas, de diferentes maneiras, mas ela não se veste como habitualmente.

Há algo de diferente nesse dia.

Vocês não irão às suas Núpcias de Luz como quando vocês se levantam de manhã para ir trabalhar ou para fazer alguma coisa.

Isso faz parte, eu diria, do culto da Beleza, mesmo se isso é uma ilusão.

Esta Beleza coloca-os em uma predisposição para viver algo de diferente.

Então, é claro, chegará um estágio, quando vocês tiverem acesso ao Absoluto, em que isso irá se tornar totalmente relativo, e mesmo risível.

Pergunta: é possível que a Lagarta não seja informada de sua transformação em Borboleta?

Isso, isso foi desenvolvido muitíssimas vezes.

Há, até o último minuto, pessoas que irão negar.

Isso se chama a negação.

Há pessoas que estão prestes a morrer e que querem ir trabalhar ou que pensam ainda em coisas a fazer.

É exatamente o mesmo processo.

Apesar da Luz.

E lembrem-se de que a Luz, para aqueles que são Lagarta, é o inferno.

Por quê?

Porque a Luz, ela vem deter a Lagarta.

Ela vem criar um processo em que se produz o casulo: é a estase.

Então, alguns entre vocês vivenciaram esta estase, já: aqueles que têm a oportunidade de ser ao mesmo tempo Lagarta e Borboleta.

Para aqueles, não haverá, no momento oportuno, qualquer dificuldade para deixar a ilusão, ou seja, a Lagarta.

Mas aqueles que são Lagarta e que permanecem Lagarta e que não querem ser Borboleta, o que fazemos?

É a escolha deles.

É a Liberdade absoluta de cada Consciência.

Lembrem-se, como foi dito em uma pergunta: todo mundo não vai ao mesmo lugar.

Por que vocês iriam querer que o seu cônjuge, os seus filhos, os seus pais os seguissem aí aonde vocês vão?

Onde está a Liberdade, aí?

Isso é simplesmente o que chamamos de apegos.

Então, é claro, a Lagarta, ela tem necessidade de apegos.

Mas vocês não podem ser Borboleta e ter apegos, ao que quer que seja.

Obviamente, enquanto você não vivenciou a Borboleta, você não pode saber onde você está.

É a Lagarta que crê que esse processo se desenrola em algumas etapas.

No passado, houve etapas, nós lhes falamos durante a revelação das Chaves Metatrônicas, durante a constituição dos Novos Corpos.

Tudo isso deve ser esquecido, finalmente esquecido, superado, porque vocês estão em uma etapa última final.

E é o ego que crê, que se coloca a questão de saber em qual etapa ele está.

A única maneira de ali responder é tornar-se Borboleta.

É o ego que crê que ele está em tal etapa ou em tal outra etapa, que ele integrou tal etapa e não tal outra etapa.

Mas quando a Lagarta se torna Borboleta, ela ri dela mesma.

Evidentemente, enquanto você é Lagarta, você ri amarelo.

Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.

Caros amigos, eu transmito todas as minhas bênçãos a vocês.

Eu lhes desejo uma ótima Deslocalização.

Não se esqueçam do que vocês são: a Luz e nada mais.

Até muito em breve e obrigado.

Mensagem do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1349
18 de fevereiro de 2012 (Publicado em 19 de fevereiro de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com

Uma Síntese do Livro de Urantia



[por J. Frederico Abbott Galvão Jr.]

Introdução

Desde 1955 vem sendo editado nos Estados Unidos "O Livro de Urântia", uma revelação divina de 2100 páginas, apresentada por 24 personalidades celestiais.

Esse belíssimo Livro descreve a Divindade e a evolução de toda a Criação, desde a Ilha do Paraíso e os mundos perfeitos de Havona até além dos 7 superuniversos do tempo-espaço, cada um deles com 100 mil universos locais.

No sétimo superuniverso (Orvônton, uma elipse com 500 mil anos-luz de diâmetro maior) encontra-se o nosso universo de Nébadon, governado por Cristo Micael (Filho Criador Maior Micael de Nébadon) e pela Ministra Divina de Sálvington, Filha do Espírito Infinito, com o auxílio de seu primogênito Gabriel.
As 700 páginas finais do Livro relatam a vida de Jesus entre nós, a religião viva, que pretendemos sintetizar posteriormente.

Os 196 documentos que compoem a revelação foram transmitidos, "por métodos autorizados superiormente", a um grupo de 70 cidadãos de diversas profissões em Chicago, Illinois.
A compilação das transmissões, feita aos domingos e em sigilo, entre as décadas de 1920 e 1950, foi coordenada pelo Dr. William Samuel Sadler, por muitos considerado o pai da psiquiatria norte-americana.

Constituída em 1950 para divulgar esta Quinta Revelação de Época, a Fundação Urântia já produziu 600 mil cópias e tem ultimamente vendido a obra a um ritmo de 30 mil exemplares por ano.
Os editores pretendem, com o tempo, tornar a revelação acessível a todos os povos da Terra.
Além da original em inglês já existem edições em coreano, espanhol, finlandês, francês, holandês e russo, que podem ser obtidas pela internet (www.urantia.com) ao preço de US$ 34.00.
Estão adiantadas mais cinco traduções e outras nove iniciadas. Um brasileiro fez em São Paulo a tradução para o português, que já está disponível em CD-ROM por US$ 14.95 e deverá ser publicada como livro em 2005 (edição impressa já a venda no Brasil).



É política da Fundação Urântia evitar a publicidade aberta, para deixar que o Livro lance raízes progressivamente.
Isso porque as verdades nele contidas são válidas para os próximos milênios, não apenas para a nossa geração; e também porque a complexidade de seu conteúdo, no qual se descreve apenas a parte da Criação que nos concerne, está no limite de nossas possibilidades de compreensão.
Assim se explica o fato de informações tão essenciais não estarem ainda incorporadas às nossas ciências, filosofias e religiões.
Deus não tem pressa, pois o tempo inexiste no Paraíso e a eternidade dita o compasso de Suas ações.
Depois de conhecê-Lo nessa revelação, cada leitor utilizará seu livre-arbítrio para praticar individualmente a religião verdadeira, independente dos rituais, dogmas e dissensões das crenças evolutivas atuais.


Em relação à fé, convém registrar que para a salvação da alma não basta uma convicção lógica, é necessária a sua prática na vida diária, amando-se a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo; por um lado buscando a perfeição, como convida o Pai e por outro tendo paciência, como recomendou Jesus.
O propósito desta síntese espontânea, após duas leituras, é motivar os leitores a conhecerem no Livro a grandeza da Criação, o seu futuro espiritual, o verdadeiro passado da humanidade e a mensagem completa de Jesus.


A Teologia

O livre-arbítrio divino se manifesta no plano-mestre da Criação e na realidade que nos circunda.
Mas Deus opera de tal forma que nenhuma personalidade celestial pode interferir no livre-arbítrio de cada um de nós, seja qual for o ato que pretendamos praticar. Quando tomamos uma decisão acertada, o Anjo Guardião do Destino tenta proporcionar-nos condições, no plano social, para sua concretização.
O Monitor do Pensamento, por sua vez, a cada noite elabora um curso de ação ideal que nem sempre percorremos no dia seguinte: ele é o espírito dentro de nós, que também atua em nossos sonhos, muitas vezes distorcidos pelo cérebro.
Em contrapartida à liberdade nesta vida temos dois deveres principais: cumprir as obrigações terrenas de nosso tempo e lugar e construir o destino de nossas almas. Mesmo nas vidas adiante nos é sempre dada a escolha de prosseguir no caminho da perfeição ou desistir.

O Pai Eterno Mais Que Espírito é a Primeira Fonte e Centro de todas as coisas.
Vive na Ilha do Paraíso, a única massa imóvel da Criação, de onde dirige todos os acontecimentos, com o Filho Eterno e o Espírito Infinito.
De lá não pode Ele ausentar devido ao equilíbrio que irradia para todos os universos com suas energias mais que pessoais, não compartilhadas nem com o Filho.
Ao atuar como Supremo, Sétuplo, Último ou Absoluto no tempo-espaço, o Pai evolui à medida que estende sua presença, quer no mundo físico em estabilização crescente, quer na proporção da sintonia das criaturas com o seu pensamento, à medida que os planetas, sistemas planetários, constelações e universos atingem cada um dos quatro estágios de Luz e Vida.
Estes são como o céu na terra: seres humanos se comportando de forma cada vez mais espiritual.

O Criador está em contato com todos nós humanos pelo seu Circuito de Personalidade e presente junto a cada um pelo Monitor do Pensamento, um fragmento pré-pessoal d’Ele mesmo ao lado de nossa mente material, que com ela constrói a alma moroncial durante esta primeira vida e com a qual depois se fusiona e se aperfeiçoa ao longo de 670 vidas posteriores a caminho do Paraíso.
Após morrer aqui, evoluímos do primeiro nível moroncial (anímico) até o sexto nível espiritual, em corpo progressivamente mais avançado.
Desde que Jesus enviou o Espírito da Verdade em Pentecostes, todos os urantianos de mente normal recebem um Monitor Divino por volta dos seis anos de idade.
Mesmo as crianças que morrem antes dessa idade, quando têm potencial de sobrevivência, são levadas para uma creche nos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma, onde esperam o pai e (ou) a mãe sobreviventes.
O Filho Eterno, por seu turno, contata-nos pelo Circuito Espiritual e o Espírito Infinito, pelo Circuito de Mente, sempre com o auxílio do Espírito da Verdade.
O Pai é amor, o Filho, misericórdia e o Espírito Infinito, ação.


Para possibilitar-nos o entendimento de tal complexidade, inacessível de outra forma, os autores explicam que graças ao Filho Eterno, seu Verbo, o Pai superou as limitações de sua infinidade em eras tão remotas da eternidade que ainda não havia registros escritos na Ilha do Paraíso (uma pré-história, como a nossa).
Em certo momento posterior o Pai e o Filho, em pensamento conjunto, criaram o Espírito Infinito e estabeleceram a Trindade Suprema.
Nessa era começaram os registros escritos e surgiu, em volta do Paraíso, o bilhão de mundos perfeitos de Havona governados pelos Eternos dos Dias, cada um dos quais com um estilo individual de perfeição.
Foi nesses mundos perfeitos que Cristo, filho paradisíaco da primeira ordem (Micael) de criadores de universos, nº 611.121, completou sua capacitação para dirigir Nébadon, na qualidade de Filho Criador Menor.


O Tempo-Espaço

A partir do Universo Perfeito Paraíso-Havona a Trindade Suprema começou a criar os 7 superuniversos do tempo-espaço, que descrevem majestosas elipses concêntricas em torno da Ilha Central, no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio.
Os setores maiores dos superuniversos orbitam ao redor das 7 capitais superuniversais; os setores menores giram em volta da sede de seu respectivo setor maior; e os universos locais gravitam em torno da capital de seu setor menor, harmoniosamente.
As constelações, os sistemas planetários e os sistemas solares dos universos locais seguem o mesmo padrão.
Neles o aperfeiçoamento dos seres materiais ascendentes como nós é um fenômeno lentamente progressivo.
Até agora nenhum dos superuniversos atingiu a Era de Luz e Vida em todos os seus universos locais, constelações, sistemas planetários e planetas, como estão destinados ao cabo de sua evolução.
Enquanto isso a Criação avança ainda mais longe, nos três círculos do espaço exterior.
Embora desabitados, tais círculos revelam a presença de "uma incrível ação energética que aumenta em volume e intensidade por mais de 25 milhões de anos-luz". No espaço exterior estariam os domínios do Deus "Absoluto Não-Qualificado".


A gênese da matéria ocorre quando seres paradisíacos (os Organizadores da Força Decanos) induzem uma complexa alteração das freqüências de diferentes energias e forças em conjunto, em dado lugar do espaço, originando os gases primordiais.
O tempo, por sua vez, passa a existir quando a matéria assim criada por eles é posta em movimento.
Desta maneira se cria o tempo-espaço.
Os sóis depois formados se cercam de planetas e luas, em alguns dos quais as condições físicas pouco a pouco tornam possível a implantação do plasma vital do Pai por outras personalidades celestiais, os Portadores de Vida.
Adiante dos três círculos do espaço exterior os autores acreditam que talvez haja uma criação adicional nem a eles revelada, "um universo possível, de infinidade em constante expansão".
Isso, porém, não nos diz respeito ainda, nesta fase intermediária de evolução para uma distante era de Luz e Vida. Estamos bem longe de espirituais, em comportamento individual e coletivo.
Além disso, é oportuno registrar: os planetas em nosso estágio de amadurecimento normalmente conhecem o macro-cosmo apenas até o nível de sua constelação.


O Universo Local de Nébadon

Vejamos então como se formou o nosso universo local; como iniciou e evoluiu a vida na Terra (há 550 milhões de anos), com seres unicelulares em solução salina, até o aparecimento do primeiro casal humano ascendente (faz 1 milhão de anos); como foi a Cidade Planetária na Mesopotâmia (500 mil anos atrás); como se deu a rebelião de Lúcifer e Satã (há 200 mil anos); como foi o malogro, aqui, da Cidade Planetária e do Jardim do Éden (no Oriente do Mediterrâneo, há 40 mil anos), os dois núcleos condutores do progresso em todos os planetas normais.
Também pretendemos sintetizar, em texto à parte, como foi a encarnação de Jesus neste planeta, no qual ele completou os sete auto-outorgamentos em diferentes ordens de suas criaturas, antes de governar seu reino como Filho Criador Maior.


"Um Filho Criador Menor passa a estruturar e povoar seu universo depois que os Organizadores da Força Decanos do Paraíso efetuam as manipulações iniciais da força espacial e das energias primordiais", provocando uma grande explosão - assim se confirma a teoria cosmológica do "Big Bang" como um fenômeno local genialmente descoberto por nossos cientistas.
No caso de Nébadon tal gênese começou há 875 bilhões de anos terrestres, após a seleção de "um setor do espaço onde as condições eram favoráveis".
75 bilhões de anos mais tarde, quando as energias emergentes reagiam diante da gravidade local e linear, começou o trabalho dos Diretores do Poder e dos Controladores Físicos Decanos nascidos em nosso superuniverso de Orvônton, que mobilizaram aquelas energias para criar sóis e esferas materiais habitáveis com base nos gases ancestrais.
Eles também produziram "o vasto complexo de linhas de comunicação, circuitos de energia e canais de força que ligam firmemente os múltiplos corpos espaciais do universo local em uma unidade administrativa integrada".
O primeiro sol de Nébadon surgiu há 500 bilhões de anos – o nosso existe há 5 bilhões de anos, no centro do sistema solar de Monmátia.


Há 400 bilhões de anos o então Filho Criador Menor que viria a ser Jesus de Nazaré escolheu a Nebulosa de Andronover para formar seu universo e quase de imediato foi iniciada a construção da esfera arquitetônica da capital Sálvington e seus satélites, bem como dos 100 grupos de mundos que formariam as capitais das constelações.
Esse trabalho levou cerca de um milhão de anos.
Todas as capitais de superuniversos, universos, constelações e sistemas planetários são construídas como obras de engenharia cósmica divina, devido à instabilidade inerente ao magma dos planetas geológicos.
Por sua vez as capitais dos futuros 10 mil sistemas planetários de Nébadon (compostos de sistemas solares como Monmátia) foram sendo construídas à medida que eles se definiam como tais, completando-se há 5 bilhões de anos.


Cada universo local tem 100 constelações (a nossa é Norlatiadeque, capital Edêntia), compostas por 100 sistemas planetários – o nosso é Satânia, capital Jerusém.
Cada sistema planetário é integrado por cerca de 1000 mundos habitados – Urântia é o planeta nº 606, dos 619 já habitados de Satânia.
Cada universo é assim projetado para ter 10 milhões de esferas habitadas – cabe registrar que havia 3.840.101 delas em Nébadon quando Jesus nasceu em Belém.
No tempo-espaço, então, em que cada um dos sete superuniversos terá 100 mil universos locais, divididos em Setores Maiores como o nosso Esplandon e Menores como Ensa, ao final haverá 7 trilhões (!) de mundos habitados.
A singularidade da Terra nessa miríade é o fato de ter sido escolhida por Cristo para a sétima efusão dentre suas criaturas: uma vez que cada Filho Criador se outorga como humano em apenas um planeta, tornamo-nos especiais entre os 10 milhões de futuros mundos nebadonianos e sabemos que o nosso Micael governa todos os outros humanos com base no que observou e sentiu aqui.

Os Seres Materiais: Ascendentes e Descendentes

Nos planetas geológicos existem três categorias de seres materiais ascendentes: os que têm um cérebro - como aqueles que não respiram, em planetas sem atmosfera; os que têm dois cérebros - como nós, que entretanto os chamamos de hemisférios; e os que têm três cérebros - mais inteligentes e espirituais na primeira vida, além de terem melhor percepção sensorial.
Os unicerebrados, por limitações em seu metabolismo, não se podem fusionar com um Monitor Divino e seguir o caminho do Paraíso.
Seus sobreviventes, ao se imortalizarem, seguem carreiras de serviço no universo de origem, assim como aqueles de nós que, não entendendo o Filho, fusionam-se com um fragmento pré-pessoal do Espírito Infinito: sua carreira alcança até Sálvington e lhes dá um alto grau de especialização em assuntos locais.
Quando a alma de um de nós, por não entender o Pai, se fusiona com um fragmento pré-pessoal do Filho Eterno, prossegue até a capital do superuniverso de Orvônton e em sua jurisdição permanece.
Ambos atingem a perfeição nesses dois níveis e passam a integrar a população permanente das respectivas capitais em relevantes funções.
Porém quando entendemos a Trindade e logramos a fusão com o Monitor Divino, a meio-caminho do Paraíso compensamos a diferença que nos separava dos tricerebrados e seguimos a carreira completa até o Pai em rigorosa igualdade de condições com eles. "Deus ama cada um dos seus filhos da mesma maneira".

Adão e Eva, por sua vez, são filhos materiais (da raça violeta) descendentes de Micael, que vieram como elevadores biológicos das raças aqui evoluídas de Andon e Fonta, o primeiro casal humano evolutivo de Urântia.
Nos planetas normais um casal imortal, como Adão e Eva teriam sido caso não houvessem caído em falta, detém o governo material até o terceiro nível de Luz e Vida, ao lado de um Príncipe Planetário invisível para os humanos, que dirige o governo espiritual.
Vemos aqui que os evolucionistas e criacionistas diligentemente combateram por duas verdades conhecidas parcialmente: nós somos frutos da evolução de seres unicelulares, depois vegetais, animais, primatas e humanos, mais tarde ligeiramente aperfeiçoados pelo sangue adâmico.
Devido à falta cometida por Eva, que em seguida teve a solidariedade de Adão, o processo de melhoramento biológico se alterou tão drasticamente que nenhum grupo ou indivíduo contemporâneo, mesmo entre os nórdicos, tem mais de 10% de herança genética desse belo e bravo casal.
Foi muito heróica sua epopéia no segundo jardim, com apenas um quarto dos 1.647 filhos, netos, bisnetos e trinetos puros, nascidos nos 117 anos do Jardim do Éden, mais os descendentes de Caim, de Sansa e de 1.570 filhos de Adão com mulheres selecionadas das tribos vizinhas.




Os Seres Espirituais de Nébadon

"Há 300 bilhões de anos a nebulosa de Andronover obteve, do Governo de Uversa em Orvônton, reconhecimento físico como universo para habitação e ascensão mortal progressiva, recebendo o nome de Nébadon".
Nessa época a equipe de Micael se instalou em Sálvington, enquanto prosseguia o amadurecimento astrofísico de seu reino, inercial ou induzido, conforme o caso. Depois de instalado na capital, no exato centro da massa-energia de seu universo, o Filho Criador não pode deixar seu mundo-sede até que se estabilize a gravidade de seus domínios, equilibrando-se os distintos circuitos e sistemas pela atração material mútua, de acordo com o trabalho dos Diretores do Poder e dos Controladores Físicos Decanos do superuniverso.
Atingida a estabilidade, Micael e o Espírito Materno que até então o acompanhava em estado pré-pessoal (sem personalidade plena) projetaram e submeteram à aprovação superior o seu plano de criação da vida, dentre as opções oferecidas pelo Pai.
Sua primeira ação criadora conjunta resultou na Brilhante Estrela Matutina, Gabriel de Sálvington, primogênito e Chefe Executivo de Nébadon, "em tudo assemelhado ao seu Pai em caráter, porém limitado nos atributos de divindade".


"Começou então a chegar à existência um vasto grupo de criaturas espirituais diversas".
Em seguida à Brilhante Estrela Matutina foi gerado o Pai Melquisedeque original, que em enlace com o Filho Criador e o Espírito Materno, seus pais, deu origem à ordem dos Filhos Melquisedeques, com mais de 10 milhões de integrantes.
Na ausência de Gabriel o Pai Melquisedeque atua como chefe executivo de Nébadon.
Os filhos desta ordem, por seu turno, operam como assessores de Gabriel ou instrutores dos humanos e anjos.

A ordem seguinte é a dos Vorondadeques, filhos de Micael e da Ministra Divina, com l milhão de membros.
Servem como Embaixadores perante outros universos ou como cônsules representantes de constelações dentro de seu universo de origem. São conhecidos como Pais das Constelações, porque três deles estão sempre à frente do Governo de cada uma das 100 constelações de um universo local.

A terceira ordem de filiação é a dos Lanonandeques, igualmente gerada por Micael e pelo Espírito Materno.
São mais de 12 milhões.
Atuam principalmente como Soberanos dos Sistemas ou Príncipes Planetários. Concebidos para estarem próximos dos humanos, eles são mais sujeitos a erro e por isso se envolveram em três rebeliões em Nébadon, das quais a terceira e mais extensa foi a de Lúcifer e Satã, há cerca de 200 mil anos.

Os Portadores de Vida, com 100 milhões de integrantes, são uma ordem especial, gerada pelo Filho Criador e a Ministra Divina de Sálvington em enlace com um Ancião dos Dias de Orvônton.
Eles planejam e desenvolvem as formas de vida que levarão para as esferas geológicas, de acordo com os planos do Filho Criador.
Também lhes cabe a supervisão, com os Controladores Físicos, do desenvolvimento das três formas básicas de vida, que produzem os três tipos humanos mencionados anteriormente.
Ao surgir o primeiro ser volitivo com poder de decisão moral cessa o seu trabalho e começa o dos Sete Espíritos Auxiliares da Mente (mais circuitos do que personalidades), que desenvolvem nos humanos as seguintes qualidades: intuição, compreensão, coragem, conhecimento, conselho, adoração e sabedoria.


Os Ajudantes Universais de Nébadon são:


* A Brilhante Estrela Matutina (Gabriel de Sálvington);

* As Estrelas Vespertinas;

* Os Arcanjos;

* Os Assistentes Altíssimos;

* Os Altos Comissários;

* Os Supervisores Celestiais; e

* Os Mestres dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma.


Os Serafins, Querubins e Sanobins são os espíritos de Nébadon que ministram para os seres humanos, equivalentes aos Supernafins do Universo Central e aos Seconafins dos superuniversos.
Os Serafins são criados pelo Espírito Materno, atuam tanto em nível espiritual quanto material, estando estreitamente ligados às criaturas materiais em todas as fases de sua evolução.
Os Querubins e Sanobins são positivos (os primeiros) ou negativos em energia, cumprindo em enlace as suas funções de auxiliares dos Serafins nas esferas geológicas ou de instrutores nos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma.


Os artistas e artesãos celestiais são personalidades espirituais e semi-espirituais que se ocupam do embelezamento e operacionalização moroncial e espiritual do tempo-espaço. Trabalham nas sedes dos superuniversos, dos universos locais, das constelações e dos sistemas planetários, bem como nos planetas já estabelecidos em Luz e Vida.
São eles os músicos e artistas celestiais, os construtores divinos, os registradores do pensamento, os manipuladores da energia (que abrangem os conselheiros de transporte, os especialistas em comunicações e os mestres do descanso moroncial e espiritual), mais os embelezadores das percepções e sentimentos, e finalmente os trabalhadores da harmonia.


A Ascensão das Almas

Vamos contemplar agora o esquema de ascensão das almas, que em sua evolução desfrutam das habilidades especiais dos artistas e artesãos acima em seu dia-a-dia e nos momentos de espairecimento e recreação, ou com eles trabalham por períodos de sua carreira ascensional.

Depois da morte física de um ser humano em seu planeta de origem, o Monitor Divino normalmente segue para Divínington (a esfera dos Monitores, em órbita do Paraíso) e lá espera, cumprindo outras missões, o momento da ressurreição da alma que ajudou a construir.
Por sua vez o Anjo Guardião do Destino (individual ou de grupo) toma aquela alma sob sua responsabilidade até a dispensação dela - elevação milenar de época, ou especial, a qualquer tempo, por motivos afetivos.
Todas as almas com potencial de imortalidade ou necessidade de julgamento são, mais cedo ou mais tarde, levadas para as salas de ressurreição do Templo de Montagem da Personalidade, no primeiro dos 7 Mundos de Aperfeiçoamento Inicial.
Estes são satélites do Mundo número 1 em órbita de Jerusém, capital do nosso sistema planetário de Satânia.

Ao ser feita a chamada de um nome em cada sala de ressurreição, apresenta-se o Monitor Divino correspondente, detentor da memória e da mente de espírito daquele mortal, juntamente com o Anjo Guardião de sua alma.
Os Portadores da Vida e os Supervisores do Poder Moroncial constroem para aquela alma um corpo semelhante ao dos anjos e indicador de suas características de personalidade.
Se o Monitor do Pensamento não atende à chamada, normalmente o corpo não é feito e aquela alma se perde. O seu Guardião do Destino comparece então a um tribunal para provar que não teve culpa pela perda.
Ocorrem casos em que o Monitor Divino abandona um ser humano ainda durante sua vida, convencido da impossibilidade de sua sobrevivência, por indolência ou maldade, por exemplo.
No primeiro caso a alma nem é levada do planeta de origem: é um caso perdido, pelo desperdício do potencial que o Monitor havia reconhecido neste humano em sua infância, no momento em que o escolheu para a missão de elevá-lo à vida eterna.
No segundo caso a alma é levada a julgamento, em processo não descrito no Livro, mas que pode chegar à desintegração (pena de morte eterna).

Porém quando o Monitor responde à chamada, a alma em questão desperta exatamente como estava no momento da morte material.
Se estiver desgastada pela senilidade, por exemplo, receberá primeiro um tratamento que a elevará de volta aos seus momentos de maior lucidez.
Neste primeiro mundo de correção de deficiências, no qual algumas belas almas apenas permanecem em trânsito para o segundo ou até para o terceiro, são tratados principalmente os problemas emocionais, familiares, sexuais e de caráter.
A capacitação se faz nas faculdades do pensamento, do sentimento e da ação.
Todos aqueles que nesta vida não foram pais ou mães de pelo menos 3 filhos, até a puberdade, deverão adquirir essa experiência nas creches dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial ou mais tarde, junto às famílias dos filhos materiais de Jerusém - o povo de Adão e Eva.
Durante a vida moroncial se compensam igualitariamente todas as diferenças de meio-ambiente, de formação e de oportunidades na vida material.
Mesmo sem cultura, uma boa alma tem a mesma chance da mais requintada.
Não importa o que ela fez na vida material, mas como fez, eticamente.

O Mundo de número 2 cuida sobretudo da eliminação de conflitos intelectuais e da cura de todas as desarmonias mentais.
Os ascendentes continuam, como no primeiro Mundo, formando grupos de interesse entre seus contemporâneos e se comunicando, ou visitando almas de sua afetividade nos outros Mundos de Aperfeiçoamento Inicial.
No terceiro Mundo os sobreviventes começam verdadeiramente sua cultura moroncial progressiva e alcançam um discernimento prático da metafísica da filosofia mota que todos devem estudar, juntamente com o idioma de Nébadon.
O quarto Mundo marca o início real da carreira moroncial ou anímica, passadas as fases de capacitação dos anteriores.
Todo ascendente deve seguir aqui cada fase da programação, salvo alguns poucos que seguem diretamente para a capital do Sistema e lá estudam os idiomas e a filosofia mota.
Apresenta-se "uma nova ordem social, baseada na compreensão e apreciação mútua do amor altruísta e do serviço recíproco, sob a forte motivação de se ter um destino comum e supremo – a meta paradisíaca de perfeição adoradora e divina".
Antes de deixar este mundo os ascendentes já dominam o idioma nebadonês, com seu alfabeto de 48 letras, aprendido como se estuda aqui.


O quinto Mundo equivale ao nível dos planetas estabelecidos na fase inicial de Luz e Vida.
Nele se começa a estudar a língua do superuniverso de Orvônton (que tem 70 letras), de modo a bem conhecer ambos idiomas antes da cidadania em Jerusém.
Tem início a consciência de uma cidadania cósmica, um ponto de vista universal, que resulta em sincero entusiasmo pela ascensão a Havona.
"O estudo passa a ser voluntário, o serviço altruísta se torna natural e a adoração, espontânea".

O sexto Mundo de Aperfeiçoamento marca o início da preparação para a futura carreira espiritual, que se desdobrará após a graduação na capacitação moroncial do universo local.
Também começa a instrução na técnica de administração universal.
A fusão com o Monitor Divino, potencialmente viável desde a vida material, "como identidade real e funcional de personalidade", geralmente ocorre neste mundo.
Ao se completar a fusão, uma cerimônia simples marca o ingresso na carreira eterna de serviço ao Paraíso.
Essa fusão pode, contudo, adiar-se às vezes até a chegada à capital do sistema, ou mesmo da constelação, quando a vida material é novamente estudada.
Porém depois dela não há mais dúvidas de que o ascendente prosseguirá até chegar ao Paraíso.

No sétimo Mundo desaparecem todas as diferenças que havia entre os procedentes de planetas normais em Luz e Vida e os originários de mundos isolados e retardados como o nosso.
Aqui se purgam, finalmente, todos os traços decorrentes de "um meio-ambiente insalubre e de tendências planetárias não-espirituais".
Começa um nova adoração, mais espiritual, do Pai Invisível.


A Cidadania em Jerusém

Os seres ascendentes ganham afinal a cidadania de Jerusém, capital do sistema de Satânia, de onde governa o Lanonandeque Lanaforge, Soberano do Sistema que substituiu Lúcifer.
Esfera arquitetônica como os mundos anteriores, ela também tem seu clima e iluminação controlados artificialmente.
Durante três quartos do dia é iluminada por igual em toda superfície, com claridade equivalente à de 10 horas da manhã em Urântia.
Nesse período a temperatura é de cerca de 20 graus centígrados.
Nas horas de repouso o brilho do céu é semelhante ao de uma noite de lua-cheia e a temperatura cai um pouco abaixo de 10 graus positivos.
A atmosfera se compõe de 3 gases básicos (um a mais do que a nossa), para permitir a respiração moroncial, sem contudo afetar a respiração material.
O planeta está belamente ornamentado por vegetação e animais evoluídos e úteis, belos e inofensivos, bem como provido de construções materiais, moronciais e espirituais.
Assim como já ocorria nos 7 Mundos de Aperfeiçoamento Inicial, o tempo dos residentes ascendentes se divide entre trabalho, estudo e repouso, mais a periódica recreação e excursões para espairecimento, instrução e convivência.

Em Jerusém o corpo docente Melquisedeque atesta a sabedoria moroncial dos ascendentes, o corpo examinador das Brilhantes Estrelas Vespertinas certifica seu discernimento espiritual e os 24 Conselheiros da capital do Sistema julgam seu progresso experiencial de socialização. Por fim os Filhos Materiais confirmam estar alcançada a personalidade mota. Se ainda verificar-se a impossibilidade de fusão com o Monitor do Pensamento nesse estágio, pode ocorrer a fusão com um fragmento pré-pessoal do Espírito Infinito ou prorrogar-se o prazo mais uma vez.
Atingido o nível satisfatório, todos os ascendentes se despedem de Jerusém e partem para seus estudos e trabalhos nos 70 Mundos de Capacitação de Edêntia, capital de nossa constelação de Norlatiadeque, esferas arquitetônicas ainda mais belas e avançadas.

A Cidadania em Edêntia

Essa temporada "será dedicada principalmente a dominar a ética de grupo, o segredo de uma inter-relação agradável e produtiva entre as distintas ordens universais e superuniversais de personalidades inteligentes".
Ao se graduarem no mundo nº 70 os mortais ascendentes se tornam residentes em Edêntia, de onde os Altíssimos Vorondadeques governam a constelação.
Estão agora justamente no meio de sua carreira entre o animal evolucionário e o espírito ascendente: "é um período de verdadeira e celestial felicidade para os progressores moronciais, uma das épocas mais bonitas e mais refrescantes da capacitação neste lado do Paraíso".
No caso dos que não hajam conseguido até aí a fusão com o Monitor Divino, pode ocorrer a fusão com um fragmento pré-pessoal do Filho Eterno e a continuação da carreira ascensional até a capital do superuniverso.
Quando novamente julgados aptos a prosseguir, partem todos em direção aos mundos de instrução de Sálvington, capital de Nébadon, onde completarão as últimas fases moronciais e se prepararão para a primeira das seis etapas espirituais.


Após um período de trabalho, estudo, repouso e recreação em Sálvington, no próprio planeta em que moram Micael de Nébadon, a Ministra Divina e Gabriel, com toda a beleza e progresso de uma capital de universo local, os ascendentes receberão de Micael em pessoa o salvo-conduto para deixar este universo em direção à capital de Ensa, Setor Menor do Superuniverso de Orvônton, já como espíritos da primeira etapa. Em U Menor o Terceiro prossegue o aperfeiçoamento, que se desdobrará para U Maior o Quinto, capital do Setor Maior do superuniverso.
Daí partirá o ser ascendente para Uversa, capital do superuniverso de Orvônton, depois para os Mundos Perfeitos de Havona e finalmente para o Paraíso, como espírito da sexta etapa e integrante do Corpo da Finalidade da Criação.
Está assim atingido o estágio ideal de todo o plano ascensional.

A Chegada ao Paraíso

A chegada ao Paraíso é tão emocionante, mesmo para seres tão longamente experientes e perfeitos, que algumas vezes têm eles de ser advertidos para se conterem em seus impulsos de adoração.
Na proximidade do próprio Pai Eterno Mais que Espírito, do Filho Eterno do Paraíso e do Espírito Infinito, os ascendentes se dão conta de ter completado seu melhor destino evolutivo e atingido a perfeição requerida pelo Pai.
A partir desse ponto culminante de uma longuíssima carreira o ascendente poderá ter a condição de residente na Ilha Eterna, nela prestando serviços ou viajando em missões por todo o tempo-espaço.
O novo integrante do Corpo da Finalidade da Criação não mais precisa dos anjos transportadores que até então o haviam levado de esfera em esfera, ao fim de cada estágio de seu avanço.
A sétima e última etapa de perfeição do espírito ainda não é alcançável pelos seres humanos ascendentes, estando reservada para momentos futuros da eternidade.
Talvez para a época em que estejam habitados os universos em construção nos três círculos do espaço exterior.
Os autores não sabem precisar quando.



A Formação de Urântia e a Evolução da Vida

Vista a trajetória das almas aqui desenvolvidas, passemos à formação de Urântia e à seqüência evolutiva da vida até nós.
O sol de Monmátia, como vimos, formou-se há 5 bilhões de anos.
A Terra, por sua vez, definiu-se como planeta há 2 bilhões de anos, com um décimo de seu tamanho atual.
Sua massa restante se completou pela acumulação de meteoros, até um bilhão de anos atrás.

Há 550 milhões de anos, embora a atmosfera estivesse irrespirável para qualquer organismo, as águas já continham o grau de salinidade essencial para a implantação do modelo de vida à base de cloreto de sódio escolhido pelos Portadores de Vida.
Foi então implantado o plasma vital do Pai em 3 baías abrigadas então existentes: a eurasiático-africana, a australasiática e a ocidental, englobando a Groenlândia e as Américas.
Em 50 milhões de anos a flora marinha primitiva estava bem consolidada e dela se desenvolveu, como sempre ocorre, a vida animal mais primitiva e simples, como as amebas.
Há 400 milhões de anos a vegetação começou a subir para a terra, adaptando-se bem à atmosfera rica em carbono e começando a oxigená-la.
Por mutação surgiram na água os primeiros animais multicelulares e depois os trilobitas, os primeiros organismos de reprodução sexuada.
Em 40 milhões de anos apareceram esponjas simples e crustáceos como camarões, caranguejos e lagostas.

Há 250 milhões de anos, enquanto a paisagem terrestre se cobria de verde, nos mares vinham à existência os peixes, primeiros vertebrados, evoluídos de artrópodes ou crustáceos, alguns com até 9 metros de comprimento - os tubarões são os únicos sobreviventes dessas espécies primordiais.
Árvores sem folhas se estendiam amplamente pelos continentes, às vezes em bosques de 30 metros de altura, absorvendo o dióxido de carbono que envenenava o ar e preparando o terreno para os futuros animais terrestres.

"Há 150 milhões de anos começaram os primeiros períodos de vida animal terrestre", principalmente anfíbios como a rã, que já trazia consigo o potencial para a evolução de seres humanos.
Em mais 10 milhões de anos os répteis apareceram completos e deles evoluíram os dinossauros, espécie dominante por 20 milhões de anos.
Extinguiram-se depois, mas um tipo deles, carnívoro, pequeno e ágil, por mutação daria origem aos primeiros mamíferos placentários, há 50 milhões de anos.
Antes disso, há 90 milhões de anos, as plantas angiospermas haviam surgido no mar e em seguida invadiram os continentes, adiantando a melhora da atmosfera.
Ainda antes, há 100 milhões de anos, haviam aparecido em terra as plantas floríferas e a fauna avícola.

Os mamíferos placentários tinham a vantagem da agilidade e da capacidade cerebral superior para se adaptarem às mudanças ambientais.
Eram pequenos cavalos, rinocerontes, tapires, esquilos e vários grupos de animais semelhantes aos macacos.
Há 40 milhões de anos os mamíferos carnívoros, herbívoros e onívoros dominavam o mundo.
Há 30 milhões de anos os antepassados das baleias, golfinhos e focas se adaptaram de volta aos mares.
"As formas atávicas da maior parte dos seres vivos já existiam naquela época".


Os Primeiros Seres Humanos

Há 1 milhão e meio de anos surgiram de repente, no Oeste da Índia, os primeiros mamíferos proto-humanos, depois evoluídos para primatas.
Em mais 500 mil anos, na mesma região, nasceram dentre os primatas “dois seres humanos primitivos, os verdadeiros antepassados da humanidade”.
Seu grupo havia sido o primeiro a lançar pedras e usar o garrote em suas lutas.
Eram dois gêmeos, ele Andon, ela Fonta, que desenvolveram uma linguagem de 50 sinais e palavras que os outros de sua tribo não conseguiam aprender.
Graças a eles Urântia foi, há exatamente 993.477 anos, registrada como mundo habitado por humanos no tempo-espaço.
Foi esse casal que inventou a técnica de produção do fogo, inicialmente queimando um ninho de pássaros seco com as fagulhas produzidas por dois blocos de sílex, após semanas de tentativas.

Esse domínio do fogo seria essencial para sua sobrevivência, juntamente com as roupas de pele de animais que aprenderam a fazer para se protegerem do frio. Vendo-se diferentes dos demais e já habitados por Monitores do Pensamento, aos 11 anos de idade decidiram partir em direção ao norte e ao frio, deixando seus parentes primitivos no aprazível clima da futura Índia.
Dois anos depois lhes nasceu Sontad, o primeiro dos 19 filhos que teriam, os quais lhes deram quase 50 netos e 6 bisnetos antes de sua morte em um terremoto, aos 42 anos.
As almas de Andon e Fonta seguiram o caminho dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial, até a cidadania em Jerusém, fusionados com seus Monitores Divinos.
"Estão agora servindo com as personalidades moronciais que recebem no primeiro Mundo as almas ascendentes de Urântia".

Os andonitas tinham olhos negros e pele morena, como os esquimós de hoje, e um pouco mais de pelos no corpo do que o homem moderno.
Adotaram para a chefia do clã os primogênitos varões dos descendentes diretos de Sontad.
Quando faltou um descendente masculino na linha direta, dois rivais empreenderam uma luta bem humana pelo poder.
Mais tarde houve novos conflitos entre os diversos clãs, que provocaram a perda de bons potenciais e chegaram a ameaçar de extinção a sua civilização primitiva.

Porém a dispersão ocorrida a partir da 20ª geração serviu de mecanismo atenuador dos instintos agressivos herdados dos animais.
Antes que o gelo da 3ª glaciação avançasse sobre a França e a Inglaterra, os andonitas neandertais haviam estabelecido mais de 1000 assentamentos separados ao longo dos grandes rios que desembocavam no Mar do Norte, de temperatura amena nessa época.
Viviam em grutas às margens dos rios ou em casas de pedra e eram quase que exclusivamente carnívoros.
Usavam lanças e arpões, bem como elaborados artefatos de pedra.
A dispersão foi reduzindo a qualidade cultural e espiritual dos clãs, até que 20 mil anos depois se afirmou a liderança de Onagar.
Ele semeou a paz entre os diversos grupos, guiou-os à adoração de “Aquele que dá o alento aos homens e animais” e enviou os primeiros missionários com a sua mensagem religiosa.
Onagar "instituiu um governo tribal eficaz, que não teve paralelo entre as sucessivas gerações durante muitos milênios", até a chegada do Príncipe Planetário, há 500 mil anos.


A Cidade Planetária (a verdadeira Atlântida)

Quando chegou a Urântia o Príncipe Planetário Caligástia, há cerca de 500 mil anos, havia no planeta quase 500 milhões de seres humanos primitivos e estavam surgindo as seis raças de cor que sempre aparecem nas esferas geológicas.
As raças primárias são a vermelha, a amarela e a azul; e as secundárias são a alaranjada, a verde e a negra.
Aqui a alaranjada e a verde se extinguiram, a amarela se concentrou na Ásia, a vermelha nas Américas e a negra na África.
A azul, por sua vez, deu origem aos povos brancos de hoje, em parte combinada com o sangue adâmico e nodita.
A raça amarela também recebeu pequena mas potente infusão da raça violeta.


A sede central do Príncipe, que inspirou o mito da Atlântida, estabeleceu-se na zona da futura Mesopotâmia, onde hoje se encontra o Iraque.
Caligástia era um Filho Lanonandeque da ordem secundária, com grande experiência e dotado de mente original e brilhante.
Ele veio acompanhado do também Lanonandeque Daligástia, de grande grupo de anjos e de muitos outros seres celestiais, para promover os interesses e o bem-estar das raças humanas.
Com estes também vieram 100 seres materiais (50 homens e 50 mulheres), os "Cem de Caligástia", cidadãos ascendentes de Jerusém originários de 100 planetas diferentes de Satânia.
Para estes foram construídos corpos de carne e osso, com o plasma vital de 100 humanos descendentes de Andon e Fonta.
Os doadores do plasma receberam modificações em seu metabolismo, de forma a se tornarem imortais para sua longa missão civilizadora. Sua imortalidade (e a dos "Cem de Caligástia") era mantida pela ligação aos circuitos vitais do sistema e pelo consumo dos frutos e folhas da "Árvore da Vida", um arbusto trazido de Edêntia, capital da nossa Constelação de Norlatiadeque.

Algum tempo depois da chegada, os integrantes corpóreos do séqüito do Príncipe descobriram que podiam gerar seres intermediários entre os humanos e os anjos, com alta versatilidade e utilidade prática.
Cada um dos 50 casais produziu 1000 de tais seres e em seguida perdeu a capacidade reprodutiva.
Dessa forma surgiram os 50 mil Seres Intermediários Primários (os Secundários são descendentes de Adamson, o primogênito de Adão e Eva).


A Cidade Planetária era simples mas muito bela, cercada por uma muralha de 12 metros de altura e localizada mais ou menos ao centro da população da época.
Chamou-se Dalamátia em homenagem a Daligástia, lugar-tenente de Caligástia.
O templo do Pai Invisível, no centro, tinha três pavimentos; as sedes dos dez conselhos do Príncipe tinham dois andares.
Todos os demais prédios eram térreos e igualmente construídos com os materiais mais disponíveis: tijolos e pouca madeira ou pedra.
A cidade era belamente arborizada e decorada com obras de produção local.
O clima de então era muito aprazível e abundantes as frutas e nozes nas quais se baseava a dieta dos "Cem de Caligástia", que não consumiam carne alguma.


A Organização dos "Cem de Caligástia"

Os cem integrantes do séqüito corpóreo do Príncipe (e seus cem associados humanos) se organizaram em dez conselhos autônomos, cada um com dez membros:


1. Conselho de alimentação e bem-estar material;

2. Junta de domesticação dos animais;

3. Assessores sobre o controle dos animais de rapina;

4. Corpo docente para a difusão do conhecimento;

5. Comissão de indústria e comércio;

6. Colégio da religião revelada;

7. Guardiães da saúde e da vida;

8. Conselho planetário das artes e ciências;

9. Governadores das relações tribais avançadas; e

10. Tribunal supremo de coordenação tribal e cooperação racial.


Esses conselhos ensinaram às tribos circunvizinhas a tecelagem, o tratamento das peles de animais, o cozimento da comida, a defumação e secagem das carnes, a pecuária e a domesticação dos animais, a escavação de poços, a produção de manteiga e queijo, a utilização da roda, o combate aos animais ferozes, a construção de moradias, o uso de um alfabeto de 25 letras na escrita, algumas manufaturas, rudimentos de religião, medidas preventivas de higiene, a química e a física elementares, a confecção da cerâmica e as artes decorativas, bem como a metalurgia.

O modo de atuação dos 100 graduados dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma era "atrair os melhores intelectos das tribos circundantes e, depois de tê-los preparado, enviá-los de volta ao seu povo respectivo como emissários da elevação social".
Os jovens eram levados por volta dos 13 a 15 anos para viver na Cidade Planetária, em famílias de 10 "filhos", com cada um dos 50 casais instrutores.
Aos 16 ou 17 anos voltavam eles aos seus povos, para o casamento e a atuação como emissários do Príncipe, aplicando os conhecimentos adquiridos.
Buscava-se "o progresso mediante a evolução e não a revolução".


O código moral da Cidade, ou "Caminho do Pai", constava dos seguintes mandamentos:

1. Não temas nem sirvas a outro Deus que não seja o Pai de tudo;

2. Não desobedeças ao Filho do Pai, o governante mundial, nem faltes ao respeito com seus associados sobre-humanos;

3. Não mintas perante os juízes do povo;

4. Não mates homens, mulheres ou crianças;

5. Não roubes os bens nem o gado de teu próximo;

6. Não toques a esposa de teu amigo;

7. Não faltes ao respeito com teus pais nem com os anciãos da tribo.


A Cidade Planetária funcionou normalmente durante 300 mil anos, com população de cerca de 20 mil habitantes.
Sua atuação civilizadora se estendeu por um raio de 160 quilômetros à sua volta, pouco a pouco elevando o homem primitivo de caçador a agricultor e pecuarista.
Os descendentes primários de Andon e Fonta (os andonitas) e todas as seis raças de cor tiveram a oportunidade de beneficiar-se dos ensinamentos dos "Cem de Caligástia".
Aprenderam o valor da família e da residência unifamiliar estável, com o importante conhecimento de que "o homem selvagem ama seus filhos, mas o homem civilizado ama também os seus netos".
Há 200 mil anos, lamentavelmente, o Príncipe Planetário de Urântia se uniu à rebelião de Lúcifer e "a catástrofe de engano e sedição de Caligástia aniquilou quase todos os descobrimentos maravilhosos dos humanos daqueles dias".


A Rebelião de Lúcifer

No universo de Nébadon existem 10 mil sistemas planetários como o nosso de Satânia, programados para terem cerca de 1000 mundos habitados cada um.
Em toda a história deste universo houve apenas três rebeliões de Soberanos de Sistemas; a de Lúcifer foi a última e a mais grave delas, envolvendo 37 planetas habitados.
Filho Lanonandeque primário, Lúcifer era uma das cem personalidades mais hábeis e brilhantes dentre os 700 mil de sua ordem.
Ele era o chefe executivo dos então 607 mundos habitados de Satânia, ao lado de seu assistente Satã, havendo governado normalmente por mais de 500 mil anos.

Há mais ou menos 200 mil anos Lúcifer divulgou, durante reunião anual em Jerusém, sua "Declaração de Liberdade", como ele mesmo a chamou, na qual, em essência, afirmava que o Pai Universal não existia (!), sendo apenas "um mito inventado pelos Filhos Paradisíacos, com o objetivo de reter o governo dos universos"; que aceitava Micael de Nébadon como seu Pai Criador, mas não como seu Deus e governante; e "que se gastava demasiado tempo e energia no esquema de capacitar" os mortais ascendentes.

Na mesma ocasião prometeu aos Príncipes Planetários que eles seriam os executivos supremos em cada um de seus mundos, ao mesmo tempo advogando que os poderes legislativo e judiciário ficassem sediados na capital de cada sistema planetário e não na capital da constelação e do universo, respectivamente.
Começou então a organizar sua própria assembléia legislativa e seus tribunais, sob a supervisão de Satã.
Todo o seu gabinete administrativo lhe prestou juramento de fidelidade.
Micael de Nébadon decidiu não interferir e deixar que as personalidades locais tomassem sua decisão.
Gabriel de Sálvington, que estava presente, anunciou que no devido tempo falaria em nome de seu pai.
Declarou ainda que "o governo dos Filhos em nome do Pai só desejava lealdade e devoção voluntárias, sinceras e à prova de sofismas".

Transcorreram cerca de sete anos até que Lúcifer fosse destituído do poder, mas logo depois do início da rebelião a capital do sistema foi isolada dos circuitos de comunicação e de transporte que a ligavam à constelação e à sede do universo, bem como aos planetas integrantes de Satânia.
As forças leais contavam com o auxílio emergencial das linhas de comunicação do vizinho sistema planetário de Rantúlia.

Enquanto durou a rebelião ativa Gabriel permaneceu no Mundo do Pai, em órbita de Jerusém, liderando as forças fiéis a Micael de Nébadon.
As personalidades em dúvida sobre que posição adotar deslocavam-se entre o anfiteatro planetário onde Lúcifer permaneceu e o Mundo do Pai, ouvindo os argumentos de Gabriel.
Mesmo assim, houve mais comprometidos com esta rebelião do que com as outras duas anteriores juntas.
O pecado havia atingido até dois outros sistemas planetários vizinhos.

Porém ao cabo de sete anos o Lanonandeque Primário Lanaforge foi empossado como Soberano do Sistema e Lúcifer destituído de seu cargo de confiança, embora deixado em liberdade para circular por todo o sistema, juntamente com seus seguidores.
Satã foi temporariamente autorizado a servir como interlocutor junto aos 37 Príncipes Planetários rebeldes.
Assim esteve operando o sistema de Satânia, com os rebeldes livres embora fora do poder, durante pouco menos de 200 mil anos, enquanto os tribunais da capital do superuniverso deliberavam sobre as medidas a tomar.
Antes do sétimo auto-outorgamento entre suas criaturas, o Cristo Micael ainda não detinha todo o poder de Filho Criador Maior sobre Nébadon, como detém desde o fim de sua encarnação em Urântia, e na ocasião preferiu não interferir.

Ainda durante a vida de Jesus entre nós Lúcifer foi aprisionado nos mundos de detenção em órbita de Jerusém, onde tem contato apenas com o carcereiro que lhe leva a alimentação, pois nenhuma personalidade quis visitá-lo.
Cristo Micael lhe ofereceu sua misericórdia caso se arrependesse sinceramente, porém Lúcifer não aceitou.
Todos os seus seguidores que aceitaram o perdão oferecido começaram sua reabilitação depois da ressurreição de Jesus. Satã também foi incondicionalmente encarcerado antes da publicação do Livro de Urântia.
Os 37 Príncipes Planetários rebeldes foram substituídos por governantes provisórios.
Embora não tenha sido preso, Caligástia foi substituído por Maquiventa Melquisedeque à frente do Governo de Urântia e aguarda as deliberações dos Tribunais do Superuniverso em Uversa.


A Secessão de Caligástia em Urântia

Enquanto Lúcifer ainda planejava sua rebelião, Satã esteve em Urântia e obteve a promessa de apoio de Caligástia para a ocasião em que eclodisse o movimento.
Assim sendo, quando Lúcifer divulgou sua "Declaração de Liberdade", Caligástia imediatamente se alinhou entre seus seguidores e convocou reunião extraordinária dos dez conselhos da Cidade Planetária.
Comunicou que estava para proclamar-se soberano absoluto do planeta e pediu que todos os grupos administrativos renunciassem a suas funções, para a organização do novo governo.
O jurista e administrador Van, presidente do Conselho Supremo de Coordenação, pediu a todos os presentes que se abstivessem de qualquer decisão enquanto não se recebesse do Soberano do Sistema uma confirmação da proposta do Príncipe Planetário rebelde.
Feita a consulta, a resposta de Lúcifer não tardou a chegar, exigindo absoluta e incondicional lealdade às ordens de Caligástia e confirmando sua designação como soberano supremo.
Seu assistente Daligástia o proclamou "Deus de Urântia".


Mesmo diante dessa comunicação o fiel e nobre Van se recusou a obedecer, acusando Caligástia e Lúcifer de desacato à soberania do Universo.
Após discurso de sete horas pediu aos Altíssimos da Constelação, uma instância acima, que explicassem aquela confusa situação.
Nesse meio-tempo foram cortados todos os circuitos de comunicação e transporte para o nosso planeta, de modo que não foi recebida a comunicação de Edêntia, confirmando o são entendimento de Van.
Começava a quarentena de Urântia, que dura até hoje.


Movido pela fidelidade e pelo bom-senso o corajoso Van liderou, durante os sete anos da "Guerra nos Céus", todas as personalidades leais a Micael de Nébadon, mesmo sem ter recebido instruções.
Mas as perdas foram muito grandes: 80% dos seres intermediários primários (liderados por Belzebu) se somaram à rebelião, assim como o chefe dos serafins administradores, com quase metade dos seus comandados e grande número de querubins e sanobins.
Também se aliaram aos rebeldes 60 dos "Cem de Caligástia".
De seus associados humanos modificados, 56 permaneceram fiéis a Micael.
Deles o mais destacado foi Amadon, o associado de Van, que se tornou o herói humano da rebelião em Urântia.

Os 60 ascendentes rebeldes logo descobriram que se haviam tornado mortais, ao serem desligados dos circuitos vitais do sistema e privados do consumo da "Árvore da Vida".
Os serafins leais a Micael haviam levado a árvore para o acampamento de Van nas montanhas fora da Cidade Planetária.
Nod, chefe dos 60 rebeldes ascendentes, determinou então que recorressem à reprodução sexual para fazer frente à sua mortalidade.
A procura que fizeram aqueles seres superiores por humanos com quem se acasalarem deu origem às lendas antigas de que deuses desceram à Terra para se reproduzirem com humanos.


Passado algum tempo da execução do plano de Caligástia, de induzir o progresso pela revolução e não mais pela evolução, ocorreu o inevitável: as tribos semi-selvagens, animadas pelas novas liberdades concedidas prematuramente, atacaram e tomaram a própria Cidade Planetária, expulsando os noditas para o Norte da mesopotâmia, que ficaria conhecido como a Terra de Nod, para onde foi Caim tomar esposa, como está na Bíblia.

Após os 7 anos da Guerra nos Céus, o Príncipe Caligástia foi apeado do poder e substituído por uma comissão de 12 síndicos Melquisedeques de emergência.
Van e seus associados imortais cuidaram de preservar os conhecimentos e as técnicas desenvolvidas na Cidade Planetária e levaram a cabo o trabalho de elevação cultural e biológica das tribos amigas.
Os chefes noditas foram morrendo pouco a pouco.
Porém durante mais de 150 mil anos os rebeldes não-humanos estiveram soltos em Urântia, se bem que isolados dos circuitos de comunicação e de transporte.

Como vimos, Lúcifer foi aprisionado ainda durante a vida de Jesus entre nós; Satã foi igualmente preso ao realizar-se a primeira audiência do processo Gabriel versus Lúcifer nos tribunais de Uversa, antes de 1934.
Os seguidores de Caligástia em Urântia, ou aceitaram o perdão oferecido por Micael e estão seguindo um programa de reabilitação, ou seguiram para o mundo de prisão em órbita de Jerusém.


O Jardim do Éden

Todos os planetas geológicos de ascensão mortal contam com dois centros de governo: uma Cidade Planetária que civiliza os seres humanos evolutivos e mais tarde um Jardim do Éden, cujos moradores (seres materiais descendentes) continuam o processo civilizacional e procedem à elevação biológica das raças de cor ao se miscigenarem com elas.
Se Urântia houvesse seguido os padrões normais ainda teríamos hoje um governo espiritual dirigido pelo Príncipe Planetário residente e um governo material conduzido por Adão e Eva.
Porém os planos divinos foram descumpridos pela traição de Caligástia e pela falha de nossos Filhos Materiais.

Apesar da decadência cultural e da pobreza espiritual decorrentes da secessão, por mais de 150 mil anos a evolução orgânica dos seres humanos continuou até que, há cerca de 40 mil anos, atingiu seu apogeu "de um ponto de vista puramente biológico". Os Portadores de Vida e os síndicos Melquisedeques solicitaram o envio de um Filho e uma Filha materiais.
Depois de visita de inspeção feita por Tabamântia, Supervisor Soberano dos mundos experimentais, foi autorizada a vinda de Adão e Eva, selecionados pelos examinadores Melquisedeques e também aprovados pelos Altíssimos da Constelação dentre todos de sua ordem que se apresentaram como voluntários.

Ao saber que se aproximava o momento da chegada do casal, Van começou a anunciar sua vinda e a preparar um jardim para sua morada, 83 anos antes de chegarem.
Ele e Amadon recrutaram mais de 3 mil trabalhadores entusiastas, dentre os amadonitas (descendentes do séqüito corpóreo fiel), andonitas e mesmo alguns noditas descendentes do séqüito infiel.
Apesar de desprovidos de poder, Caligástia e Daligástia tentaram impedir aqueles trabalhos, sem êxito porque Van e Amadon foram incansavelmente apoiados pelos 10 mil Seres Intermediários leais.

O local escolhido para a construção foi uma península então existente nas ribeiras orientais do Mediterrâneo.
Levou dois anos a transferência da sede da cultura mundial (inclusive a "Árvore da Vida"), antes situada às margens do Lago Van, no território da Armênia atual.
O primeiro trabalho da grande equipe foi erigir com tijolos a muralha protetora de 43 quilômetros de extensão, com 12 portões de acesso ao Jardim do Éden.
Este nome, a propósito, provém do fato de que a área residencial dos Filhos Materiais sempre enfatiza, em cada planeta geológico, uma beleza botânica semelhante à dos magníficos jardins de Edêntia, capital da Constelação de Norlatiadeque. Dentro da muralha se praticava a horticultura e a agricultura.
No continente ficavam as terras dedicadas ao pastoreio e à pecuária que proporcionavam a carne para os trabalhadores: "no Jardim jamais se mataram animais".

"No centro da península do Éden estava o belo templo de pedra do Pai universal, o santuário sagrado do Jardim".
Ao norte ficavam os prédios administrativos e ao sul as casas dos trabalhadores e suas famílias.
A oeste foram mais tarde construídas as escolas.
No "Leste do Éden" foram edificados os domicílios do Filho Material e seus descendentes imediatos.
"Os planos arquitetônicos reservavam casas e terras suficientes para um milhão de seres humanos".
Em cerca de 80 anos de formidável trabalho, Van e Amadon já haviam completado 25% dos planos, com milhares de quilômetros de canais de irrigação e drenagem, quase 20 mil quilômetros de passagens e caminhos pavimentados, mais de 5 mil construções de tijolos nos diversos setores e um número incontável de árvores e plantas.
"Jamais, antes nem depois, abrigou Urântia uma exibição tão bela e completa de horticultura e agricultura".

A "Árvore da Vida" que havia prolongado a vida de Van, Amadon e seus associados por mais de 150 mil anos foi plantada no centro do templo do Pai, pois Adão e Eva também necessitariam de seus frutos e folhas como auxílio para a imortalidade física. Originária da capital da Constelação, ela cresce também nas capitais dos universos locais e superuniversos, bem como nos Mundos Perfeitos de Havona, mas não existe nas capitais dos sistemas planetários.
"Esta superplanta armazena certas energias espaciais que servem de antídoto contra os elementos que produzem o envelhecimento na existência animal".
Para os seres humanos evolutivos e para os rebeldes desligados dos circuitos vitais do sistema seu efeito era nulo.
Quando Adão e Eva deixaram o Jardim não lhes foi permitido levar mudas da árvore, pois estavam rebaixados à condição de humanos mortais.

O Jardim do Éden foi ocupado por noditas e outros grupos étnicos durante mais de 4 mil anos, até ser coberto pelas águas do Mediterrâneo, que avançaram progressivamente por centenas de anos, em processo exclusivamente natural.

Adão e Eva

Os Filhos Materiais chegaram a Urântia há cerca de 38 mil anos, por transporte seráfico.
Pousaram suavemente e sem aviso ao lado do templo do Pai Universal, dentro do qual se desenvolveu durante dez dias o processo de re-materialização de seus corpos de natureza humana dual, programados para a imortalidade.
Seu número de ordem era 14.311, da terceira série física de Jerusém e tinham 2,5 metros de altura com perfeitas proporções.
Haviam sido professores na escola de cidadania de Jerusém e também lá, nos 15 mil anos anteriores haviam dirigido a divisão de aplicação da energia experimental para a modificação das formas de vida.
Já tinham 100 descendentes ao deixar Jerusém, todos prestando serviços à Criação.

Quando despertaram no templo do Pai, receberam as boas-vindas de Van e Amadon, heróis que conheciam pelo renome, e de uma "imponente multidão reunida para recebê-los".
O idioma do Jardim era o dialeto andônico falado por Amadon, que juntamente com Van havia criado um novo alfabeto de 24 letras.
Adão e Eva falavam e escreviam perfeitamente esse dialeto, estudado ainda na capital do Sistema.
Era grande o júbilo do Éden, após tantos anos de trabalho e expectativa por esse momento. Os pombos-correio de centenas de colônias fiéis foram soltos para levar a grande notícia, depois de criados por anos a fio para essa ocasião.

Ao meio-dia de seu primeiro dia após despertarem, Adão e Eva receberam, em cerimônia solene, a chefia do governo da Terra, antes a cargo de Van e dos síndicos Melquisedeques.
Prestaram juramento de fidelidade a Micael de Nébadon e aos Altíssimos de Norlatiadeque.
"Em seguida se escutou a proclamação dos Arcanjos e a voz de Gabriel decretou, por transmissão, o segundo julgamento de Urântia e a ressurreição dos sobreviventes adormecidos da segunda dispensação de graça e perdão no planeta 606 de Satânia".


Milhares de membros das tribos vizinhas em pouco tempo passaram a aceitar os ensinamentos de Van e Amadon e vieram ao Éden para dar boas-vindas ao casal e prestar homenagem ao Pai invisível.
Depois de sete anos Van, Amadon e os síndicos Melquisedeques partiram para Jerusém e deixaram a condução dos assuntos planetários exclusivamente com o casal, durante mais de um século antes da falta.
Nesse período lhes nasceram 32 filhas mais 31 filhos, cujos descendentes em três gerações perfizeram com eles o total de 1.649 moradores do Éden da pura raça violeta.
Todos costumavam alimentar-se uma vez por dia, pouco depois do meio-dia, de frutas, nozes e cereais sem cozimento.

Os corpos do casal (e apenas os deles) irradiavam à noite uma luz trêmula que muito impressionava os nativos. Vestidos com uma capa feita dos têxteis confeccionados desde os tempos de Dalamátia (técnica preservada por Van e Amadon), restava apenas o brilho em volta de suas cabeças.
Daí vem a explicação para a auréola que se costuma acrescentar em volta das cabeças de santos e anjos na tradição religiosa ocidental.


Seus filhos, netos, bisnetos e trinetos estudavam pelos métodos educacionais de Jerusém adaptados à realidade de Urântia.
Recebiam instrução sobre:

1. A saúde e o cuidado do corpo;

2. As normas do trato social;

3. A relação dos direitos do indivíduo com os do grupo e as obrigações comunitárias;

4. A história e a cultura das diversas raças da Terra;

5. Os métodos para avançar e melhorar o comércio mundial;

6. A coordenação de deveres e emoções contrapostos; e

7. O cultivo dos jogos, do humor e alternativas competitivas à luta física.

As leis do Éden foram promulgadas de acordo com os códigos mais antigos de Dalamátia, inclusive os "sete mandamentos do regime moral supremo."
Ao meio-dia se praticava uma adoração pública e a familiar, ao entardecer.
Adão ensinou que "a oração efetiva tem de ser totalmente pessoal e tem de ser o desejo da alma."
Porém os edenitas continuaram a usar as fórmulas herdadas da Cidade Planetária.
Ele também tentou substituir os sacrifícios sangrentos por oferendas de frutos da terra, mas tampouco conseguiu muito progresso nesse campo.

Passado mais de um século, os Filhos Materiais sentiam-se isolados e desalentados pela dificuldade enorme de sua missão e pelo que lhes parecia pouco progresso em tanto tempo: "às vezes quase lhes faltava a fé".
No plano mais importante de sua missão, a elevação biológica, defrontavam-se com um problema que lhes parecia insolúvel: as centenas e centenas de tribos que falavam igual número de dialetos não haviam procedido à eliminação dos anormais e degenerados das raças humanas, e não eram receptivos a essa prática saudável.
Em condições normais, seu primeiro trabalho teria sido a coordenação e combinação das raças.
Porém a realidade era que "jamais nenhum Adão do serviço planetário havia recebido um mundo mais difícil".

Para complicar a situação, o Príncipe Planetário rebelde continuava em Urântia, opondo-se aos seus propósitos de fidelidade no cumprimento de sua alta missão. Apesar de reiteradas visitas ao Jardim, Caligástia não conseguiu qualquer simpatia de Adão e Eva ou de seus descendentes para as idéias que lhes apresentava.
Por esse motivo decidiu atacar indiretamente, aproveitando-se das boas intenção do dirigente nodita Serapatátia, líder da "mais poderosa e inteligente das tribos vizinhas".
Este se aproximou de Eva e lhe conquistou a amizade e a confiança em visitas "cada vez mais íntimas e confidenciais".
Ele também cativou Adão ao propor um programa de cooperação de sua grande tribo de noditas sírios, com vistas a obter o apoio das demais tribos próximas.


Durante mais de cinco anos esse líder honesto e sincero ponderou a Eva que o mundo se beneficiaria muito com o nascimento de um filho mestiço da raça violeta, para conduzir seu povo em estreita cooperação com o Jardim do Éden.
Esse projeto foi se desenvolvendo em segredo, entre ele e Eva, até o momento em que Eva concordou em avistar-se com o belo e entusiasta Cano, líder religioso sincero dos noditas amistosos.
Antes de se dar conta da gravidade do que fazia (a poligamia era corrente entre os noditas), Eva incorreu no erro fatídico de trair Adão e conceber Caim.

Percebendo que algo estava seriamente errado, Adão chamou Eva para uma área afastada do Éden e ouviu, sob a lua que brilhava, a história completa do grande erro dela. A "voz do Jardim" que lhes falou então, dizendo que haviam transgredido o pacto, desobedecido às instruções e faltado ao seu juramento, foi do Anjo Solônia, que escreveu quatro dos 196 documentos do "Livro de Urântia" e até hoje permanece em nosso planeta.

A lenda da árvore do bem e do mal, contida na Bíblia, vem do fato de que, cada vez que os Filhos Materiais comiam da "Árvore da Vida", o Arcanjo guardião da planta os advertia a não seguirem "as sugestões de Caligástia no sentido de combinarem o bem e o mal".
A advertência exata era a seguinte: "No dia em que combinarem o bem e o mal, vocês sem dúvida se converterão em mortais do reino; seguramente morrerão".

As instruções recebidas pelo atribulado casal rezavam que deveriam gerar 500 mil descendentes antes de começarem o processo de miscigenação com as raças locais.
Foi a impaciência de Eva e Serapatátia que provocou o desastre, apesar da sinceridade de ambos e de Cano.
Nenhum deles tinha real consciência do que estavam a fazer. Adão "não abrigava senão compaixão e lástima por sua consorte desencaminhada".
Ele amava Eva com afeto supra-mortal e desejava seguir o mesmo destino dela.
Por esse motivo procurou, no dia seguinte, a talentosa nodita Laota, encarregada das escolas do Éden, e "cometeu o mesmo desatino que Eva", engravidando-a de Sansa.

Ao saberem do ocorrido com Eva, os habitantes do Jardim se enfureceram, atacaram de surpresa o povo nodita vizinho e não deixaram vivo um só homem, mulher ou criança. Cano foi morto nessa ocasião.
Informado do massacre, Serapatátia suicidou-se.
Adão, por sua vez, aturdido pelos terríveis acontecimentos, vagou sem rumo por um mês inteiro, correndo grave perigo, enquanto seus filhos procuravam reconfortar a mãe desesperada pelo massacre e pelo desaparecimento do marido.

Porém Adão recobrou a razão e voltou ao Éden para planejar o que poderiam salvar da missão tão subitamente fracassada.
Sua degradação ficou patente em 70 dias, quando chegaram os síndicos Melquisedeques para assumir o controle dos assuntos mundiais.
O quadro se agravou quando lhes veio a informação de que uma coalizão de noditas se preparava para atacar o Éden, em vingança pela tribo chacinada.
Ao procurar aconselhar-se com os Melquisedeques, Adão soube que eles estavam proibidos de interferir em seus planos pessoais, embora pudessem cooperar de bom grado com o procedimento que ele escolhesse.

"Adão não era amante da guerra, por conseguinte optou por deixar o primeiro jardim aos noditas, sem oposição".
Levou consigo 1200 seguidores leais, além de seus descendentes, com animais e mudas de plantas, à procura de um segundo jardim.
Ao terceiro dia a caravana foi interceptada por transportes seráficos de Jerusém que tinham a missão de levar todos os seus descendentes menores de 20 anos, mais aqueles dentre os maiores que desejassem seguir para Edêntia, como pupilos dos Altíssimos. Apenas um terço destes decidiu ficar com os pais e enfrentar os difíceis e heróicos dias que estavam por vir.

"Ninguém poderia observar a dolorosa despedida desse Filho e Filha materiais de seus próprios filhos, sem se dar conta de que o caminho do transgressor é duro".
Gabriel apareceu para pronunciar sua sentença:
Adão e Eva haviam violado o pacto de seu cargo de confiança, mas não foram declarados culpados de rebelião.
Caíram de seu estado superior para o de mortais humanos, devendo enfrentar todas as vicissitudes dessa nova condição.
Estariam desligados dos circuitos vitais do sistema e proibidos de comerem da "Árvore da Vida".
Apesar de tudo suas qualidades superiores os farão realizar, no segundo jardim, a heróica (se bem que desconhecida) missão compensatória que trouxe a humanidade para o patamar em que hoje se encontra.

O Segundo Jardim

A grande caravana deixou o Éden em direção ao leste, começando uma viagem de mais de um ano até a Mesopotâmia.
Caim e Sansa nasceram durante a viagem: Eva teve um parto laborioso, mas sobreviveu; Laota, contudo, faleceu durante o nascimento de Sansa, que foi então criada como se fosse gêmea de Caim.
Esta filha de Adão "chegou a ser mulher de grande capacidade.
Casou-se com Sargan, chefe das raças azuis do norte e contribuiu para o progresso dos homens azuis daqueles tempos".

Quando souberam que se aproximava o sumo sacerdote do Jardim do Éden, as tribos que moravam entre o Tigre e o Eufrates fugiram para as montanhas ao leste.
Desta forma se fez pacificamente a instalação dos novos moradores, que trataram de construir suas casas e organizar um novo centro mundial de cultura e religião.
Adão e sua família tiveram de adotar métodos rudimentares de vida ao começarem o segundo jardim "com o suor de sua fronte".

"Menos de dois anos depois de Caim nasceu Abel, o primeiro filho de Adão e Eva que veio à luz no segundo jardim".
Abel era pastor e oferecia aos sacerdotes animais de sua criação.
Caim era agricultor e ofertava frutos da terra.
As oferendas de Abel eram preferidas, o que provocou a inveja do irmão mais velho.
Os dois brigavam sempre, e Abel insistia em lembrar que Caim não era filho de seu pai.
Quando tinham 20 e 18 anos, respectivamente, Abel em certa ocasião provocou o irmão a ponto de enfurecê-lo e foi então morto por ele.

Caim havia sempre rejeitado a disciplina e desprezado a religião, porém depois de matar Abel se arrependeu e pediu a Eva uma orientação espiritual.
Ao desejar honestamente a ajuda divina, ganhou um Ajustador do Pensamento.
Aconselhado a deixar o jardim, dirigiu-se ao oeste, à terra de Nod, onde se casou com Remona, sua prima distante pela família do sacerdote Cano.
Seu primogênito Enoque chegou a ser chefe dos noditas elamitas, que por centenas de anos mantiveram boas relações com os adamitas.

Adão viveu mais 415 anos e Eva 396, depois de enfrentarem "com graça e integridade" a nova situação.
A prioridade para os dois, sabendo-se mortais, foi ensinar aos filhos e companheiros destes o que sabiam sobre administração, educação e religião.
Em seguida aos primeiros anos mais duros, todos foram pouco a pouco esquecendo os dias de glória no Éden e cuidando com dedicação de seu dia-a-dia, cientes de que apesar de tudo era essencial o que faziam para as futuras gerações urantianas.

Como haviam levado consigo grandes rebanhos e alguns animais domesticados, mais centenas de sementes e bulbos de plantas e cereais, tinham boa vantagem sobre as tribos vizinhas.
Criaram o terceiro alfabeto de Urântia e lançaram as bases do que viria a ser a arte, a ciência e a literatura modernas.
"Mantiveram a escrita, a metalurgia, a cerâmica e a tecelagem, e produziram uma espécie de arquitetura que não foi superada durante milhares de anos".

Adão preocupou-se em deixar tanta descendência quanto possível, de acordo com o seu principal dever, a elevação biológica.
Para esse fim criou uma comissão de 12 membros, chefiada por Eva, para selecionar mulheres das tribos vizinhas que gerassem filhos seus.
Um total de 1570 delas tiveram filhos e filhas que sobreviveram até a maturidade.
Esses pequenos foram todos criados nas tribos de suas mães e muito contribuíram para o aperfeiçoamento genético de seus povos, fazendo parte da poderosa raça andita.

Pouco após a chegada à Mesopotâmia os Filhos Materiais foram informados sobre sua nova situação espiritual.
Ambos haviam recebido Monitores do Pensamento e ao morrer poderiam seguir a carreira ao Paraíso, como os humanos da Terra.
Esse fato muito os encorajou na dura transição. Receberam mensagem pessoal de Micael de Nébadon, que entre expressões de amizade e consolo dizia: "Considerei as circunstâncias de vossa falta, e recordei-me de que o desejo de vossos corações sempre foi leal à vontade de meu Pai, e sereis chamados do abraço do sono mortal quando eu chegue a Urântia, caso os Filhos subordinados de meu reino não os chamem antes desse momento".

Embora tivesse dúvidas quanto ao seu entendimento, Adão passou a comentar com os seus mais próximos que Urântia poderia tornar-se o mais privilegiado mundo de Nébadon, ao ser escolhida por Micael para sua única encarnação humana em todo o universo local.
Aos menos íntimos sempre transmitia sua certeza de que viria mais tarde um Filho Paradisíaco para acelerar o progresso do planeta, possivelmente um Filho Instrutor. Não soube ele, até morrer, que "o mal e o pecado em Urântia ofereceram ao Filho Criador um ambiente mais espetacular para revelar o amor, a misericórdia e a paciência sem par do Pai Paradisíaco".

Ao terceiro dia da morte de Adão foi emitido um mandado de ressurreição dos sobreviventes de sua missão. Foi assim feita uma dispensação de 1316 de seus associados no Jardim do Éden, que juntamente com ele e Eva foram re-personalizados nos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma de Jerusém.
O casal passou rapidamente pelos 7 mundos descritos anteriormente e novamente alcançou a cidadania da capital do Sistema, na nova condição de ascendentes.
Passado algum tempo, foram designados para trabalhar com os 24 conselheiros do órgão de assessoria e controle de Urântia, onde permanecem.

Como Adão havia prudentemente instruído seus filhos sobre todos os assuntos do jardim, a transição administrativa se fez sem contratempos ao sobrevir-lhe a morte, por falência múltipla dos órgãos (Eva tinha falecido após problemas cardíacos, 19 anos antes).
"Os governantes civis dos adamitas foram, por herança, os filhos do primeiro jardim".
Adamson, após alguns anos na Mesopotâmia, partiu para fundar no que viria a ser o Turquestão um centro secundário da raça violeta.
Casado com Ratta, a última descendente de pura cepa dos noditas, ele também daria origem aos quase 2000 Seres Intermediários Secundários.
O segundo filho de Adão e Eva no Éden, Evason, que tinha sido o principal assistente de seu pai até falecer antes dele, foi o pai de Jansad, o primeiro chefe do segundo jardim após a morte de seu fundador.


O sacerdócio do segundo jardim começou com Set, o mais velho dos sobreviventes nascidos já na Mesopotâmia.
Seu filho Enos fundou uma nova ordem de adoração, que se expandiu fortemente quando o seu neto Kenan "instituiu o serviço exterior de missionários para as tribos circunvizinhas próximas e distantes".
O sacerdócio setita atuava de forma global nos assuntos da religião, da saúde, da educação e da inspeção sanitária.
Seus ministros estenderam a evangelização até à Europa e ao interior da África, à China e ao Japão - de onde saiu um bravo grupo andita de pouco mais de cem pessoas que, viajando de ilha em ilha pelo Pacífico, deixou monumentos na Ilha de Páscoa e chegou ao Peru, onde se miscigenou com os nativos e deu origem às dinastias Incas.

A partir da morte de Adão, a população humana foi se desenvolvendo progressivamente, sobretudo liderada pelos povos anditas, que combinaram o sangue adamita (do povo violeta, de olhos azuis e cabelos loiros, ruivos ou castanhos) com o nodita (que compreendia os descendentes do séqüito corpóreo infiel do Príncipe Planetário) e o amadonita (do séqüito corpóreo fiel), mais os andonitas (descendentes de Andon e Fonta, inclusive as seis raças de cor).
Essa evolução demográfica da Terra, que havia tido contribuições das raças Neandertal e Cro-Magnon, desaparecidas como as raças verde e alaranjada, é uma admirável saga magistralmente descrita no "Livro de Urântia".
Em suas páginas estão todos os elementos para a adequada compreensão da identidade racial contemporânea.
É verdade que nos falta bastante para o ideal dos planetas normais da Criação, que também se destinam à Era de Luz e Vida com uma só raça, uma só língua e uma só religião.
Porém no Livro estão todas as verdades que nos faltam para nos entendermos melhor e vivermos em paz.


Os valores mais importantes que devemos procurar entender, por serem os que Deus mais valoriza, são a verdade, a beleza e a bondade: "A verdade é a base da ciência e da filosofia, e oferece o cimento intelectual para a religião.
A beleza patrocina a arte, a música e os ritmos significativos de toda experiência humana.
A bondade (amor) compreende o sentido da ética, da moralidade e da religião - o desejo de perfeição experiencial".



Fonte: http://minhamestria.blogspot.com/2010/12/uma-sintese-do-livro-de-urantia.html#main