segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Bisbilhotar a vida do outro é inveja?





 Com certeza que quem bisbilhota e se intromete na vida do outro teria que querer bem e ajudar esse próximo.
Muito poucos, porém, estão comprometidos com uma verdadeira relação de amor e compaixão para com seus semelhantes.

Na verdade, quando desejam saber, o intuito subterrâneo sempre fica por conta de se ter alguma notícia com alguma novidade sobre o fulano para que a mesma seja julgada por um critério de valores contaminado pela inveja crônica.

Infelizmente, poucas são as pessoas que, de verdade, torcem para que o seu próximo alcance a tal da felicidade.

E por que é tão difícil deixar de se ter inveja no pior sentido da palavra?

"Simplesmente porque o que é invejado no outro, via de regra, sempre é a expressão exata da não realização dos desejos mais profundos e que não se consegue bancar.

Saber, portanto, o quanto o outro ousa existir mais livremente é insuportável".

E a solução?

"Tomemos como resposta o desafio de conseguir olhar para as profundezas de si mesmo.

O desafio de desarmar-se a ponto de poder entrar em contato com toda a realidade dos sentimentos
ativados na hora em que se quer saber da vida do outro.

Ser humilde e maduro o suficiente para se autoenfrentar e, por fim, ter coragem para se assumir".

E qual seria a finalidade de tudo isso?

Para que e por que parar de bisbilhotar a vida do outro?

"Para que o essencial da alma possa ser libertado de todas as limitações que o aprisionam impedindo a sua evolução".


Como proceder para evoluir?

"Toda essa empreitada tem destrinchamento trabalhoso sendo que o sucesso exige seriedade de propósito somado à atenção incorruptível.

O progresso genuíno dependerá também da disponibilidade de ser amoroso consigo próprio,
ao mesmo tempo em que sincero e disponível a tudo o que for encontrado e resgatado dentro de si.

É um verdadeiro serviço de reavaliação pessoal em que a alavanca para o êxito está diretamente
ligada à abertura de espaço para se receber luz nos conteúdos interiores mal resolvidos (aspectos da sombra), normalmente, projetados no outro.

E esse outro obscuramente costuma ser o pior, o que a pessoa mais odeia em si mesma, o que  não consegue dar conta e, paradoxalmente, é que o mais deseja, o que sente falta.

Um dos maiores desafios que existem é o de se entregar a si mesmo.

Render-se às próprias fraquezas e entrar em contato lúcido com tudo o que muito se almeja e que
é difícil de se exteriorizar.

Certamente que não é tarefa fácil.

Complexo também é transformar valores preconceituosos que apenas servem para represar a alma 
e a energia vital.

Bisbilhotar e invejar a vida do outro reduz a capacidade de ser criativo, pois a vida, para este tipo 
de indivíduo, acontece apenas pela janela afora.

Limita o ser humano a um sistema robótico que bloqueia tanto sua energia emocional como a vital.

Transformando-o em mero robô que nem ao menos sabe o quanto facilmente é monitorado.


O perigo está na morte em vida, mas há opção e poder de escolha, sempre há.

Ou se fica do lado de dentro da janela, vendo a vida passar lá fora, maldizendo e criticando tudo o que se bisbilhota da vida do outro que está andando livremente pela rua, ou decide-se bancar a 
si próprio e sair para o mundo.

Se você estiver nessa situação e resolver sair, saia, mas não pela janela e, sim, pela porta da  frente, de peito aberto e de cabeça erguida para poder se experimentar e apenas ser.

Admitir que tem se ocupado de bisbilhotar e invejar a vida do outro não é tarefa fácil, mas vale a sua vida mudar esse padrão, se tem sido este o seu comportamento.


Lembre-se, é você quem escolhe.

Relacionar-se consigo mesmo e ver as próprias limitações é penoso, mas ao mesmo tempo libertador.

Você pode mudar seu padrão optando por ser responsável apenas por sua vida e finalmente  sentir-se livre e, por que não dizer, feliz!


Pare de sabotar a sua alegria, sendo digno de sua existência.



Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000.

Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora do Livro:
Projeto Secreto Universos
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