terça-feira, 5 de março de 2013

Os maiores Terremotos de 2012.

 

 
 
OS MAIORES TERREMOTOS DO ANO DE 2012.

O tremor de abril de 2012 em Sumatra, de 8,6 graus na escala Richter, ofereceu uma oportunidade única de estudo e, segundo os pesquisadores, nenhum outro terremoto registrado por um sismógrafo jamais foi seguido por uma série tão numerosa de réplicas em todo o mundo, sugerindo que as ondas sísmicas, na verdade, causam um grande stress em toda a crosta terrestre, fazendo com que as diversas placas tectônicas respondam ao evento, principalmente as mais próximas ao epicentro.

Thoth3126@gmail.com
http://earthquake.usgs.gov/earthquakes/eqarchives/year/mag7.php
USGS - ciência para um mundo em mudança

Como os grandes terremotos podem afetar o planeta?
Estudos apontam que os fortes tremores podem alterar a atividade sísmica de todo o planeta e não somente dos locais próximos ao epicentro.

É bastante frequente a ocorrência de réplicas toda vez que ocorre um grande terremoto, e há décadas os especialistas tentam compreender como esses abalos afetam a dinâmica das diversas placas tectônicas do planeta para poder predizer quais são os locais que podem ser afetados por sismos subsequentes e qual seria a melhor forma de agir para evitar maiores catástrofes.

Como os grandes terremotos podem afetar o planeta?
Localização dos grandes terremotos (Fonte da imagem: Seismicity.Net)
 
 
E, de acordo com um artigo publicado pelo USGS (U.S. Geological Survey), novos estudos apontam que, ao contrário do que se pensava — de que as réplicas costumam ocorrer apenas nas regiões próximas ao epicentro logo após um grande e importante abalo —, os grandes tremores são capazes de desencadear forte atividade sísmica em todo o planeta, iniciando outros terremotos que não ocorreriam se o abalo principal não tivesse ocorrido.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de avaliar o comportamento do planeta após o forte terremoto de 8,6º (o mais forte registrado no ano de 2012) que abalou a região de Sumatra, conhecida como o Anel de Fogo, em abril de 2012, detectando um enorme aumento no número de sismos em todo o mundo durante os seis dias posteriores ao tremor, que foram sentidos do México ao Japão em maior ou menor escala, sendo a maioria deles potencialmente catastrófica.
Os maiores Terremotos de 2012, de Magnitude 7º graus na escala Richter e superiores, e a intensificação do fenômeno em todo o planeta.

Terremotos de magnitude 7 e Grande
Acima: a cor na escala determina a profundidade em que o terremoto aconteceu no local assinalado pelos pontos coloridos. A estrela amarela marca o sismo mais recente, de 7,7º que aconteceu já em 2013 no Alasca.

O tremor de abril de 2012 em Sumatra ofereceu uma oportunidade única de estudo e, segundo os pesquisadores, nenhum outro terremoto registrado por um sismógrafo jamais foi seguido por uma série tão numerosa de réplicas em todo o mundo, sugerindo que as ondas sísmicas, na verdade, causam um grande stress em toda a crosta terrestre, fazendo com que as diversas placas tectônicas respondam ao evento, principalmente as mais próximas ao epicentro.

Nos últimos oito anos ocorreram muitos terremotos de grande magnitude. Especialistas documentaram, por exemplo, que por um grande período de quase quarenta anos (de 1965 até 2004 após o terremoto de magnitude 8,7º em fevereiro de 1965 no Alasca), o mundo não testemunhou a ocorrência de um único grande terremoto.
Já nos últimos 8 anos desde o final de dezembro de 2004, houve a incidência de NOVE grandes terremotos (acima de 8 graus na escala Richter) – além de um grande aumento na incidência de terremotos moderados.

Estes eventos incluem três terremotos na Indonésia, na região conhecida como o “Anel de Fogo”: Dois em 2004, em Sumatra de magnitude 9,1º, na Nova Zelândia de magnitude 8,1º, em Nias em 2005 de 8,7º, um em Bengkulu de magnitude 8,5º em 2007, um grande terremoto de na província de Sichuan, na China em 2008, o grande terremoto no Chile em 2010 de 8,8º, o do Japão em março de 2011, com e por fim os dois de Sumatra (off shore) em abril de 2012 de 8,2º e 8,6º.


Grandes Terremotos de magnitude 7,0 Graus ou maior registrados em 2012, em ordem de data da ocorrência:
 
Ano
Mês
Dia
Hora
UTC
Lat.
Long.
Prof.
Km.
MAG.
LOCAL
1.2012011018:36:592,43393,210197,2Sumatra
2.2012020213:34:40-17,827167,133237,1Vanuatu
3.2012032018:02:4716,493-98,231207,4Oaxaca, México
4.2012032522:37:06-35,200-72,217417,1Maule, Chile
5.2012041108:38:362,32793,063208,6Sumatra do Norte
6.2012041110:43:100,80292,463258,2Sumatra do Norte
7.2012041207:15:4828,696-113,106137,0Golfo Califórnia
8.2012081402:59:4249,784145,1266267,7Mar de Okhotsk
9.2012082704:37:1912,139-88,590287,3El Salvador
10.2012083112:47:3310,819126,627287,6Philippinas
11.2012090514:42:0710,099-85,308357,6Costa Rica
12.2012093016:31:351,929-76,3621707,3Colômbia
13.2012102803:04:1152,769-131,92717,57,7Queen Charlotte
14.2012110716:35:4613,977-91,876247,4Guatemala
15.2012120708:18:2437,89144,0936,17,3Honshu, Japão
16.2012121016:53:09-6,52129,81157,67,1BANDA SEA
17.2013010508:58:1955,29-134,739,67,7Alasca

Outro fator que chamou a atenção dos pesquisadores foi a relativa “tranquilidade” observada dias antes do tremor. Os cientistas compararam os efeitos do abalo a uma árvore repleta de frutos. Enquanto estão verdes, estes ficam presos aos galhos.
Porém, quando estão maduros, basta chacoalhar o tronco para que comecem a cair, um após o outro.

Ondas sísmicas:

Além disso, os especialistas sugerem que efeitos são observados apenas semanas após um evento principal, descartando a possibilidade de que os grandes terremotos ocorridos durante a última década — como o do sul da Ásia em 2004, o de Sumatra em 2008, o do Chile em 2010 e o do Japão em 2011 — guardem qualquer relação entre si.

Na verdade, depois do grande abalo que ocorreu em 2004, por exemplo, e que originou os devastadores tsunamis que mataram mais de 230 mil pessoas no sul da Ásia, os especialistas registraram uma drástica diminuição na atividade sísmica dessa região.

Os estudos servirão para que os especialistas possam prever com maior precisão a ocorrência e localização das temidas réplicas desencadeadas pelos grandes terremotos, permitindo que essas informações façam parte das análises de risco de determinadas áreas.



A tabela abaixo fornece os números dos terremotos no mundo que aconteceram no período entre os anos de 2003 a 2012, registrados pelo USGS (United States Geological Survey) do Centro Nacional de Terremotos dos EUA (National Earthquake Information Center) de Magnitudes 4.5 para +, em todo o planeta, não incluindo as contribuições de rede regionais dos EUA:

Mag.2003200420052006200720082009201020112012
8-9,91212401112
7-7,91414109141216231912
6-6,9140141140142178168144150185108
5-5,91203151516931712207417681896220922761401
4-4,984621088813917128381207812291680510164133159534
3-3,976247932919199909889117352905434127912453
2-2,97727631646364027359738603014462636433111
1-1,9250613442618422126394743
0,1-0,913410302201010
S/Mag.36082939864828180719221724113
Total3141931194304782956829685317771482521577 2228916667
Mortes3381922880288003660571288011179032012021953768

Tabela da escala Richter: A partir de janeiro de 2009, o USGS National Earthquake Information Center não localiza terremotos de magnitude menor que 4,5º fora dos Estados Unidos, a menos que nós recebamos informação específica de que o terremoto foi sentido ou que causou danos.
Os valores das tabelas para os anos mais recentes pode variar devido a atualizações de magnitude durante o processo de revisão.
DescriçãoMagnitudes (Graus)Efeitos sobre o local do terremotoFrequência
MicroMenor que 2ºMicro tremor de terra, não se sente.8 mil p/dia
Muito pequeno2º a 2,9ºGeralmente não se sente, mas é detectado/registrado.Mil por dia.
Pequeno3º a 3,9Frequentemente sentido mas raramente causa danos.49 mil p/ano.
Ligeiro4º a 4,9Tremor notório de objetos no interior de habitações, ruídos de choque entre objetos. Danos importantes pouco comuns.6,2 mil por ano.
Moderado5º a 5,9ºPode causar danos maiores em edifícios mal concebidos em zonas restritas. Provoca danos ligeiros nos edifícios bem construídos.800 por ano.
Forte6º a 6,9ºPode ser destruidor em zonas num raio de até 180 quilômetros em áreas habitadas.120 por ano.
Grande7º a 7,9ºPode provocar danos mais graves em áreas maiores.18 por ano
Importante8º a 8,9ºPode causar danos sérios em zonas num raio de centenas de quilômetros.Um por ano
Excepcional9,º a 9,9ºDevasta zonas inteiras em um raio de milhares de quilômetros.Um a cada 20 ANOS.
Extremo10º e acimaNunca foi registrado.Extremamente raro e ainda desconhecido

Acima uma tabela da escala Richter, também conhecida como escala de magnitude local (ML), atribui um número único para quantificar o nível de energia liberada por um sismo.
É uma escala logarítmica, de base 10, obtida calculando o logaritmo da amplitude horizontal combinada (amplitude sísmica) do maior deslocamento a partir do zero em um tipo particular de sismógrafo (torção de Wood-Anderson).

Pelo fato de ser um escala logarítmica, um terremoto que mede 5,0 na escala Richter tem uma amplitude sísmica 10 vezes maior do que uma que mede 4,0.
O limite efetivo da medição da magnitude local é em média 6,8.
Em termos de energia, um terremoto de grau 7,0 libera cerca de 30 vezes a energia de um sismo de grau 6,0.

Fontes: Wikipédia, USGS e Seismicity.Net
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