domingo, 15 de setembro de 2013

Os Contos de Fadas e nós

 




Sabemos que o nosso trabalho busca interior, de compreensão de nós mesmos é fundamental para o conhecimento e a eliminação dos nossos defeitos, para chegar a cristalizar todas e cada uma das virtudes latentes em nosso interior e alcançar o estado de pureza e de bem-aventurança última e
imperecedoura, ideal de todo ser humano.

Este nobre trabalho tem que ser consciente e com retos esforços. 

Supõe um grande sacrifício de nossa parte conservar esse constante estado de recordação e controle de si mesmo, de instante em instante.
Mas como fazer para que cada um de nós compreenda o que muitas vezes nos custa tanto e
parece tão árduo?

Existe um maravilhoso mundo cheio de simbolismos que ajuda o ser humano em qualquer idade a compreender a necessidade de ser melhor a cada dia e como consegui-lo.

Dizemos a nós mesmos: "Você tem que ser bom".
E, quase sempre nos perguntamos repletos de perplexidades: "E como faço para ser bom?"
E às vezes nos encontramos diante de perguntas que nos deixam perplexos:
"E o que tem de mau em não ser bom?"

Nosso mundo materialista ensina que os maus conseguem o que querem com o poder da violência. Como fazer o Ser compreender que existe uma força superior chamada AMOR, que consegue tudo o que propõe sem violência?

Como fazer o Ser compreender o que é que realmente devemos anelar e conseguir?

Os contos de fadas são o caminho mais simples e completo para fazer chegar a elas esse conhecimento.

Isto é dito por grandes mestres como Jung, Campbell e outros mais.

Eles nos falam de Alquimia e de Simbolismo de uma forma tão simples, que quase não nos damos conta.

Através de contos como "Cinderela" ou "Branca de Neve" fala-se, uma e outra vez, da necessidade de transmutar o nosso CHUMBO-MATÉRIA em puro OURO-ESPIRITUAL, através de uma série de provas cotidianas que os protagonistas dos contos suportam com doçura, sem nunca perder a boa-vontade para com aqueles que os ofendem.

Aprendizado muito útil no mundo profano do dia a dia.

Assim, Cinderela ajuda com afeto, embora com tristeza, as suas “irmãs” que vão para o baile, e sentada no lar, entre as cinzas, próxima à chaminé, que é o símbolo da comunicação entre o Céu e a Terra, não se queixa nem se vinga.


Do mesmo modo, Branca de Neve, que apesar da maldade da sua madrasta  e das tentativas desta de acabar com a sua vida, não organiza uma luta para assaltar o castelo.

Desta maneira, com doçura, os personagens dos contos de fadas nos dão uma lição de paciência, perseverança e bondade e nos ensinam como conseguir a nossa alquimia espiritual.

O verdadeiro alquimista não só transmuta as suas energias criadoras, mas também todas as situações que a vida lhe oferece, sejam estas agradáveis ou desagradáveis.

As provas que têm que superar os personagens dos contos de fadas são símbolos profundos do Caminho Iniciático, como ocorre no conto "Os Feijões Mágicos" , que simboliza a ascensão espiritual e a vitória sobre o ogro (paradigma do mais primitivo em nosso interior: inveja, ira, luxúria,
avareza, orgulho, etc).

Bem, como podem ver temos muito em que pensar.

Contos de fadas,assim como seus irmãos os Mitos, de pueril, não têm nadinha mesmo.Transformaçã o é a palavra chave.
E não é isto que devemos buscar a cada dia?


Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel


http://portalarcoiris.ning.com

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