quinta-feira, 3 de abril de 2014

JESUS E REENCARNAÇÃO



Divaldo P. Franco – Joanna de Ângelis

Não fosse Jesus reencarnacionista e toda a Sua mensagem seria fragmentária, sem suporte de segurança, por faltar-lhe a justiça na sua mais alta expressão propiciando ao infrator a oportu­nidade reeducativa, com o consequente cresci­mento para a liberdade a que aspira.

O amor por Ele ensinado, se não tivesse co­mo apoio a bênção do renascimento corporal ensejando recomeço e reparação, teria um cará­ter de transitória preferência emocional, com a seleção dos eleitos e felizes em detrimento dos antipáticos e desditosos.

Com o apoio na doutrina dos renascimentos físicos, Ele identificava de imediato quais os necessitados que estavam em condições de recupe­rar a saúde ou não, tendo em consideração os fatores que os conduziam ao sofrimento.
E por isso mesmo, nem todos aqueles que Lhe busca­vam a ajuda logravam-na ou recuperavam-se.

Porque sabia ser enfermo o Espírito, e não o corpo, sempre se dirigia preferencialmente à individualidade, e não à personalidade de que se revestia cada homem.

Sabendo acerca da fragilidade humana, emu­lava à fortaleza moral, fiel à lei de causa e efeito vigente no mundo.

Não apenas no diálogo mantido com Nicodemos, vibrou a Sua declaração quanto à “necessidade de nascer de novo”.
Ela se repete de for­ma variada, outras vezes, confirmando o proces­so das sucessivas experiências carnais, método misericordioso do amor de Deus para o benefício de todos os Espíritos.

Nenhuma surpresa causara aos Seus discípu­los a resposta a respeito do Elias que já viera, assim como a indagação em torno de quem Ele seria, segundo a opinião do povo, em razão de ser crença, quase generalizada à época, a plura­lidade dos renascimentos.

Espírito puro, jamais enfermou, enfrentan­do os fatores climáticos e ambientais mais diver­sos com a mesma pujança de força e saúde a se refletir na expressão de beleza e de paz nEle estampada.

Quem O visse, jamais O olvidaria, e todo aque­le que Lhe sentisse o toque amoroso, ficaria im­pregnado pelo Seu magnetismo para sempre.

É verdade que não poucos homens, que fo­ram comensais da Sua misericórdia, aparente­mente O esqueceram...
Todavia, reencarnaram-se através da História, recordando-O às multidões, e ainda hoje se encontram empenhados em fazê-lo conhecido e amado.

A psicoterapia que Ele utilizava era centra­da na reencarnação, por saber que o homem é o modelador do próprio destino, vivendo con­forme o estabeleceu através dos atos nas experiên­cias passadas.

Por tal razão, jamais condenou a quem quer que fosse, sempre oferecendo a ocasião para reparar o prejuízo e recuperar-se diante da própria, bem como da Consciência Divina.

Sem preferência ou disputa por alguém ou coisa alguma, a tudo e a todos amou com desvelo, albergando a humanidade de todos os tempos no Seu inefável afeto.

Espalhou missionários pela Terra, falan­do a linguagem da reencarnação, até o momen­to em que Ele próprio veio confirmá-la, acenan­do com esperança futura de felicidade para todas as criaturas.

Não te crucifiques na consciência de culpa, após reconheceres o teu erro.

Não te encarceres em sombras, depois de iden­tificares os teus delitos.

Não te amargures em demasia, descobrin­do-te equivocado.

Renasce dos teus escombros e recomeça a recuperação de imediato, evitando futuros retor­nos expiatórios, injunções excruciantes, situa­ções penosas.

Pede perdão e reabilita-te, ante aquele a quem ofendeste e prejudicaste.

Se ele te desculpar, será bom para ambos. Porém, se não o fizer, compreende-o e se-gue adian­te, não mais errando.

Infelicitado por alguém, perdoa-o e desatre­la-te dele, facultando-lhe a paz e vivendo o bem-es­tar que decorre da ação correta.

A reencarnação de que te utilizas é concessão superior, que não podes desperdiçar.

Cada momento é valioso para o teu trabalho de sublimação, de desapego, de amor puro.

Abrevia os teus renascimentos agindo corre­tamente e servindo sem cansaço, com alegria, porquanto, para adentrares no reino dos céus, que se estende da consciência na direção do infinito, é necessário nascer de novo, conforme Ele acentuou.

Divaldo P. Franco – Joanna de Ângelis

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